terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Os clientes são de Marte, as agências são de Vênus I

Como eu mudei de cidade, acabei tendo que sair da ESPM, onde era professor. Adorava as noites de contato com os alunos, pois era o momento para teorizar sobre o dia a dia do trabalho. Uma das aulas que mais gostei de lecionar (e creio que os alunos também gostaram) foi usar minha experiência como ex-cliente e, na época, agência, para comparar o modo de pensar de cada um dos lados de uma mesma moeda. A tentativa era entender as diferenças do pensamento e o porquê de tantos desencontros entre as partes.

Parece-me o caso do homem e mulher, relatado no livro "Os homens são de Marte, as mulheres são de Vênus". Por terem pensamentos muito diferentes, os casais acabam tendo problemas de relacionamento, mesmo tendo um objetivo em comum.

Se agências e clientes tem objetivos idênticos, por que existem tantos problemas no dia a dia? Não vou responder agora. Vou fazer como a Globo, dividindo a minha resposta em capítulos. Mas hoje gostaria de pedir que você me mandasse a sua explicação de porque isso acontece. Deixaria esse tema mais interessante.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Marquetólogo é marquetólogo, consumidor é consumidor



Sou meio encanado com algumas características dos profissionais de marketing, dos quais faço parte. Parece que existe uma barreira na porta da maior parte das empresas que faz com que o marquetólogo-consumidor se esqueça das suas opiniões como consumidor e passe somente a pensar como marquetólogo. Sabe aquelas coisas esquisitas que a gente vê nas empresas e fica se perguntando se o responsável pela empresa usa seu próprio produto? Pois é. Não consigo entender porque isso acontece.

Exemplos existem vários, mas me passa na cabeça neste momento os copinhos de plástico de cafezinho e as toalhas de papel dos banheiros públicos. Para mim, os fabricantes desses dois tipos de produto foram em direção contrária do como os consumidores usam seus produtos.


Veja os copinhos. Os responsáveis foram afinando tanto as suas paredes, para ficarem mais baratos e assim venderem mais do que os concorrentes, que o consumidor passou a sempre usar dois de cada vez, para não queimar os dedos.


No caso das toalhas é o contrário. Quem já não viu aquele aviso esquisito: Somente duas toalhas são o suficiente para secar as mãos. Alguns até apelam para o meio ambiente, dizendo que assim será gerado menos lixo. A sensação que tenho é que, por trás, está a preocupação de provar para o cliente que elas são mais caras que os concorrentes, mas que o consumidor usará menos toalhas, fazendo o custo de reposição ser menor.


O problema é que em ambos os casos, sempre que vejo alguém utilizando copinhos e toalhas, é na direção contrária do que as empresas pregam. Sempre dois copinhos. Sempre mais de duas toalhas. E a propagada economia vai pro beleléu.


Na minha cabeça faz sentido copinhos mais espessos e toalhas mais finas. Não sei o que você pensa. Mas sinto que tem muitos copinhos finos e toalhas grossas no mercado como um todo. Resultado do jeito torto de pensar. Ajustar esse pensamento só pode ser benéfico para as empresas. E só depende dos marquetólogos não deixarem seu lado consumidor dependurado nas portarias de suas empresas.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Propaganda quando é boa é boa mesmo IX

Propaganda de governo é sempre careta. Grande exceção é o Ministério da Saúde, que se vê obrigado a falar de assuntos polêmicos, o que o leva a ser mais audacioso. Gostei desse comercial, pois fala para um dos grupos de risco da AIDS sem ser bobo nem caricato. E a assinatura é espetacular.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Propaganda quando é boa é boa mesmo VIII

Retomando meu blog, volto em clima de carnaval. Esta propaganda de Gatorade não é nova. Veiculou no ano passado, mas por mim, poderia veicular todos os anos de tão boa. Está na contracapa de Veja.

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