quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Conhecer o consumidor é uma arte

Saber de onde vem os clientes é um dos fatores mais difíceis e ao mesmo tempo mais importantes para qualquer empresa que se preze. Normalmente, o comércio tem a informação, mas não necessariamente a compartilha com a indústria. E isso é um problema sem solução, pois informação é poder. O poder que um varejista pode ter sobre a indústria é exatamente conhecer mais a fundo as preferências de seus clientes e poder direcionar suas compras para essas preferências. Melhor exemplo disso é o mercado de supermercados, onde a força do Pão de Açucar, do Carrefour ou do Wal-Mart reside exatamente em saber, mais do que a Nestlé, a Unilever ou qualquer outro grande fabricante do mercado, quais produtos serão mais comprados pelo cliente final. Mas esse é um ponto para ser abordado em outro post. 

Aqui, vale comentar o esforço da Paramount em mapear, mesmo que estatisticamente, onde estão os seus consumidores. Ela lançou, junto com o DVD do filme Homem de Ferro, uma promoção chamada "Comprei Homem de Ferro / Aluguei Homem de Ferro", com premiação de mais de cinquenta mil reais.



As perguntas do cupom são básicas: endereço do consumidor e local de compra/aluguel. Mas pense comigo: quais são as informações reais que os executivos da Paramount têm em relação a onde estão os consumidores de seus produtos? No fundo, nenhuma. Somente uma sensação, um palpite. Se uma locadora compra uma grande quantidade de um filme, eles podem até saber a cidade onde mais se aluga aquele filme. Mas se estamos falando de grandes locadoras, com lojas por toda a cidade, ou em mais de uma cidade, como saber onde estão seus consumidores. E em termos de vendas, como saber quais cidades compram mais dvd's, se você vende grande quantidades a centrais de compras dos principais supermercados e lojas de departamentos? Um executivo que queira direcionar os esforços de divulgação para as cidades mais propensas a comprar terá somente dois endereços à sua disposição, São Paulo e Rio de Janeiro, onde ficam as centrais de compras de seus clientes. Aí reside a importância de levantar os dados.


Lógico que os varejistas podem passar os dados aos produtores. Só que isso é feito como um favor, não como uma necessidade de ambas as partes. Exceção à Wal-Mart, que cresceu por, entre outras coisas, divulgar e discutir os seus dados com seus fornecedores.

A Paramount pode não ter todas as informações que gostaria de ter fazendo essa promoção. Ela irá saber onde moram as pessoas que gostam de gibi ou de ficção, não quem gosta de drama, ou de comédia. Mas é um começo. E um pouco de informação é melhor do que nenhuma. Com certeza, seus esforços serão melhor direcionados após os resultados dessa promoção.

A propósito, o filme é ótimo...

sábado, 27 de dezembro de 2008

Rede Globo apoia o BRIC

Para quem não sabe, BRIC é um termo criado para reunir numa sigla o nome dos quatro países emergentes que têm mais chance de se despontar no século XXI: Brasil, Rússia, Índia e China. São os países considerados mais promissores em termo de crescimento e parece que a Rede Globo resolveu apostar neles todos de uma vez. 

Após o lançamento da novela Negócio da China, feito no meio do ano durante as Olimpíadas, chegou a vez da Índia, tema da próxima novela das oito (oito ou nove?, não sei). O nome é sugestivo, Caminho das Índias. Continuando nesse caminho, a próxima novela das seis, no lugar de Três Irmãs deverá ser a "Revolução Russa". É aguardar para ver...


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Clima Natalino I

Só para atiçar a curiosidade: Já notou como ninguém, hoje em dia, deseja mais feliz natal uns para os outros? 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Spacefox - Pretensão de publicitários

Publicitário é a classe mais pretensiosa que existe. Se médicos se sentem deuses, responsáveis pela vida e a morte, nós, os publicitários somos a nata da inteligência mundial. Só que a gente não cria para nós mesmos. Pelo menos não deveríamos. A gente cria para pessoas normais, que não têm tempo para analisar e ver publicidade com olhos de fanáticos. Chamou a atenção, fez sentido? Impactou. Passou longe desse efeito, o leitor vira a página ou muda o canal e nem se importa com a mensagem.

Acaba de ser colocado no ar mais um exemplo típico de nosso jeito pretensioso de ser. Ao lado de um dos melhores comerciais que já vi, a Volkswagen publicou um anúncio que é, no mínimo, bizarro. O comercial é o Cachorro-peixe Conta a estória de um cara que tem um bicho de estimação estranho, uma mistura de um cachorro e de um peixe. Fantástico. Faz um puta sentido, como diriam os paulistanos. Aí vem o anúncio de revista, que coloca um cara no teto do carro, com uma vara de pescar com um filé no anzol, tentando prender alguma coisa que está dentro do carro. Entendeu? O primeiro tem um bicho de estimação. O segundo está tentando pescar. Sacou a sutileza? Não? Nem eu! Pior é achar que o consumidor médio irá ligar uma coisa com a outra.

No mínimo, eu estou precisando me reciclar...

Da série anúncios iguais 3


Algumas categorias parecem não ter criatividade. Ou senão, alguém cria um padrão num certo momento da história, consegue um resultado de vendas surpreendente e depois todo mundo vem atrás copiando. No mundo dos relógios é assim. Com certeza, alguma marca suiça cresceu usando modelos. Pode ser até a  Breitling, que hoje usa o ator John Travolta. Pode ser...

Mas a realidade é que as campanhas estão cada vez mais parecidas: artistas de renome, em posição forçada, mostrando para o mundo que eles consomem marta tal. Aqui, dois exemplos, da Technos e da Orient. Existem mais. E nesta época de natal é fácil de trombar com elas em qualquer revista. Esses dois exemplos estão na Veja desta semana. Você lê a revista, vê os dois anúncios e, no final, já não sabe de qual marca era qual. O mais impressionante é que marcas com tão pouco dinheiro para investir caiam nessa armadilha de anunciarem umas as outras. 

Realmente, o mundo da propaganda tem seus mistérios...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

De mim para mim mesmo II

Postei que 11 dias se passaram e nada de novo aconteceu. Postei que não havia leituras do Blog, a não ser de mim mesmo. E, milagre dos milagres, fiquei impressionado com o resultado dessa postagem. 

Para quem estudou comunicação, existe uma teoria, a Teoria Matemática da Comunicação, que resume qualquer relação em quatro fatores: emissor (quem comunica), receptor (quem recebe a comunicação), mensagem (o que se comunica) e ruído (os fatores que atrapalham a perfeita comunicação). O maior problema dessa teoria é não considerar o feedback, como se a comunicação fosse uma via de mão única.

Nesses últimos 11 dias tive o maior tráfego medido pelo Feedjit, uma das ferramentas de medição da internet. E meu amigo Wilson Oura me postou um comentário dizendo que está, sim, acompanhando o blog. 

Obrigado ao Wilson e a todos os meus desconhecidos leitores. Vale, sempre, os comentários, para eu saber que tipo de assunto chama mais a atenção.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

De mim para mim mesmo

Passei onze dias sem postar. Entender o que acontece com o blog quando não posto. E o que aconteceu? Nada. Onze dias sem audiência. Ou seja, escrevo para eu mesmo ler. Amazing!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Youtube. O começo do futuro da TV

Chega, esta semana, mais uma novidade do Youtube. A Google, cada vez mais onipresente, acaba de anunciar que seu site de vídeos passará a apresentar gravações em formato widescreen. É mais um passo para a consolidação do formato de televisão do futuro.

Não sei você, mas meu tempo hoje já e maior na frente do computador do que na de um aparelho de TV. E mesmo quando quero assistir um filme ou algum programa, eu já procuro ver se ele existe disponível na web. O Youtube é minha primeira fonte de informação e o tempo que eu gasto pulando de um vídeo para outro em certos dias é imenso.

Garantir a qualidade  de streaming é o primeiro passo. Ter uma imensa biblioteca para todos os gostos e idades é o segundo. Dominar os diversos formatos é o terceiro. Agora é só começar a lotear a biblioteca por temas e interesses e está criada a YoutubeTV. Os vários grupos de comunicação já perceberam isso. A NBC já lançou seu site de vídeos, o Hulu.com, que infelizmente só funciona no mercado americano. Ali você já encontra seriados e programas daquele canal de TV, numa primeira experiência que, de acordo com as notícias, deverá concentrar outros grupos num mesmo endereço de internet.

No Brasil, a Globo.com já possui um acervo próprio muito interessante. Pena que ainda não se aventurou em divulgações maiores do que pequenos trechos da programação da Rede Globo. Justiça seja feita, deu um show de inovação ao transmitir o último debate dos candidatos de SP, RJ e BH via internet, na íntegra e ao vivo. Outra experiência interessante é a Terra TV, que possui programação diária, 24 horas. O mais interessante é que você tem oferta de filmes de longa metragem, séries americanas e programas especiais. E melhor: começando na hora que você quiser. Só não funciona com o Google Chrome. questão de tempo, creio.

É uma revolução. E como toda revolução fará vítimas. Existirão vencedores e perdedores. Nosso papel, como marquetólogos, é entender esse fenômeno e nos apropriarmos de seus recursos para as marcas e empresas que representamos. A única coisa que não se pode fazer é tapar o sol com a peneira.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Palio: Gatinho subiu no telhado? II

Comentei ontem sobre o Palio. Da tendência das vendas do modelo. Realmente, a fábrica precisará dar um gás se quiser que ele continue sendo o representante da marca versus o VW Gol. Faltou falar uma coisa: A Fiat já está reagindo. Colocou no ar uma promoção que irá sortear um Palio para todos os compradores da versão Fire. A campanha já está no ar e irá sortear 16 sortudos compradores até janeiro. Só não entendi o porquê dos compradores dos modelos top do Palio ficarem de fora. Pagam mais caro, compram um modelo mais atualizado e são relegados a segundo plano? Davem ter lá suas razões...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Palio: Gatinho subiu no telhado?


Neste mês de novembro, o Fiat Palio foi ultrapassado, em vendas, pelo Mille. Está perdendo, até o momento, sua posição de segundo lugar. Para um carro da mesma montadora, mas perdendo. Enquanto isso, o novo VW Gol, somado às vendas do modelo anterior que continua disponível, disparou no primeiro lugar. Se somadas as vendas de Palio e Mille, como sempre foi feito pela Fiat, a montadora continua líder no segmento de carro populares. Mas, ainda assim, acende-se um sinal amarelo.

O Palio é um modelo lançado em 1996. O Mille, em 1984. Portanto, um modelo 12 anos mais velho. O Palio passou recentemente por um face-lift, em 2007, quarto na sua vida. O Mille mudou mais profundamente somente em 2003. Colocando todos os itens na balança, é interessante ver que o modelo mais antigo consegue fechar à frente do seu irmão mais novo.

Não se dá para analisar profundamente sem maiores informações. Mas duas conclusões iniciais podem ser tomadas: No topo de consumo, o novo Gol roubou consumidores do Palio . Na base, O Mille é imbatível em preço para quem procura a rede de concessionários Fiat. Espremido no meio, o Palio precisa se reinventar, pois a fábrica italiana precisa muito desse modelo para manter sua liderança no mercado brasileiro.

É esperar para ver a reação. Aguarde...

sábado, 22 de novembro de 2008

Honda: Chegando devagarzinho, sem alertar os concorrentes



Eu fico impressionado com a capacidade dos japoneses de não fazer barulho. Num mercado agitado como o automotivo, é muito interessante observar e comparar o comportamento dos japoneses e coreanos. Inicialmente, ambos passaram pelos mesmos preconceitos, seja nos Estados Unidos, na Europa, ou no Brasil. A primeira impressão que eles passam é de baixa qualidade e todo o mercado é pródigo em atacá-los como produtos de segunda linha.

Lógico que os japoneses sofreram muito quando entraram nos Eua. Já no Brasil foi tudo mais rápido e fácil. Quem tem sofrido por aqui são as coreanas, mas a história dos japoneses facilita a mudança de imagem mais rapidamente.

Mas o que realmente me impressiona é que, enquanto os coreanos, seja a Hyundai, seja a Kia, fazem um barulho enorme, alardeando seus modelos em páginas e páginas de publicidade, os japoneses vêm fazendo um trabalho silencioso a favor do crescimento de mercado. Hoje, seus produtos feitos no Brasil estão alinhados com suas fábricas no Japão e Estados Unidos, o que os torna os únicos nacionais 100% alinhados. E que coloca em cheque a informação sempre dada pelas concorrentes de que o mercado brasileiro não tem escala suficiente para que as atualizações sigam o ritmo das matrizes.

Agora a Honda lança o novo Fit. É o mesmo Fit japonês ou Jazz europeu, recém-lançados. E que irá manter o modelo na liderança no Brasil. Junto com o Civic, a montadora renovou todo seu parque produtivo nos últimos dois anos. E tal qual o modelo sedan, devemos ver uma corrida dos consumidores às concessionárias, gerando fila e ágio na novidade.

Não é preciso dizer que deve vir reação da Fiat, com o Idea. A GM já agiu, dotando o Meriva 2008 de motor 1.4. Mas se não houver uma mudança de comportamento das quatro grandes, iremos ver as japonesas tomando espaços preciosos numa velocidade que só tende a aumentar. Só o tempo poderá nos mostrar quem tem razão.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sou brasileiro. Não desisto nunca XXV

www.youtube.com/watch?v=RsZTbIjLHNAVeja aqui a nova mania internacional: anúncios de revista e jornal com imagens 3D no celular. Será que era isso que a Samsung queria?

Sou brasileiro, não desisto nunca III

 Continuo minha saga para ver o que o anúncio da Samsung nos mostrará. Hoje consegui entrar no hotmail prometido para segunda. Problemas do meu computador, do meu provedor? Pode ser. Mas que se não fosse publicitário já teria desistido, isso com certeza. Aí vem mais um percalço: Para conhecer a novidade preciso atualizar o Flash da minha máquina. E olha que meu computador tem três meses de vida, um HP Dual-core com tudo de mais moderno que possa existir, menos o Flash...

Instalado o Flash, abrese-se uma janela onde conhecerei o "Omnia de um jeito diferente", como diz o site. Posicionei o símbolo impresso no anúncio do jeito indicado e... vi o símbolo na janela do site. Só isso.

Juro que não entendi...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Jornal Placar

A Editora Abril está trazendo uma surpresa aos meios de comunicação, de uma forma bem silenciosa. Lançou na última semana o jornal diário Placar. Mistura de Lance! com Destak ou Metro, o jornal surgiu trazendo duas novidades para o meio esportivo: primeiro, um concorrente de peso para título esportivo que reina no Brasil relativamente sozinho há mais de dez anos. Segundo, o uso do conceito de jornal gratuito, só que especializado.

A Abril não é um grupo de comunicação qualquer. Mas jornal é um bicho completamente diferente, pois além de tudo é diário e custa caro. Ver esse novo veículo de comunicação me deixa duplamente interessado: primeiro, presta uma sutil homenagem a um título que começou devagar e vem se firmando lentamente, o Lance!. Segundo, porque demonstra um súbito reforço da mídia, num momento de crise. 

Aliás, surpreendente mesmo é que eles tenham lançado, também, dois novos títulos mensais: Runners e WomenHealth. Não é atôa que eles são líderes de mercado.

Sou brasileiro, não desisto nunca!

Fui direto, hoje, testar a surpresa tecnológica do celular Samsung Omnia. Surpresa! O site está fora do ar. Ontem falava: breve! Hoje, nem isso. Como dizem, sou brasileiro, não desisto nunca. Amanhã estou de volta!

domingo, 16 de novembro de 2008

Timing



Uma das coisas importantes em publicidade é o timing das coisas. Por timing quero dizer fazer com que a atenção do prospect case com as informações a serem dadas a ele. De nada adianta você investir em publicidade para gerar um tipo de reação do público se você não está preparado.



Neste final de semana, a Samsung perdeu o timing. Num anúncio publicado na revista Época, ela divulga seu mais novo smartphone, o Omnia, uma espécie de iPhone. O que era para ser um show  de tecnologia, com o leitor sendo convidado a interagir o anúncio com a webcam, gerando uma nova percepção de interatividade, não passou de uma ação frustrante. A revista sai no sábado, a interação só começa na segunda, dia 17.

Não tenho dúvidas de que estava tudo pronto para entrar no ar, já com o anúncio entregue na editora, quando algum problema obrigou à mudança dos planos. Mas não adianta. O leitor que se postar frente à sua web cam, abrir a página da Samsung e se deparar com esse aviso de "Em breve. A partir do dia 17", com certeza não retorna. Amanhã ele terá outras coisas na cabeça para pensar e a ação só voltará a obter resultados a partir de novas veiculações. 

sábado, 15 de novembro de 2008

Tiro pela culatra


Não consigo imaginar porque tantas empresas fazem ações que se revertem em verdadeiros tiros pela culatra. A sensação que tenho é que muitas decisões são tomadas no embalo da hora, sem a avaliação de todas as consequências possíveis. Não vou dar, agora, nenhum exemplo de empresa grande, onde o problema é sempre amplificado. Mas me chamou atenção um e-mail simples que a Verelux enviou a seus clientes e o resultado dele.

A Verelux é uma empresa de envidraçamento de sacadas. Ou seja, solução em vidro super segmentada. Eles implementaram um novo site e mandaram um e-mail comunicando isso a todos os clientes cadastrados com endereços eletrônicos. Nada mais inocente do que isso.

Acesse ao nosso novo site, mais versátil , rápido e de fácil

entendimento sobre os nossos produtos.

Verelux cada vez mais inovando e aprimorando para melhor

atende-lo.

O que ocorreu? Uma enxurrada de e-mails copiados a todos os clientes reclamando do serviço prestado pela empresa. Não um, nem dois, mas mais de dez dos clientes se sentiram impelidos a enviar uma resposta, aproveitando a abertura dada para tornar pública a sua insatisfação. E-mails como:  

Como cliente da Verelux ao mesmo tempo que parabenizo-os pela iniciativa e implantação do novos site; sinto-me obrigado a comentar que existem vários aspectos em sua empresa que precisam ser FORTEMENTE MELHORADOS no que tange a qualidade de produtos bem como gestão e atendimento a clientes.

Ou 

Aproveito o ensejo para corroborar a opinião destes clientes, pois o mesmo aconteceu comigo, ou seja, atrasos totalmente injustificados.

Além disso, gostaria de perguntar que produto podemos usar para tirar a sujeira de silicone que deixaram no piso da minha varanda. Há diversas manchas pretas de silicone com sujeira que não saem de jeito algum.

Alguém pode me ajudar?

Cabe um comentário final. No mínimo, todos os clientes poderiam ter sido copiados em cópia oculta. Evitaria que o problema de cada um fosse conhecido por todos. Segundo, faltou conhecer a verdadeira opinião dos clientes. Uma ação que poderia parecer uma divulgação de marketing passou a parecer um insulto. 

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Peugeot 207 Passion. Lançado ou arremessado?

Estreou o comercial de lançamento do novo modelo da linha 207 da Peugeot. O sedan Passion. Mas estrear não é a palavra correta. O certo é arremessar. Porque além de não apresentar bem o carro, ainda aproveita o espaço do comercial para fazer varejo. O que dizem? O Peugeot 207 Passion chegou. E para comemorar, a Peugeot vende com taxa de 0,79% toda linha 307 e 407. O que? Um é lançado e os outros dois é que têm oferta? Tem alguém meio doido na PSA...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Azul vem aí

Agência Estado divulga hoje que em 15 dias a Azul começa a vender suas passagens. 2009 irá se iniciar com alguma novidade no ar. portalexame.abril.com.br/ae/economia/azul-quer-iniciar-venda-passagens-duas-semanas-178539.shtml

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A velocidade da vida moderna


Eu vivo comentando sobre a aceleração das decisões na vida atual. E não é que encontrei alguém com a mesma preocpação? Lendo a Superinteressante especial "122 livros para entender o mundo" descobri o livro do James Gleick, de 2000! Já naquela época ele escreveu "Acelerado - a velocidade da vida moderna", onde discute exatamente o quão mais rápida a sociedade está hoje em dia. Vou ler. E comento aqui futuramente. Enquanto isso, segue uma degustação: super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_373119.shtml

domingo, 9 de novembro de 2008

sábado, 8 de novembro de 2008

2008: Ano da diversidade

2008 ficará marcado como o ano da diversidade racial. Num mesmo mês, novembro, nós vimos a eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama, e o aparecimento do primeiro campeão de fórmula um, Lewis Hamilton. 

A demora nesses dois fatos nos mostra uma coisa: Como o preconceito é uma coisa que demora a ser vencido. Do trabalho escravo até 2008 foram mais de cem anos de sofrimento e humilhação. Isso me faz pensar que o preconceito contra os árabes que alguns povos nutrem ainda tem um longo caminho antes de esmorecer. 

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Adeus e-mails, olá velocidade

Em setembro falei de como as crianças estão matando o e-mail. O Estadão publicou uma matéria demonstrando que as crianças estão abandonando o e-mail em troca das redes de relacionamento e os instant messengers. Elas deixam de se comunicar ao estilo analógico - primeiro eu falo e você escuta, depois você fala e eu escuto - e passam a se comunicar digital - eu falo e escuto você e todos os outros, tudo ao mesmo tempo.

Ainda levantei a questão do fim do copyright. A facilidade e rapidez com que se divulga e troca-se arquivos, seja de música, seja de filmes, criando uma barreira enorme contra os proprietários de copyrights que desejam, ou tentam, manter o controle daquilo que eles não entendem.

Somado a esses dois fonômenos, falei da aceleração da velocidade da vida, resultado da internet.

Se eu somo esses três fatores, o que nós temos? A maior disrrupção de que já pudemos ouvir falar. Vamos ter gerações convivendo mas se entendendo em velocidades e formatos completamente diversos. O que é válido para mim não é válido para meu fiho. E o que vale para ele não é válido para os filhos dele. Não em termo de costumes ou cultura. Mas em termos de absorção da vida.

Parece-me que um fenômeno ocorrido quando da invenção da TV tende a se repetir novamente, só que em escala muito mais ampla. No começo do século XX, após o aparecimento da caixa de imagens, os primeiros profissionais a tentarem criar uma linguagem televisiva vieram todos da indústria do rádio. Habituados com o processo de somente transmitirem sons, eles criaram as primeiras atrações que não eram nada mais do que programas radiofônicos com imagem. Precisou aparecer a segunda e terceira gerações de profissionais televisivos para que a programação pudesse evoluir para apresentar os recursos que a tv conseguiu desenvolver até a realidade de hoje.

Esse fonômeno se resumiu aos profissionais envolvidos com a TV. Agora temos um acontecimento universal. Todos estão envolvidos, de alguma forma, com as mudanças que a digitalização da vida vem implementando. Não tem como escapar. A internet, a informática, tornam-se o verdadeiro Big Brother de George Orwell. 

Como profissional de marketing não posso deixar de pensar nisso todos os dias. Se ainda hoje os meios off-line são a referência diária da população, os meios on-line crescem cada vez mais a olhos vistos. Não dá para se prever quando ocorrerá a grande virada. Mas quem não estiver de olho certamente perderá o bonde da história.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O acelerar da vida

Algumas coisas mudam a forma de viver e a gente não repara nelas, pois estamos imersos na cultura e na época em que vivemos. Sempre me espanto quando vejo o que alterou realmente a vida das pessoas durante os séculos e que nos trouxe ao momento atual.Dois são os inventos que tornaram a vida diferente, em termos de tempo.

O primeiro é o relógio. O homem tenta marcar o tempo desde a antiguidade. Nada mais do que esta razão para a criação de inventos como o relógio do sol. Que tinha dois inconvenientes: não ser transportável e não marcar o tempo em tempo nublado. Com certeza, muitas romanas romperam seus namoros porque os namorados chegaram atrasados nos encontros. E não adiantava dar a desculpa de sempre "Desculpa amor, meu relógio do sol parou e não vi as horas". Marcar as horas revoluciona a relação humana na medida em que as relações de trabalho param de ser analisadas na base da produção de unidades e passa a ser na base de horas trabalhadas.

Mas se marcar as horas passa a permitir novas métricas de vida, a luz elétrica liberta o homem de viver durante o dia e dormir ao escurecer. A limitação física de horários a que a maioria da humanidade se obrigava, devido a falta de iluminação após certa hora do dia, vai lentamente sendo posta de lado após a invenção da luz elétrica. Por mais que houvesse lampiões e velas, o custo e a logística de vida naqueles momentos impediam um estilo de vida como o atual, quando é possível uma vida 24 horas e em que a maioria das pessoas não diminui o ritmo com o poente do sol.

Dividida a vida em horas e estendida a quantidade de horas possíveis de se viver, entramos em mais uma revolução. Agora, aceleramos a nossa vida. O que nossos ancestrais faziam em 24 horas, tendemos a fazer em menos horas e estamos aumentado a velocidade sem perceber. Causador disso tudo? A internet. As ferramentas e a falta de fronteiras vem transformando a forma como encaramos não só a própria internet, mas também todas nossas relações. Não existe mais a necessidade de se buscar informações em bibliotecas, livros, ou mesmo junto a outras pessoas. Agora o Google resolve todas as nossas dúvidas. O ritmo de novidades impregna a nossa impaciência com o que é repetitivo. Estamos cada vez mais ansiosos por uma vida mais cheia de aventuras e mudanças.

Isso é bom ou ruim. Não sei, mas me parece bom. No mínimo diferente. Mas isso é só uma introdução a um assunto que tende a ser muito mais profundo. Voltaremos ao assunto.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Salão do Automóvel 2008

Passei quatro boas horas no Salão do Automóvel 2008. Tenho certeza que só os fanáticos como eu se prestam a uma tortura tão grande. Os fanáticos e as pessoas que buscam a feira como um parque de diversões.

Primeiramente, é impossível chegar ao Anhembi sem se aborrecer. O trânsito nas imediações fica intransitável. Até aí, tudo bem, pois você quer chegar logo. Só que não existem vagas suficientes para todo mundo. O que gera um engarrafamento monstro na entrada do pavilhão.

Lá dentro, torça para que o dia esteja agradável. Quem já visitou espaços para feiras fora do Brasil sabe o que é um ambiente refrigerado. Aqui, outros pequenos, como o Imigrantes, tem ambiente acondicionado. Não é o caso daquele elefante branco mais conhecido como Anhembi.

Aí, nos estandes, um paradoxo: Os carros interessantes, diferentes, são impossíveis de serem vistos, tamanha a quantidade de pessoas em volta deles. Sobra à disposição carros que a gente conhece do dia a dia e que não são, em si, motivo da visitação. Resta ter paciência para brigar por espaço frente às novidades, distribuindo leves cotoveladas.

Um fenômeno fica cada vez mais claro no Salão. As boas e velhas câmeras são um artigo em extinção. O celular com foto está tomando seu lugar a olhos vistos. Na frente das máquinas mais admiradas, tais como a Ferrari, é impressionante como fica óbvio que a guerra já está sendo ganha pelos celulares. Não importa se a qualidade ainda não é boa. Fala mais forte a praticidade de não se carregar dois aparelhos.

Com relação aos estandes em si, nenhuma grande surpresa. As quatro grandes têm os estandes mais freqüentados. Chama a atenção o estande da Honda, pela capacidade de atração. Essa marca tende a crescer, se visitas no salão significarem preferência. Não é o que acontece hoje no mercado, com a Renault em quinto lugar. Essa relação entre visitas/vendas é tão improvável que entre as quatro grandes a líder Fiat tem menos movimento do que a Chevrolet e a Volks.

Ao final, você que vai ao Salão, prepare-se para mais um aborrecimento, caso esteja de táxi. Eles estão em falta, pois não conseguem chegar aos seus pontos, devido aos engarrafamentos. Facilite sua vida. Vá de Metrô até a estação Tietê, pois de lá sai um ônibus gratuito para o evento. Talvez assim você curta melhor esse programa de índio.

Veja por si próprio
fiat.terra.com.br/aovivo.php
www.vw.com.br/salaodoautomovel/
www.chevrolet.com.br/content_data/LAAM/BR/pt/GBPBR/001/html/chevy_portal/frame/salao.html?pid=319
www.ford.com.br/sal_home.asp

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Crise? Que crise?

Nem bem as rotativas da Istoé Dinheiro pararam e lançaram a sua última edição no mercado falando que a crise havia chegado nas fusões, o Itaú e o Unibanco surpreenderam o mercado anunciando a criação do maior banco da América Latina. Qual será o resultado efetivo dessa fusão não dá para saber agora. Se teremos um novo player feito para você ou que nem parece banco é uma resposta que o futuro nos reserva.

Se considerarmos a última grande incursão do Itaú, quando comprou o BankBoston, 2009 será o derradeiro ano do Unibanco. Será tempo de ver a discussão do Cade aprovar a fusão e iniciar-se o cancelamento daquele que era o terceiro maior banco privado do Brasil.

Os discursos iniciais são os de sempre: As marcas continuarão, não serão fechadas agências, ninguém será demitido. Resta agora aguardar o desenrolar dos fatos. Maior dúvida é qual será a reação do Bradesco. Por tantos anos o número um brasileiro, podemos aguardar que a briga só está começando.

É aguardar e ver.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Relógio de pulso - Prá que serve?


O mercado não perdoa. Sempre que algo melhor e mais prático aparece, o passado é apagado. Não tem nem 30 anos, a máquina de fac-símile era lançada e começava a revolucionar a forma de se enviar documentos de um local para outro. Para quem não sabe, a invenção é japonesa, pois diferentemente do alfabeto ocidental, não existia forma de se enviar mensagens por telex considerando-se os ideogramas japoneses. Assim, ter uma máquina que transmitisse o documento como ele houvesse sido escrito originalmente era uma necessidade daquele país oriental. E foi recebido com braços abertos pelo ocidente. Veio o computador, a internet e bye-bye fax.

Agora é a vez do relógio de pulso. O mercado vem se transformando a olhos vistos desde a invenção do relógio de quartzo. Por que? Porque ficou barato fazer relógios. Primeira transformação foi a multiplicação de aparelhos de parede. Segunda revolução no mercado foi a proliferação de novos relógios em locais antes não imaginados. Hoje ele está no painel do carro, no visor do rádio, no DVD, na tela da televisão e, mais insidioso, no canto das telas dos computadores. Tiro de misericórdia foi a sua presença no celular. Se as pessoas têm que carregar um celular, para quê gastar dinheiro num relógio de pulso que só faz marcar horas?
Mas o mercado relojoeiro é adaptável. E vem transformando a peça de uma necessidade a um objeto de arte e de moda. Não é mais a dependência de saber que horas são que leva uma pessoa a investir tempo e dinheiro. Mas o desejo de compor um visual, onde o relógio passa a ser um adorno. De um único relógio, as pessoas passam a ter coleções de relógios para cada um dos momentos de suas vidas.
Vou voltar ao assunto, pois o mercado é enorme. Mas não me espanto se a próxima mudança radical for o desaparecimento dos modelos analógicos. Pare e pense: Se o computador e celular mostram as horas de forma digital, quantas gerações serão necessárias para que o uso dos ponteiros passem a ser uma coisa do passado?

E você? Que opinião tem sobre esse mercado?

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Bolha imobiliária - estouro demorou mais do que o previsto


Edward, meu amigo de Recife, manda um e-mail falando da previsão da revista Veja sobre a bolha imobiliária. Como ele mesmo assinala foi uma matéria "bola de cristal", pois é de janeiro de 2006.

Matéria boa e ao mesmo tempo ruim. Se por um lado alerta a todos sobre o fenômeno, que já havia ocorrido no Japão no começo dos anos 90, por outro fala de um fato em que nenhum pobre mortal brasileiro pode interferir. Sempre vai ter uma pessoa que irá dizer: mas você pode ir se preparando para o pior. Realmente. Voltamos ao mesmo tema: bola de cristal. Se toda vez que uma cartomante, ou um advinho, prever alguma coisa negativa, a gente saísse se preocupando, a população mundial não sairia de casa.

Previsão é uma coisa muito interessante. Você prevê e fica quieto. Se der errado, continua quieto. Se der certo, sai trombeteando o seu acerto. É como médico obstetra que nunca erra o sexo do filho de sua paciente. Ele diz, aos três meses de gravidez: "vai ser menina". E completa: "vou escrever aqui na sua ficha", sem mostrar o que escreveu. Após o lançamento, na primeira visita da paciente ao consultório, proclama seu acerto: "Não te disse que iria acertar o sexo?" Se foi menina, a mãe responde: "É doutor, como você sabia?" e fica com a sensação de que o doutor é realmente muito bom. Se foi menino, a mãe reclama: "Não doutor, o senhor disse que seria menina". Ao que o médico responde: "Você está se enganada. Eu disse menino". E para provar mostra a ficha, onde está escrito a caneta, para não restarem dúvidas, "menino".

Leia a matéria. Ela é realmente coisa de obstetra! http://veja.abril.com.br/180106/p_062.html

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Copyright II

Eu levantei a bola, outro dia, da ameaça que a tecnologia atual vem fazendo aos direitos autorais. Lógico que, numa análise histórica, a idéia de direitos autorais é uma realidade relativamente nova. Até podemos dizer que as pessoas ganhavam dinheiro com suas idéias. Mas a profanação de seus direitos não ocorria muito mais por uma dificuldade de se fazer cópias do que por respeito às idéias alheias. A primeira pirataria conhecida oficialmente ocorreu nos mosteiros da idade média, quando os padres passavam dias e dias copiando livros e bíblias. Não lembro de ter ouvido falar que eles pagavam aos autores, nem que eram presos por cópias falsas.

A informatização e a internet vêm revolucionando essa prática. Ainda lembro das discussões em torno da fita cassete, quando ela apareceu. Não que eu seja tão velho, mas está documentado para qualquer vque queira pesquisar um pouco o assunto. O grande embate era que o gravador de fitas permitiria a qualquer um copiar músicas e não pagar os direitos aos cantores e compositores. A diferença é que era um porre fazer a tal das cópias. Se você queria uma fita de uma hora, se preparasse para ficar duas horas em frente aos aparelhos. Haja paciência! Hoje, você copia um cd de horas de música em poucos minutos.

Na contramão de todos que tentam segurar o inevitável existe uma ONG que prega o direito livre, a Creative Commons. http://creativecommons.org/ Não é que ela pregue a falta de copyrights. Sua perspectiva é diferente: sugerir aos artistas que liberem suas criações para que elas sirvam de base para outros artistas. É uma forma inteligente de ver a questão.

No Brasil, o primeiro artista a liberar os direitos para outros autores foi ninguém menos do que Gilberto Gil. Ele publicou, há alguns anos, uma música com direitos completamente abertos. Não é atôa que ele, sexagenário, é mais jovem do que alguns grupos de adolescentes que existem por aí.

Vale a pena gastar um tempo pensando no que essa mudança irá afetar a nossa indústria de artes e publicidade. Pois, pior, é tentar tapar o sol com a peneira.

sábado, 25 de outubro de 2008

Web checking. Para quê?

Eu semmpre fui fã do checking feito pela internet. Como eu viajo muito, pelo menos uma vez por semana, normalmente viajo sem mala, sem nada. Para isso, não existe nada mais cômodo do que fazer o cecking antecipado pela internet e poder chegar ao aeroporto de última hora.

Vim ontem para Porto Alegre. Via Gol. Fiz o web checking e sai para o aeroporto. Chegando lá, fui despachar minha mala. Até caberia no avião, mas é mais confortável ficar com as mãos vazias. Só levei susto.

Primeiro susto: a fila para o checking normal é a mesma para o despacho de malas se você já tem o checking feito. Segundo susto: Foram 45 minutos de fila, pois o serviço de chão da Gol é sofrível. Terceiro susto: Só não foi mais tempo porque a atendente da Gol teve que passar os passageiros do meu vôo na frente dos demais. Tudo errado.

Ficam duas conclusões: O web checking não serve para todas as ocasiões, somente para aquelas que não tenham a necessidade de se utilizar o serviço de chão da compania. Segundo, e mais importante, os diretores da Gol, como vários diretores de empresas, não usam seus próprios serviços.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Internet: Adeus ao copyright

Quem é publicitário já sabe do embate ocorrido entre Fábio Fernandes e Nizan Guanaes no último Maximídia. Tudo ao vivo, para todos os presentes e para todo o Brasil, via satélite. Não quero aqui discutir o caso, nem o certo ou errado. Quero chamar a atenção para outro ponto.

Até ontem, o vídeo da briga podia ser visto na internet, via Youtube. Hoje, como passe de mágica, o vídeo foi retirado daquele site. Uma mensagem deixa claro que isso se deveu a ter o vídeo copyright. Só que em tempos de internet copyright é uma coisa para os pouco ligados a tecnologia. Com dois cliques qualquer um chega a uma nova cópia, agora no site vimeo. E podem ter certeza: se a Meio e Mensagem tirá-lo novamente do ar, algum outro site irá exibí-lo.

Nós que vivemos de idéias e criatividade precisamos repensar rapidamente o futuro de nosso trabalho. Do mesmo modo que a indústria fonográfica perdeu o embate para a pirataria, que o mundo cinematográfico está se preparando para a luta pelo direito de cobrar pela exibção de suas produções, não podemos deixar de pensar em como essa liberdade anárquica trazida pela web irá impactar no nosso ganha pão.

Não pensar é perder de antemão a guerra.

Taí o vídeo:http://vimeo.com/2035770

terça-feira, 21 de outubro de 2008

eco:Drive - Como estender um conceito

Clique no link e conheça

As melhores invenções são aquelas que têm aplicação na vida diária. E, nesse sentido, a Fiat vem encontrando formas de ampliar o uso de seu Blue&Me de uma forma surpreendente.

Para você que não sabe, o Blue&Me é uma plataforma desenvolvida em conjunto entre a montadora e a Microsoft. Foi a união da fome com a vontade de comer: de um lado, a Fiat queria continuar a sua história de inovadora. Do outro, a Microsoft queria entrar no mercado automotivo, ampliando seus horizontes. Da união surgiu esse aplicativo que parecia mais um brinquedinho do que uma verdadeira solução. Suas primeiras utilizações no Punto se resumiam a ler e-mails em voz alta e aceitar comandos de voz para a telefonia celular. Nada inspirador.



Eis que agora surge um verdadeiro uso que pode revolucionar o jeito de se ver o aplicativo. Não, não estou falando do navegador Blue&Me Nav, presente no Línea. Estou falando do programa que lhe ajuda a entender como dirige e lhe ensina como economizar combustível. Tudo de uma forma simples e indolor.

Primeiro, você abaixa um programa no seu computador e instala num pendrive. Depois, liga-o na entrada USB de seu carro e passa a rodar normalmente com ele. todo dia, ao chegar em casa, descarrega os dados no computador e voilà! Você terá um relatório esclarecedor, que lhe dirá em quais trechos tem sido um mal motorista, acelerando demais e gastando combustível em excesso. Você saberá qual marcha usar e como administrar seu ritmo de condução.

Isso é inovador. Enquanto isso, nos EUA, GM procura se unir com Chrysler, em busca de salvação. Vai entender...

domingo, 19 de outubro de 2008

Voyage reedita a traseira do Bora

Voyage

Bora

Corsa Sedan



Tem carro mais sem graça do que o VW Bora? Eu não conheço. Tem gente que gosta. O modelo atual, importado do México, sofreu uma reestilização para parecer mais moderno. E talvez para ceder sua traseira para o novo Voyage. Que já nasceu velha.

Veja e compare.

Aproveite e veja também a traseira do Corsa. Vem daí a tampa traseira?

Resumindo, o Voyage nasce com uma traseira que não tem personalidade.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A variguização da aviação brasileira

A Varig, hoje, é a mais antiga marca de aviação a voar no Brasil. Independente de ter sido absorvida pela Gol, ela é o celeiro das cabeças pensantes da aviação nacional. Não tem como negar. Seja na Tam, na OceanAir, na Gol ou qualquer das outras empresas brasileira, em todas é fácil encontrar um ex-funcionário da companhia gaúcha.
Não é portanto difícil entender como toda a aviação brasileira é fortemente influenciada pela cultura daquela empresa. Tendo sido tão grande e tão onipresente por tanto tempo, suas decisões e forma de pensar moldaram e ainda moldam os procedimentos das demais companhias aéreas.

Em 2003, a sua fusão com a Tam mudou definitivamente a cara da empresa do Rolim Amaro. Dois anos depois de sua morte, a Tam passava pela sua primeira grande crise. E a união da malha aérea parecia a solução para o tempo ruim que as duas passavam. Autorizada pelo governo, ela foi responsável pela Variguização da Tam.
Se até aquele momento, o grande diferencial da empresa do Rolim era o serviço de bordo, com a fusão, todos os detalhes que a faziam superior se esvaíram. O lanche quente, verdadeira marca registrada da empresa do tapete vermelho, foi substituído por um sanduíche frio. O serviço de terra, orgulho do comandante, passou a ser burocrático. E em nome de um corte de custos, a Tam passou a ser nivelada pelo nível mais baixo da Varig. Desfeita a fusão, nunca mais o serviço da Tam voltou a sua origem. Mesmo com a melhora dos números, a variguização foi para sempre.

Em 2007 a Gol comprou o espólio da Varig. E, se na fusão existia um encontro de iguais, desta vez existia um conquistador e um conquistado. Independente de todas as preocupações com relação ao futuro, a Varig sabia que ela deixaria de existir como empresa e passaria a existir somente como marca, como ela já havia feito com a Cruzeiro do Sul. Mas isso é muito pouco para uma empresa com uma cultura tão forte. E tal como o que ocorria no império romano, o conquistado passou a influenciar o conquistador.

Um ano e meio depois da compra, a gente começa a ver sinais de variguização da Gol. Começou pela decisão de abandonar a barrinha de cereais. Se ela foi um bom símbolo da empresa na sua fase baixo custo, o crescimento e mudança de foco da Gol levaram a empresa a perceber que o novo perfil de clientes exigia um tipo mais substancioso de lanche. E o que foi adotado como solução? O mágico sanduíche frio que a empresa gaúcha já havia imputado à Tam. Agora, o sinal mais claro da conquista do conquistador pelo conquistado foi dado. A Gol se rende ao mundo da milhagem e passa a premiar seus clientes com milhas e passagens aéreas. E qual o nome foi adotado? Smiles! O programa da Varig simboliza a virada de posicionamento e a adoção da cultura da Varig pela empresa dos Constantinos.

Não me surpreenderá se, dentro de poucos meses, o Júnior abrir mão da presidência em favor de um funcionário de carreira da Varig. É esperar para ver.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Corrida da GM no Brasil é para fazer resultado mundial

Como que para confirmar minha nota de sexta, dia 10, Maureen Kempston Darkes, presidente da General Motors para a região LAAM, fez uma coletiva para anunciar os bons resultados na região. A briga é mundial e o impacto pode ser local. Em menos de 10 dias a Chevrolet lançou um comercial com seu vice-presidente, Pinheiro Neto, falando da crise mundial e uma campanha promocional com o Faustão. A nota é da Investnews.

Veja o vídeo do Pinheiro Neto:

http://www.youtube.com/watch?v=b0lundQvvqM

14/10 - 02:07

GAZETA: GM registra recordes na região que engloba o Brasil

BANGALORE, ÍNDIA, 14 de outubro de 2008 - A General Motors anunciou ontem que teve vendas recordes no terceiro trimestre na região LAAM, que engloba a América Latina, África e Oriente Médio, com alta de 3,4%. A companhia divulgou que o resultado mostra "sólido crescimento, apesar da crise econômica global ao nosso redor".
No total, a GM vendeu 341.900 veículos na região LAAM - 11.400 unidades a mais sobre igual período de 2007. Em comunicado, a montadora divulgou que as vendas trimestrais no Brasil, Chile, Equador e Peru bateram recordes históricos no trimestre passado. No Brasil, o aumento nas vendas foi de 16%, no Chile a alta foi de 19% e no Equador dispararam 64%. Na África do Norte cresceu (30%), Egito (35%), Israel (30%) e Oriente Médio (27%)."Este é nosso 20º trimestre consecutivo de alta anual nas vendas", disse Maureen Kempston Darkes, presidente da General Motors para a região LAAM. Nesta região a GM emprega cerca de 37 mil pessoas em 18 países.

Crescimento sólido

Maureen enfatizou que "continuamos demonstrando um crescimento sólido apesar da atual crise econômica mundial. Chevrolet Aveo continuou sendo muito requisitado, especialmente depois da apresentação do modelo de cinco portas. Entretanto as vendas do novo Cadillac CTS tiveram sucesso no Oriente Médio, se complementando com o recente lançamento na África do Sul da versão CTS com o volante à direita."
Além do Brasil, Chile, Equador e Peru, a GM estabeleceu um re corde de vendas trimestrais.no Egito, África do Norte, e Oriente Médio.
"Até esta altura do ano, já superamos um milhão de unidades vendidas, e 2008 será outro novo ano recorde em vendas para GM LAAM", disse Maureen Kempston.
Nos primeiros nove meses de 2008, a GM registrou vendas de 1.012.100 unidades nas regiões da América Latina , África e Oriente Médio. Essa cifra representa um incremento de 13% com relação a 2007, enquanto o crescimento da indústria automobilística regional nesse período foi de 10%. A participação acumulada de mercado em 2008 da GM LAAM é de 17,3 %, ou 0,4 ponto acima do ano anterior.

Líder global

A General Motors, maior montadora mundial, é a líder global de vendas anuais de veículos há 77 anos, destacou a empresa em comunicado. Fundada em 1908, General Motors emprega atualmente cerca de 266 mil pessoas em todo o mundo. Com sede em Detroit, Michigan, a GM fabrica seus veículos em 35 países. Em 2007, aproximadamente 9.370.000 veículos foram vendidos mundialmente sob as marcas: Buick, Cadillac, Chevrolet, GMC, GM Daewoo, Holden, Hummer, Opel, Pontiac, Saab, Saturn, Vauxhall e Wuling. (Reuters - Gazeta Mercantil)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Chevrolet com crise de auto-estima?


Apesar de achar mais bonita a forma como a Chevrolet coloca sua marca atualmente nos seus carros, uma coisa não deixou de me chamar a atenção: à medida em que as suas vendas mundiais vêm caindo, sua marca na frente e traseira dos carros vem crescendo aqui no Brasil. Parece-me uma questão de crise de auto-estima: quanto mais eles apanham da Toyota, mais querem se mostrar. Será?

Veja as fotos do Meriva em três anos diferentes. Na linha 2007, quando o círculo herdado da Opel européia ainda dava fortemente o ar da sua graça. Na 2008 o círculo continua, mas a marca deixa de ser somente uma linha e passa a ser preenchida. E agora, na 2009, a marca cresce e passa a ser impossível não perceber.

Tire suas próprias conclusões. E me mande seus comentários.

domingo, 12 de outubro de 2008

Da série anúncios iguais - 2

Eu sei, é lógico, que a publicidade tende a se repetir. Os layouts se influenciam, como também são resultados da cultura, do momento, do modismo. Mas veja que legal. Na Época desta semana o leitor desatento pensará que está vendo um anúncio multipage (aqueles que o mesmo anunciante faz diversas páginas seguidas, para aumentar o impacto. Nas páginas 2 e 3, sai o anúncio da Caixa Econômica Federal. Nas 4 e 5, o do Governo do Ceará. Ambos têm fundo azul céu. Ambos têm uma mulher colocada à esquerda, olhando para a câmera. Ambas têm o braço esquerdo invadindo a página direita. E, melhor, o braço direito de ambas saem da página na mesma posição. Podem até dizer de coincidências, mas para mim essas duas são filhas de uma mesma cabeça!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Automóveis: Final do ano será ainda mais interessante

Eu adoro o mercado automobilístico. Quem me conhece sabe disso. E automóvel é um bem que sofre muito sempre que existe uma crise no horizonte. O dólar bateu nos R$ 2,30? Mercado automotivo vai ficar gripado. Quais são minhas previsões para os próximos meses?

Fiat vai perder participação para a Volks. Por que? Seu último lançamento de modelo que faz volume foi no começo do ano, a Palio Weekend. A Volks, por outro lado, acabou de relançar o Gol. E trouxe das profundezas o Voyage. Crise? Pouco dinheiro no bolso? As pessoas correm para comprar as novidades.

GM vai continuar crescendo até dezembro. É sua cota na participação mundial pela liderança versus a Toyota. Que por sua vez vai ignorar os esforços da concorrente e continuar sua escalada em direção à liderança mundial.

Ford ganha mercado. Pelo visto a matriz quer fazer volume e melhor seus resultados.

Renault, graças a Deus, vai bem obrigado.

E a Peugeot fica, cada dia mais, em maus lençóis. Fez um lançamento milionário no Brasil, o seu modelo quase novo 207 e não ganhou participação nenhuma. Aliás, vem perdendo mês a mês. En quanto isso, sua meio-irmã Citroën, sem nenhum alarde e nem investimentos vultuosos, vem encostando nos seus calcanhares.

Dezembro a gente confere.

E não é que a Meio e Mensagem publicou matéria com o mesmo questionamento da minha nota?

Dia 28 de setembro eu escrevi que os anúncios da Vivo e da Claro eram idênticos. E que o cliente não teria como saber quem é quem. Leram minha nota! O Meio e Mensagem do dia 06 de outubro publicou matéria com o mesmo conteúdo. É, a internet é realmente alguma coisa de fantástico!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Cadê a concorrência

Liguei para adiar uma viagem. Fácil comprar. Difícil mudar. E minha paciência com essa empresa que já foi uma das melhores do Brasil vai se esvaindo... O que não adianta nada, pois no final não existem opções.

Esperando a Tam...

Fui atendido

Esperando a Tam

Ligo para a Tam. Esperando atendimento. Expectativa de espera? 25 minutos.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Um político não pode relaxar jamais...

Quem está na chuva é pra se molhar. E político, em época de eleição, é mais afoito do que criança quando vê chocolate. Pegaram a Marta fazendo campanha. De tão empolgada, até manequim de loja ela cumprimentou. Tem certas momentos que é impossível relaxar. Senão, vêm os outros e gozam!

Kassab ultrapassa Marta

Eu havia comentado sobre a campanha alegre de Kassab e a triste da Marta. Uma com tom de vitória, outra de derrota. Agora vem os resultados das urnas. Apesar das pesquisas mostrarem o contrário, na última hora o eleitor trocou seu voto. Vale a pena pensar: as líderes de mercado são sempre as empresas alegre?

sábado, 4 de outubro de 2008

Um mercado totalmente diferente

O mundo está pronto para entrar numa recessão. A economia aponta para uma diminuição do consumo, com um adiamento de compras por parte do consumidor. Empresários alertam para os riscos imediatos.

No meio disso tudo ainda existem coisas capazes de me surpreenderem. Em São Paulo está sendo lançado um edifício com apartamentos com valores acima de cinco, seis milhões de reais. E para espanto da minha parte, as pessoas estão se estapeando para comprar as unidades disponíveis. 

Cadê a crise?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Criativo...

Não precisa nem falar, né...

Enquanto isso...

Chegou o primeiro avião da Azul. Parece-me que finalmente será quebrado o duopólio TAM/GOL. Concorrência nunca é demais. O link? http://www.voeazul.com.br/. Agora é não esperar que eles entrem no mesmo jogo de atender mal e jogar a culpa das suas falhas somente na Anatel e a infraestrutura dos aeroportos brasileiros.

Cadê a TAM do Rolim?

Impressionante como algumas pessoas criam cultura. Mais impressionante como a falta delas pode destruir essa mesma cultura. Estou falando da TAM, esta do título. Rolim Amaro morreu muito cedo. Sua cultura ainda não estava consolidada. E desde sua morte, só conheci uma TAM que se distancia, cada vez mais, dos ideais do fundador. Exemplos, tenhos vários. O último seria de morrer de rir, se não fosse trágico. 

Viajei em abril para Nova York. Executiva. Voltei no dia 05 de maio. Depois de algumas horas viajando numa cadeira quebrada. Escrevi para o presidente, esperando ver no que dava. Nenhum contato. Escrevi de novo no dia 15 de setembro. Deu no que deu. Uma resposta respeitosa, dizendo que a escolha de viajar mal arranjado foi minha. 

Gostei da resposta. Prova que onde não existe concorrência não existe respeito. Veja abaixo a minha carta e a resposta da TAM. 

Minha Carta:

Sr. Baroni, 

Enviei uma mensagem no dia 07 de maio passado e, depois de mais de quatro meses, não obtive nenhum tipo de resposta. Neste ínterim, recebo uma carta do Sr. propondo que eu indique funcionários que tenham atendido de forma diferenciada, proporcionando algum momento especial. Continuo aguardando a "máxima qualidade possível" que você cita em sua carta. Parece-me incongruente buscar provas de atendimento primoroso, quando as pendências continuam a não ser resolvidas.

Caso não se recorde, abaixo reenvio a mensagem enviada naquela data longínqua:

 "Cheguei ontem de Nova York no que eu posso chamar de pior experiência aérea de minha vida. Voltei no vôo JJ8083, na poltrona 5H, que simplesmente estava quebrada. Já seria um inconveniente se ela simplesmente não se reclinasse, mas mais do que isso, a poltrona tinha um de seus sistemas hidráulicos solto. Isso fazia que a todo o momento o encosto soltasse e fosse até o chão, impedindo que eu pudesse relaxar, tal o medo que tinha que algo ocorresse a minha coluna.

 Os comissários Adler e Leandro foram simpatissíssimos, ajudando a todo o momento. Desmontavam o assento e colocavam a peça no lugar. Mas, em nenhum momento, a poltrona voltou a funcionar da forma como devia. Chegaram a me oferecer trocar de assento, mas minha esposa e eu fazemos questão de comprar as passagens com pelo menos 4 meses de antecedência, para garantir viajarmos sempre nos mesmos assentos. Inclusive, a viagem deste ano foi postergada em função de termos os assentos da fila 5 a nossa disposição.

 Troquei de companhia aérea nas minhas viagens de férias, desde o ano passado. Deixei as americanas e experimentei a Tam. Em 2007, minha esposa e eu ficamos encantados com a qualidade do serviço e da aeronave. Neste ano, após uma viagem de ida meio rude, tivemos esse inconveniente.

Não me direcionei para a Tam para ter esse tipo de tratamento. Não é um tratamento para um passageiro, principalmente considerando-se ser a passagem de classe executiva. 

Gostaria de um pronunciamento da empresa, referente ao ocorrido.

Carlos Murilo Moreno

Fidelidade 23952"

 Para facilitar sua vida, apesar de ter certeza que vocês têm todos os meus dados, aqui vai o meu e-mail: murilo.moreno@uol.com.br

 Continuo no aguardo,

 Murilo


A resposta:


São Paulo, outubro de 2008.

Estou ciente de que o grau de expectativa do Cliente
aumenta, cada vez mais, e só há uma maneira de fazer
com que ele não se frustre: renovar cada vez mais a disposição
de acertar, tendo sempre em conta a humildade para
ouvi-lo, e a determinação.
Rolim Adolfo Amaro

Prezado Sr. Carlos,
 

Recebi seu e-mail enviado ao serviço Fale com o Presidente e soube que em sua viagem de Nova York a São Paulo, em 06/05, o sistema de reclinagem de suas poltronas não estavam em perfeito funcionamento.

Primeiramente é importante mencionar que antes de todos os vôos, nossas equipes técnicas fazem uma detalhada vistoria na aeronave de forma a detectar qualquer irregularidade. Caso haja alguma desconformidade em itens que afetem a segurança, a aeronave é direcionada para manutenção. Caso seja detectada alguma poltrona com defeito que afete a segurança, a mesma é bloqueada.

De toda sorte, compree ndo o desconforto que lhe foi causado. Quando nos deparamos com esse tipo de situação, nossa tripulação procura fazer a acomodação em outra poltrona. E assim foi feito na ocasião, sendo oferecido duas opções de reacomodação, mas soube que o senhor não aceitou.

O fato foi reportado no livro de bordo e o reparo foi efetuado assim que a aeronave retornou ao hangar.

Conto com sua compreensão.

Quero que saiba que permaneço, como sempre, a disposição para conhecer suas opiniões.

Atenciosamente,

Comandante David Barioni Neto
Presidente


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Kassab X Marta

Acabou a campanha eleitoral pela televisão. Claríssimo a razão do crescimento do Kassab. Ele tinha uma campanha alegre, para o alto. Além de falar de realizações. Tom de vencedor. Marta estava melancólica. Apesar do apoio do Lula e da alta aprovação do governo federal. 

Pensando em marketing, será que os discursos não estavam trocados? Será que não é isso que levou o Kassab a crescer tanto? Se o brasileiro é um povo otimista, alegre, por que não ter esse tom na comunicação? Segundo turno vem aí. E, se as projeções estiverem corretas, Marta vai sofrer o efeito Alkimin, que como candidato a presidente não conseguiu se eleger com uma campanha séria versus a alegria de ser da campanha de Lula. 

Ninguém segura a felicidade!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Crianças estão matando o e-mail 2

A profundidade da matéria do caderno Link do Estadão está no futuro da internet e como ela será utilizada. Sai a comunicação unidirecional. Que até tem resposta, mas lenta. Entra a comunicação imediata. Cada vez mais fortemente.

Os Spams tendem a sumir? Parece que sim. O caminho da mensagem instantânea leva a um novo tipo de publicidade. O boca-a-boca passa a ser virtual e as possíveis propagandas enviadas e indicadas passam a ser as de melhor resposta.

E-mails? Estarão cada vez mais circunscritas ao ambiente de trabalho. À vida particular será reservado o direito de se conversar ao vivo através da internet.

E nós, que achamos o e-mail uma puta solução, tendemos a ficar cada vez mais defasados. Bem vindo século XXI!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Crianças estão matando o E-mail

Impressionante a pesquisa da Cartoon Network: Crianças estão cada vez menos utilizando-se dos e-mails para comunicação. Caminho da comunicação segue para ferramentas mais on-line: mensagens instantâneas, SMS e redes sociais. Deu no Estadão: http://www.link.estadao.com.br/index.cfm?id_conteudo=14646

Fábulas do Murilo - O cliente e o atendimento

Estava o atendimento carregando vários layouts quando se encontrou com o cliente. O cliente, tendo levado uma reprimenda de seu chefe, na mesma hora, olhou para o atendimento e disse:

- Como ousas trazer esses layouts fora do briefing para mim?

- Desculpe-me cliente, responde o atendimento, mas eu só vim buscar os layouts que já estavam com vocês.

Vendo que a primeira tentativa de colocar a culpa pelo seu mau humor na agência não surtiu efeito, o cliente continuou:

- Ah, mas esta é aquela campanha que vocês tiveram que recriar mais de cinco vezes, antes de começarem a entender o briefing!

- Não meu cliente, estes layouts são de sua outra agência, que vocês pediram para pegarmos para que as campanhas das duas agências tenham sinergia.

Sentindo-se cada vez mais acuado, o cliente tenta mais uma vez:

- Você não me engana. Sei que todos os briefings que lhe passo são sempre mal compreendidos. Lembro-me que no ano passado, nós perdemos o prazo para colocar a campanha de natal no ar porque você nunca entende o que eu digo.

- Mas meu cliente, eu fui contratado em janeiro deste ano!

- Então não importa. Foi o diretor da conta, o diretor de criação, o mídia. Algum de vocês é o culpado.

E dizendo isso, o cliente tirou a conta da agência.

 

MORAL: A razão do mais forte é sempre a melhor 


(postado originalmente no UOL)


domingo, 28 de setembro de 2008

Domingo de anúncios iguais








Pior do que um anúncio chupado, são idéias iguais, com execuções quase idênticas.

E não é que a Veja de primeiro de outubro veio recheada delas?


Vejam o anúncio da Ford e do Línea.

Mesma idéia das conexões, as linhas das placas de computador e o ângulo dos carros.

Mas ruim, mas ruim mesmo são os anúncios do lançamento do iPhone no Brasil.

Até a foto de divulgação é a mesma. No final, quem assina o anúncio não importa. 


Faltou criatividade, ou faltou pensar no que o concorrente poderia fazer?

 

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Volks vem de Voyage

Eu adoro o mercado automobilístico. Meus sete anos de Fiat criaram um vício difícil de largar: pensar e analisar o mercado. Daí minha mania de prever o que vai acontecer no mercado. Vem aí o Voyage, novo três volumes baseado no Gol (apesar da VW negar). Já disse para alguns amigos. Lança agora e já em fevereiro começa a pedir água. Não acredito que ele vá emplacar com uma traseira tão sem sal. Faltou um pouco de ousadia para o pessoal da Alemanha>

Chutes na cara

Passado mais de seis meses retorno. Levei dois chutes na cara e não tem jeito de não reagir. Primeiro, o Zeca do Estado de Minas me responde um e-mail sugerindo: Por que você não escreve um blog? Eu já tenho blog! Só não sou suficiente organizado para mantê-lo atualizado. Aí hoje assisto uma apresentação do diretor de mídia digital da agência que trabalho, a NeogamaBBH, que diz muito sobre tecnologia. No meio ele cita "...porque no meu blog...". Pronto! Está na hora de criar vergonha e voltar a bloggar. No mínimo, é estar sempre mais próximo do wque nos aguarda o futuro. Novidade? Resolvi trocar o nome e assumir que é meu blog. Valem comentários.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Primeiro de Abril!

Primeiro de Abril!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Fábulas do Murilo - Pesquisar ou não pesquisar? Eis a questão

Fui a uma loja de roupa de cama e mesa, a M.Martan. Muito boa, produtos de alta qualidade. Mas a experiência de compra me mostrou o que normalmente acontece com as idéias geradas no conforto da sala com ar condicionado. É o famoso uso da computação para conhecer melhor o consumidor que não dá em nada. Até fico imaginando o que aconteceu:

Um dia o presidente chega no escritório e fala com seu diretor de marketing:

- João, estou muito preocupado. Em nossa rede de lojas, todos os dias vendemos milhares de produtos, mas não conhecemos quase nada desses consumidores. Queria informação, saber quem são, de onde vêm, como descobriram nossas lojas.

O diretor de marketing compartilha suas dúvidas:

- É, precisamos fazer algo. Como diz aquele ditado, "metade do que anuncio não me serve para nada. O problema é que eu não sei qual metade".

O presidente se assusta, como se nunca tivesse pensado naquele assunto:

- Hein? Boa idéia! Os franqueados vêm reclamando que nós gastamos demais com publicidade. Precisamos mostrar para eles que o que fazemos é que gera fluxo nas lojas. Esse é um bom começo. Quero que você crie uma forma de sabermos como nossos compradores nos descobriram.

- Podíamos fazer uma pesquisa...

- Pesquisa não. Custa caro, fala com apenas uma parte de nossos consumidores. E eu não acredito nos resultados. Quero algo mais concreto! Nós sabemos onde estão nossos consumidores. Todos eles. Todo dia eles entram em nossas lojas. Queria fazer algo em nossas lojas.

- Mas uma pesquisa permite que a gente possa ser mais...

- Não. Vamos consultar todos os nossos consumidores, um por um.

- Só se a gente utilizasse as equipes de vendas.

- Ótima idéia! Eles serão nossos pesquisadores.

- Mas nós não podemos atrapalhar as vendas. Não dá para o vendedor parar a venda para pesquisar sobre a propaganda.

- Não, diz o presidente, não precisa ser uma pesquisa. Uma pergunta. Uma que não incomode o cliente.

- Tipo assim...onde você soube da nossa oferta?

- Isso! E aí o vendedor marca e a gente tabula no final.

- É, mas cada vendedor irá anotar de uma forma. E muitas vezes vai acabar se esquecendo de anotar.

- Precisamos encontrar uma forma de obrigá-lo a nos enviar a resposta. Teresinha, chame o diretor de vendas.

A secretária chama o diretor, que chega com a cara assustada.

- Wilson, precisamos fazer com que nossos vendedores preencham um formulário, com uma pergunta, sobre como o consumidor soube das nossas ofertas.

- A gente prepara uma pesquisa... começa a responder o diretor de vendas.

- Não, pesquisa não, interrompe o presidente. Quero que todos os consumidores nos falem como descobriram a nossa loja.

- Mesmo aqueles que só entram para perguntar e não compram nada? Questiona o diretor de vendas.

- Não. Esse pode ficar de fora. Afinal, se não comprou, não é nosso cliente.

- Ah! Então ficou fácil, diz o diretor de marketing. Vamos incluir uma pergunta no final do processo de compras. O vendedor precisa abrir um pedido no computador, para fechar a venda. Vamos obrigá-lo a marcar uma opção de onde o consumidor conheceu nossa loja. Ele já ficou íntimo do consumidor. Nesse momento é só uma pergunta a mais. O consumidor não vai ficar nem chateado.

- Boa idéia! Você põe as opções onde nós anunciamos, mais a informação de ter visto a vitrine. Aí vamos ter uma noção de quanto nossa propaganda está ajudando nossas vendas.

- Não sei não, interrompe o diretor de vendas, que entende como funciona o dia-a-dia nas lojas. Aumentar a carga de trabalho dos vendedores? Não sei se irá funcionar.

- Para mim funciona. Vamos implementar. Depois analisamos os resultados. João, fale com o pessoal da informática.

- É prá já!

Um mês depois a idéia está implementada. O sistema de vendas das lojas é substituído e a empresa divulga que ele sofreu um up-grade. Os vendedores passam a ter que marcar uma opção, ao final do processo de compras, de como o consumidor descobriu a loja. Se não o fizerem, a venda não fecha.

Nos primeiros dias, o vendedor se dá ao trabalho de fazer a pergunta. Depois, volta a sua posição habitual de indicar o caixa após escanear os produtos e marca sempre a mesma opção: Vi a oferta na vitrine. 100% viram a vitrine. Afinal, pensa o vendedor, não é uma loja de shopping?

Na sede, o presidente passa a se espantar mais e mais com os resultados recebidos. Chama o diretor de marketing:

- João, sua frase estava errada. Não é cinquenta por cento da propaganda que é jogada no lixo. Pelas nossas pesquisas é quase cem por cento!

E passa a cortar a verba de publicidade.

Moral: Cuidado com o que você deseja. Deus pode lhe atender.




 
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