Enquanto a General Motors luta para se salvar, a Honda vem cada vez mais ampliando suas fronteiras e deixando de ser uma produtora de veículos para se classificar como uma produtora de soluções de locomoção. Como já dizia Theodore Levitt, no seu livro Imaginação de Marketing, um dos principais aspectos para se diferenciar e prosperar é ampliar seu foco de atuação. E locomoção é maior do que o mercado automotivo.
Depois de ter entrado na aviação, agora é a vez de começar a revolucionar o mercado direcionado aos paraplégicos, com o lançamento de dois equipamentos que, se no momento só facilitam a vida de não portadores de deficiência, não demora muito vão permitir que os deficientes voltem a se locomover livremente.
O primeiro chama-se Bodyweight Support Assist, algo como Assistente para suporte do peso do corpo. Seu principal papel é melhorar a sensação física daqueles que precisam ficar horas em pé. Não por acaso, está sendo testado nas fábricas da Honda, no Japão.
O segundo, Stride Management Assist, ou Gerenciamento do caminhar assistido, busca facilitar o movimento dos passos e é dirigido principalmente para pessoas idosas e seus claudicantes caminhares.
As duas invenções são resultados de mais de 20 anos de pesquisa. Quando, em 1986, a Honda apresentou o primeiro protótipo de seus robôs, o E0, o projeto era pesado, caro e desengonçado.
Vinte e três anos depois, a experiência que desenvolveu o Asimo começa a dar frutos para a empresa japonesa. Lógico que o robô ainda não tem sentimentos, como o comercial americano abaixo nos faz pensar. Mas as soluções desenvolvidas para que ele funcione começam a se aplicadas na melhoria da vida diária.
Não tenho dúvidas de que o próximo passo será reunir as soluções encontradas pela Honda com aquelas apresentadas pela Hitachi no já distante ano de 2007. Para quem não se lembra, a empresa japonesa de tecnologia demonstrou como os impulsos elétricos poderiam ser utilizados para que portadores de deficiência física pudessem comandar controles remotos de TV’s. Juntando um mais um temos três.
Realmente, a vida vem se tornando cada vez mais fácil.
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