terça-feira, 26 de maio de 2009

Música no Marketing: Zé Rodrix e a morte do jingle (corrigido)

Todo mundo já sabe e leu a respeito da morte do Zé Rodrix. Elogios vieram de toda parte. E merecidos. Mas com a morte dele, me assaltou uma outra dúvida: Será que morreu o último dos fazedores de jingles memoráveis?

David Ogilvy, fundador da Ogilvy & Mather, em certa época de sua carreira foi contra os jingles. Ele dizia que as pessoas não achariam o anunciante sério. Mas ele mesmo mudou de idéia à medida em que o tempo passou e o uso de jingles tornou-se uma forte ferramenta para diversos produtos, tais como refrigerantes.
Podemos até dizer que nos anos 70 houve uma guerra de jingles entre Coca-Cola e Pepsi, da qual Zé Rodrix participou, criando o jingle abaixo:

Talvez o movimento hippie tenha amplificado essa guerra, mas as pessoas se agarravam na frente da TV para ouvirem e verem os comerciais cantados, como o que lançou o “Real Thing”:

Numa época em que não existia o Youtube, ao invés do viral vir até o consumidor, o consumidor se plantava na frente da telinha esperando o momento de ver e cantar novamente com sua marca favorita.

Por que será que a publicidade atual não usa mais o jingle em grande escala? Talvez a propaganda tenha perdido a inocência dos anos 70 e o consumidor seja agora mais experiente, necessitando uma comunicação mais instigante? Não sei. Mas que desde a morte do Zé Rodrix eu estou com uma vontade danada de beber Pepsi, ah, isso eu tô!

Nenhum comentário:

 
Locations of visitors to this page