segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Servir o cliente é uma arte III

Parece que nestes últimos dias a minha sina é testar e entender a qualidade do serviço de diversas empresas brasileiras. Desta vez, fiquei ilhado no inferno que se transformou viajar de avião na véspera do feriado. Tudo porque o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, permaneceu fechado durante a quinta e sexta passadas, gerando um efeito em cascata de atrasos e cancelamentos em toda a malha aérea brasileira.

Pois não é que quinta viajaria para o norte do Paraná numa dessas aviações regionais? Saldo: Fiquei das 17h às 23:30h esperando meu voo. Dormi em Curitiba, após às duas da madrugada. E voltei a fazer plantão no aeroporto das 7h às 22:30h, primeiro tentando voar para meu destino, depois querendo voltar para São Paulo ou Belo Horizonte.

Durante essas horas de tortura, o que mais me impressionou não foram os atrasos, os cancelamentos, ou os aeroportos fechados. Foi o nível de desinformação dada pelos funcionários da companhia. Vi e participei dessas brigas em aeroporto que a gente vê no Jornal Nacional, tendo sido testemunha que outras grandes companhias também estavam passando pelos mesmos problemas de falta de informações confiáveis. O clima no aeroporto estava tenso.

Nesta verdadeira bagunça, me impressionou o comportamento de uma companhia, a Passaredo Linhas Aéreas. Depois de ter tentado diversas opções para voltar, me foi indicado um voo dessa companhia.

 passaredo

Milagre dos milagres, dentro do caos instalado, os funcionários da Passaredo pareciam estar voando em céu de brigadeiro. Não que seus aviões também não estivessem atrasados. Mas a postura e o nível de informação passados no check-in e na loja eram impecáveis. Nenhuma cara feia, nenhum mal trato, nenhum medo de se falar a verdade sobre os atrasos. Senti-me tratado como um adulto, por pessoas que são profissionais e entendem que o problema dos clientes também são deles.

De repente, minha ansiedade passou, meu nervosismo deixou de existir. E mesmo tendo que dormir no meio do caminho e chegar somente no sábado ao meu destino, a volta foi mais tranquila.

Interessante notar que a crise era a mesma para todas as companhias. Mas serviço é serviço. E um pouco mais de postura, um pouco de treinamento, podem fazer de um limão uma limonada. Depois dessa, voltei a acreditar que serviço, no Brasil, tem solução.

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