quarta-feira, 25 de março de 2009

Assistindo TV em lentes de contato

Finalmente a Tv irá se tornar pessoal e móvel. Futurologistas preveem para daqui a 10 anos a venda de lentes de contato com tvs incorporadas. A miniaturização de componentes, como o que a gente vê no dia a dia acontecendo com os iPods, mais tecnologias como a TV Digital, apontam para esse caminho. Nem energia será um problema, pois a previsão é que elas funcionem a partir da gerada pelo corpo humano. Teríamos, então uma imagem formada sobre o que estamos vendo, ao estilo da visão do Robocop, ou a visão de programas, como hoje assistimos em telas de plasma ou LCD.

Visão do Robocop

Mas o que a tv pessoal poderá afetar nossa forma de consumir programas? E como isso modificará a nossa forma de utilizá-la como meio publicitário?

 TV na lente de contato

A televisão, da mesma forma que o telefone, surgiu como um aparelho comunitário. Mais do que atender a família, servia também aos amigos e vizinhos nos seus primórdios. Lógico que, com o barateamento dos custos de fabricação, cada lar passou a ter sua própria TV e seu próprio número de telefone.


Num certo momento, o telefone conseguiu dar seu salto quântico, transformando-se de fixo e familiar, num aparelho individual e móvel. Explodiu, então, o mercado dos celulares, que atendia uma necessidade latente mal resolvida: a de manter as pessoas sempre contatadas umas com as outras.

Celular com TV

A TV ainda não conseguiu esse intento. Estão saindo, agora, as primeiras tvs verdadeiramente portáteis, aquelas instaladas em celulares. Elas, mais a TV Digital, estão finalmente dando mobilidade aos antigos e pesados aparelhos de TV.

Mas o que acontecerá com ela quando tivermos essas maravilhosas tvs instaladas em lentes de contato?

Posso imaginar diversas mudanças, se considerarmos o on demand, o GPS, a internet, incorporados num mesmo equipamento.

Primeiro, podemos ir a campo de futebol e assistir a replays de gols e jogadas controversas sem perder a concentração no que acontece em campo. Segundo, um canal de previsão de tempo pode usar a nossa posição, indicado por GPS, e nos dar as previsões, ao olharmos para o céu. Terceiro, qualquer viagem que façamos pode ser ilustrada por canais de turismo e de história, ao olharmos um prédio, uma vista, ou algum objeto exposto em museus. Quarto, o caminho apontado pelo GPS pode ser visto enquanto você olha para as ruas, aumentando sua segurança.

 TV em lente de contato

Esses são exemplos. Podemos enumerar mais um milhão de outros. Em todos, a publicidade pode ser inserida e direcionada a cada um especificamente. Olhou para um shopping? Podemos incluir ali a publicidade de um restaurante, na hora do almoço, ou de uma livraria, no resto do dia. Assistiu ao replay no campo de futebol? A marca do patrocinador poderá estar sempre presente na imagem.

São somente 10 anos. Pouco tempo, quando se fala de adequar uma instituição centenária como a publicidade. Que já está tendo problemas em entender como utilizar e ganhar dinheiro com a internet atual. Se quisermos estar na cabeça da onda, precisamos começar a entender esse fenômeno desde já.

O único ponto que não consigo ver solução é como evitar que os alunos passem toda a aula de química sem aproveitar para assistir o último capítulo de Lost. Com certeza, os professores terão que pedir a todos desliguem suas lentes.

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