terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Infraero e a língua portuguesa II

Muito interessante. Postei na semana passada sobre as placas que vi no aeroporto de Congonhas e um dia depois um senhor colocou o seguinte comentário no post:

“Senhor Murilo, não há nada de errado na placa mencionada. A Empresa somente está esclarecendo ao consumidor acerca da responsabilidade e competência de cada fornecedor de serviço no âmbito do Sistema de Aviação Civil. Se a operadora do aeroporto pudesse escolher seus "inquilinos" tudo fluiria melhor e não lhe seriam atribuidas tantas críticas, muitas delas infundadas. Parabéns pela iniciativa do blog. “

Engraçado, eu comentei o português e recebi uma resposta sobre “escolher inquilinos” e “críticas, muitas vezes infundadas”. Não entendi.

Voltando ao português, e somente ao português, será que a frase original, “a Infraero fornece os balcões para você fazer o check-in. O atendimento e a organização das filas ficam por conta das companhias aéreas.” não poderia ser escrita de uma forma que não fosse tão “o caos aéreo não é minha culpa?” Juro, sinceramente, que nunca achei que as filas, longas ou curtas, fossem culpa da Infraero. Mas fiquei impressionado com o piloto de uma das companhias aéreas “inquilinas” falando no som interno da aeronave, semana passada, sobre buracos na pista de taxiamento de Congonhas. E, mais estranho, no site da Infraero as explicações das tarefas da empresa são melhor escritas.

Voo muito e adoro os aeroportos brasileiros, pois a maior parte deles tem uma estrutura arquitetônica e de serviços incríveis. Só não creio que o consumidor deva ser envolvido numa questão que não lhe diz respeito. Quando alguém chega num aeroporto não quer saber quem faz o que. Só quer ser atendido com rapidez e fazer uma viagem segura.

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