segunda-feira, 27 de julho de 2009

Como valorizar um bife

Em tempos de gripe suína, gripe aviária e vacas loucas, passa a ser importante a garantia de procedência das carnes a serem consumidas. O Brasil, que hoje é o maior exportador de carne bovina mundial, passou por um susto em 2005, quando foram dectados focos de febre aftosa em certas regiões brasileiras. E naquele ano foi criada a Safe Trace, uma empresa especializada em rastreabilidade, realidade antiga em outros países, mas relativamente nova no Brasil.

Vaca no pasto Para quem não se lembra, a carne bovina brasileira sofreu um forte boicote em 2008 exatamente pela sua falta de rastreabilidade. E uma denúncia do Greenpeace a respeito de desmatamento da Amazônia para a criação de pastos foi mais um motivo para vermos os importadores virando a cara para a produção brasileira.

O que ocorre de diferente na rastreabilidade da Safe Trace é todo o processo ser feito eletronicamente, sendo possível, na internet, digitar o código da carne comprada e saber desde a procedência, garantida pelo DNA, todas as vacinas tomadas durante a vida da vaca da qual a carne se originou, até o dia e local no qual ela foi abatida. O mercado europeu, que valoriza bastante esse tipo de serviço, chega a pagar 10% a mais por carnes rastreáveis.

Nosso país já conta com o maior frigorífico do mundo, o JBS-Friboi. E devemos ver o surgimento da Ambev dos frigoríficos, com a possível fusão dos grupos Bertin e Marfrig. Se realmente o Brasil quer continuar usando a coroa da liderança em comercialização de carnes, não tem escapatória: ou os frigoríficos se modernizam, ou se modernizam.

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