sexta-feira, 31 de julho de 2009

Criatividade não custa muito

Nova Zelândia está realmente se tornando um celeiro de criatividade. Para deixar seu final de semana mais leve, aqui vai um vídeo de um grupo (um grupo não! Uma organização), uma organização criada pelo Ministério da Saúde de Nova Zelândia chamado Family Life Education Pasefika, algo como Educação para a vida Familiar do Pacífico, ou algo parecido.

Sua preocupação é, através da arte, oferecer educação sexual aos jovens neozelandezes. Esse grupo, que se situa em Aukland, a maior cidade do país, se apresenta nas ruas e utiliza-se de intervenções públicas, música e peças de teatros para abordar os jovens e, com isso, cumprir seu papel. Seus novos trabalhos chamam-se Random Acts, pois abordam diversos locais públicos, como esquinas movimentadas e shopping centers.

O que me impressionou nesse vídeo, que é uma paródia da música I’m Yours e onde a letra é um pedido no McDonald’s, é o baixo custo de sua produção. Repare que tudo é gravado em uma câmera digital e duas máquinas fotográficas. Depois, com certeza, utilizaram-se de um computador para a edição e a legendagem.

Ou seja, nenhuma parafernália. Somente criatividade. Divirta-se:

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Toyota Prius. Além de poluir menos, ainda faz boa propaganda

Ver o carro, por si só, já seria fantástico. Ele é o Toyota Prius, o híbrido mais vendido do mundo. Híbrido? Sim, um carro que funciona a gasolina e bateria, poluindo menos. O investimento pioneiro da montadora japonesa demonstrou às demais fabricantes que soluções existem. Basta acreditar.

O modelo foi lançado em 1997 e este ano chegou à sua terceira geração. Mais moderno, com certeza. Mas o que impressiona é a campanha publicitária de lançamento, que usou uma técnica fantástica: pessoas fazendo todo o cenário. É simplesmente incríver ver as pessoas formando árvores, nuvens, cachoeiras que se modificam à medida que o carro desfila pelas estradas.

De quebra, além dos três comerciais ainda tem o making of. Have fun!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Britain's Got Talent: O poder de uma embalagem

Simon Cowell é um gênio de marketing. E sabe como poucos o poder que uma boa embalagem pode causar na venda de um produto. Tendo virado uma unanimidade dos dois lados do Atlântico, já que é peça fundamental no sucesso do American Idol e do Britain's Got Talent, ele merece o sucesso que vem tendo.

Mas por que afirmo que ele é um gênio das embalagens, se ele é um produtor televisivo? Simples. Para aumentar o resultado do Britain's Got Talent, que se propõe a descobrir talentos escondidos no reino da Rainha Elizabeth, ele usa de artimanhas de embalagem para iludir a audiência nas primeiras apresentações dos candidatos.

Pare para pensar: Se você fosse se apresentar num programa de calouros em rede nacional que roupa você usaria? Uma especialmente comprada para a ocasião, elegante, ou uma qualquer, que parecesse ter saído do cesto de roupas sujas exatamente naquele momento?

Pois bem, Cowell surpreende a audiência ao apresentar, em roupas ordinárias, pessoas humildes, mas com grande potencial de sucesso. Aconteceu em 2007, quando Paul Potts se apresentou pela primeira vez. E se repetiu com o fenômeno, agora mundialmente conhecida, Susan Boyle. Veja as fotos abaixo e veja se você “compraria” estes produtos:

Paul Potts 2007

Suzan Boyle 2009

Se a primeira impressão fosse a que valesse, os dois teriam sido eliminados nos primeiros segundos de palco. Agora compare com foto de suas performances nos programas de encerramento:

Paul Potts final 2007

Suzan Boyle final 2009

Tudo é diferente, para valorizar os “produtos”. Desde a roupa de gala especialmente escolhida, à iluminação e até a fumaça seca. Eles passam a ser bons produtos, já que não haveria uma segunda oportunidade de se criar um contraste entre as figuras estranhas e suas maravilhosas vozes.

Esse é o efeito que as embalagens dos produtos cria nos consumidores. De nada adianta um produto de ótima qualidade com uma embalagem que não transmita seu valor intrínseco. Aí vale a pergunta: que tipo de embalagens você vem criando para seus clientes?

Para encerrar, aqui embaixo você tem as quatro apresentações. Vale a pena ver, seja pela qualidade musical, seja para ver o efeito das embalagens em detalhes.

Paul Potts em sua primeira apresentação

Paull Potts na final

Susan Boyle em sua primeira apresentação

Susan Boyle na final


terça-feira, 28 de julho de 2009

Internet Gratuita chega às 777 lojas da Barnes & Noble

Devo confessar: eu amo a Barnes & Noble. A maior livraria do mundo, com 777 lojas espalhadas por todos os Estados Unidos, tem uma relação com livros que demonstra o que uma estratégia pode fazer por uma empresa. Se hoje a gente conta com as megalivrarias em nosso território, podemos afirmar que muitas das idéias foram geradas pelos aficcionados daquela rede.

Uma frase dita pelo seu Chief Executive, Steve Riggio, ilustra bem como eles encaram cada um de seus pontos de vendas: “Nós sempre consideramos nossas lojas como espaços quase públicos e pontos de encontro públicos.” É esse pensamento que os levou a anunciar, hoje, acesso gratuito à internet sem fio em todas as suas lojas.

barnes-and-noble

Lógico que eles não são samaritanos. Existe um propósito de aumentar o fluxo e as vendas. Como ele mesmo afirma, “Cremos que gerar fluxo somente pode nos trazer bons resultados. Mais pessoas significa mais consumidores interagindo com nossos vendedores, mais oportunidades para nossos vendedores de servi-los, mais tempo para os consumidores descobrirem e explorarem o que nós temos em nossas prateleiras”. Uma aula de marketing em poucas palavras.

Isso demonstra que eles estão antenados para as mudanças que estão por vir na relação consumidor / leitura. O grupo, que viu a Amazon tomar a dianteira na comercialização de livros via internet, parece ter acordado e colocou no ar, de uma só vez na semana passada, uma livraria de livros eletrônicos, os famosos e-book, com mais de duas vezes livros que sua concorrente. São 700 mil títulos contras os 300 mil possíveis de serem comprados através do Kindle.

Eu já baixei minha versão do e-reader da BN.com. Até porque 500 mil dos títulos serão oferecidos gratuitamente e essa é uma oferta que nenhum mineiro consegue resistir. Resumindo, na minha mente, a batalha por representar esse novo mundo de leituras virtuais já está ganho. E a vencedora é a Barnes & Noble.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Como valorizar um bife

Em tempos de gripe suína, gripe aviária e vacas loucas, passa a ser importante a garantia de procedência das carnes a serem consumidas. O Brasil, que hoje é o maior exportador de carne bovina mundial, passou por um susto em 2005, quando foram dectados focos de febre aftosa em certas regiões brasileiras. E naquele ano foi criada a Safe Trace, uma empresa especializada em rastreabilidade, realidade antiga em outros países, mas relativamente nova no Brasil.

Vaca no pasto Para quem não se lembra, a carne bovina brasileira sofreu um forte boicote em 2008 exatamente pela sua falta de rastreabilidade. E uma denúncia do Greenpeace a respeito de desmatamento da Amazônia para a criação de pastos foi mais um motivo para vermos os importadores virando a cara para a produção brasileira.

O que ocorre de diferente na rastreabilidade da Safe Trace é todo o processo ser feito eletronicamente, sendo possível, na internet, digitar o código da carne comprada e saber desde a procedência, garantida pelo DNA, todas as vacinas tomadas durante a vida da vaca da qual a carne se originou, até o dia e local no qual ela foi abatida. O mercado europeu, que valoriza bastante esse tipo de serviço, chega a pagar 10% a mais por carnes rastreáveis.

Nosso país já conta com o maior frigorífico do mundo, o JBS-Friboi. E devemos ver o surgimento da Ambev dos frigoríficos, com a possível fusão dos grupos Bertin e Marfrig. Se realmente o Brasil quer continuar usando a coroa da liderança em comercialização de carnes, não tem escapatória: ou os frigoríficos se modernizam, ou se modernizam.

Realidade Aumentada ganha espaço nas relações

Que troca de cartões que nada! O futuro é digital e simples. Das diversas ferramentas de Realidade Aumentada que estão sendo criadas, esta é, sem sombra de dúvidas, uma das mais interessantes para o mundo dos negócios. Você usa seu celular e, apontando a câmera para você, decide que informação vai querer disponibilizar para as pessoas.

Imagine só: vai fazer uma apresentação? Seleciona o seu cartão de visita, seu perfil no LinkedIn e o Slideshare da apresentação. As pessoas que apontarem seus celulares para você irão ver essas mesmas informações e salvá-las, caso queiram.

Chegou a hora de ir para a balada? Mude os aplicativos. Selecione os seus perfis no Facebook, no Twitter, no Orkut e deixe acessível seu perfil pessoal.

É mais uma das várias aplicações que estão surgindo. Dessa vez, da TAT – The Astonishing Tribe, uma desenvolvedora sueca. 

A vida vai ficar cada vez mais fácil. E mais rápida.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Realidade Aumentada ganha espaço no ponto de vendas digital

O meu amigo Wilson Oura me envia uma dica de uso de realidade aumentada muito interessante, um post do blog UpdateorDie! que mostra um uso dessa técnica para a preparação de portifólios de criativos. Ele é redator e, você sabe como é, esse é um tipo de uso que causa frisson entre publicitários como nós dois.

Só que mexendo no link, encontrei um outro uso que, para mim, mostra o futuro do comércio eletrônico. É uma espécie de provador digital. Nada como experimentar uma roupa para aumentar a possibilidade de compra. E essa ferramenta, da Zugara, agência interativa californiana, ajuda ao consumidor a ter essa sensação, mesmo através da internet.

Vale a pena ver e pensar nos desdobramentos que ainda vem por ai.

terça-feira, 21 de julho de 2009

No creo en coincidencia, pero que las hay, las hay

 

Para quem não leu, não comprou ou não viu nas bancas as revistas Veja e Época desta semana, vale a pena dar uma corrida de olhos nas suas capas.

Os assuntos não são idênticos, poderia falar serem complementares. Ambas revistas tratam de adoção. A Veja do mercado de adoção de animais de estimação, que vem crescendo assustadoramente e já faz do Brasil o país com o segundo maior número de animais domésticos do mundo.

Veja 2122

Época escreve sobre a adoção de crianças e os problemas gerados, seja no dia a dia, seja nos processos jurídicos. Aborda ainda a devolução de adotados, após alguns anos de convívio, por problemas de relacionamento.

Epoca 583

Não tenho interesse em fazer uma análise comparativa dos temas, seus interrelacionamentos ou complementariedade. O que realmente me chamou a atenção é a coincidência dos layouts das capas. Fora a tarja negra no topo, a capa da Época poderia ser considerada a contracapa da Veja, já que apresenta, de costas, um animal de estimação (deve ser um urso, mas poderia ser o cão de Veja). E aí, não existiria um título mais adequado do que o Lado B da adoção.

Melhor dizendo, a maior coincidência é exatamente a Época ser hoje o Lado B da Veja, a revista que ocupa o segundo lugar no mercado de semanais e com quem luta, número a número, pela adoção pelo leitor.

Vindo de duas redações independentes, é muita coincidência.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

iPhone: Não se perca na hora de pegar o metrô

É. A realidade não será mais como acostumava ser. Os aplicativos para os smartphones, puxados pelo iPhone, ficam cada vez mais interessantes. Isso sem falar que mais funcionais. A Acrossair lançou um que aproveita o GPS, a câmera e o sensor de movimento do celular da Apple para mostrar o caminho para estações de metrô quando o aparelho é apontado para o chão e placas indicando a distância e endereço, quando apontado para a frente.

Isso, por si próprio já seria muito legal. Mas legal, legal mesmo é que eles estão mapeando diversas cidades do mundo usando os próprios donos de iPhone para corrigirem distâncias, caminhos e nomes de estações de metrô. Os Beta Testers da Acrossair são a melhor prova de que o futuro se torna cada vez mais colaborativo. Já pensou o quanto eles não economizam ao colocar o próprio consumidor para fazer o trabalho?

Sulamérica Trânsito: Como não sair da cabeça dos motoristas

Desde o começo de 2007, São Paulo ganhou uma rádio dedicada a transmitir para os motoristas as condições de trânsito ao vivo, de modo que possam evitar engarrafamentos e encontrar jeitos mais rápidos de se deslocar entre os vários compromissos. Numa cidade que habitualmente ultrapassa os 200 quilômetros de trânsito lento, uma nova forma de se referir aos engarrafamentos, isso é uma mão na roda.

Sulamérica Trânsito

Operada pelo Grupo Bandeirantes e patrocinada pela seguradora que lhe dá o nome, a Sulamérica Trânsito é claramente uma aposta do marketing em tornar-se uma parceira dos motoristas no dia a dia e, com isso, ser a top of mind no momento de se fazer ou renovar seguros de veículos. Porto Seguro e Sulamérica, respectivamente primeira e segunda colocadas no mercado brasileiro, brigam no mercado paulistano pela liderança. A rádio é uma estratégia bem diferente da da Porto Seguro, que tem apostado mais no serviço dirigido ao automóvel.

Mesmo não sendo uma novidade no mundo, já que outras grandes cidades também possuem suas versões de rádios dedicadas ao trânsito, é uma forma inteligente de posicionar a marca. Mas principalmente inovadora, ao ser patrocinada e assumir o nome da seguradora. Podemos ver no médio prazo virar sinônimo de trânsito fácil.

Enquanto isso não acontece, convido você a clicar nos links abaixo e ouvir a Sulamérica Trânsito e suas primas distantes, a 1010 Wins, de New York, que mistura trânsito e notícias, e a Traffic Radio, de Londres, uma de várias rádios que cobrem toda a Inglaterra comentando somente as condições de trânsito. É uma verdadeira aula de marketing.

Sulamérica Trânsito 1010 Wins Traffic Radio

terça-feira, 14 de julho de 2009

Cartão de crédito: pagar anuidade faz parte do passado

Não é teoria, é fato: o cartão de crédito caiu nas graças do brasileiro e vem substituindo o cheque como a forma de pagamento preferido. Junto com o cartão de débito, aquele que transfere diretamente o dinheiro da sua conta para o estabelecimento, eles foram o meio de pagamento mais utilizado no Brasil nos últimos dois anos.

Foram mais de quatro milhões de transações em 2008, das quais 2,2 milhões de crédito, versus 1,39 milhão de cheques emitidos. A única disparidade ainda existente a favor do cheque é a quantia financeira total, no qual o pagamento em papel ainda é imbatível. Um trilhão de reais em cheques contra 322 milhões em pagamentos digitais. É a diferença entre ter a liberdade de gerar seu próprio limite, já que no cheque você escreve o valor que quiser, e um equipamento eletrônico determinar o máximo disponível no momento da compra. Para se ter uma idéia, em 2008 o valor médio de cada cheque emitido foi de 835 reais, contra 86 reais nas transações de cartão de crédito.

Conscientes desse crescimento, as emissoras de cartões agora entram numa nova fase de disputa por clientes. Uma realidade antiga nos Estados Unidos começa a se fazer presente no Brasil, a oferta de cartões de crédito sem pagamento de anuidade.

Tenho recebido frequentemente a oferta do cartão Submarino Mastercard com anuidade grátis. Podemos considerar que existe aí uma pré-seleção de candidatos, pois além de não ser ofertado na página, mas somente por e-mail, eles só trabalham com pessoas que já compraram pela internet. O mesmo não se pode afirmar do lançamento do cartão do Riocard, o cartão para pagamento de passagens de ônibus no Rio de Janeiro. A empresa, junto com a Fininvest, passou a ofertar um cartão de crédito, também com anuidade grátis, aos proprietários do cartão de vale transporte Riocard. O interessante é que a expectativa da empresa é emitir 500 mil cartões entre os 2,5 milhões de trabalhadores cadastrados por eles.

RioCard

Se antes a liberalidade das anuidades era feita na surdina, nas centrais de relacionamento, quando o cliente pedia o cancelamento do cartão, agora as operadoras passam a criar produtos específicos em que esse é um dos diferenciais. Como já ocorreu nos Estados Unidos, podemos prever que em pouco tempo a anuidade será coisa do passado.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Red Bull te dá asas

No último final de semana, a equipe RBR de Fórmula Um conquistou a terceira dobradinha do ano, com seus pilotos Mark Webber e Sebastian Vettel chegando à frente das multimilionárias equipes Ferrari e Maclaren. Apesar de ser uma equipe relativamente nova, pois foi criada em 2004, ela divide as atenções deste ano com a mais novata ainda Brawn GP. E é resultado do mais incrível planejamento de marca que tenho conhecimento.

RBR 2009

A RBR, ou Red Bull Racing, vem a ser, junto com a STR, a incursão da Red Bull no mundo da Fórmula Um. Produto criado em 1984 e lançado em 1987 pelo austríaco Dietrich Mateschitz, Red Bull tornou-se instantaneamente um fenômeno mundial de vendas, mesmo sem se utilizar da publicidade como seu principal instrumento de divulgação.

No lugar disso, ele decidiu partir para patrocínios e promoções que reforçassem o caráter de energético da bebida. Sempre que a adrenalina aparece no radar, é quase certo que a Red Bull será um dos patrocinadores.

Red Bull Air RaceO mais interessante é que as duas equipes da Fórmula Um surgiram da compra de antigas equipes que não passavam de coadjuvantes nos finais de semana de corrida. Mesmo assim, já valeria a pena, pois além da ligação da emoção com o produto, as provas tem duração média de uma hora e meia e transmissão mundial.

Lógico que com o tempo, a Red Bull partiu para criar uma linha publicitária. Que como tudo que faz, tem caráter mundial e um slogan também internacional: Red Bull te dá asas. Curiosamente, o exemplo abaixo inverte a equação quando diz: Sem Red Bull, sem asas. Vale a pena assistir.

Red Bull é um dos melhores cases de construção de marca. É difícil ver um movimento que não reflita a identidade que eles pretendem criar. E graças a seus pilotos, uma imagem cada vez mais forte.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Virgin America, Air New Zealand e segurança

Tendo postado sobre a brilhante campanha da Air New Zealand, fiquei curioso para saber como a mais cool das companhias aéreas, a Virgin América, faria seu vídeo de instruções de segurança.

Para quem não se lembra, a Virgin é o grupo de empresas do multimilionário Richard Branson. Aquele que começou com uma gravadora, já patrocinou o giro ao mundo em balões, patrocina atualmente a equipe Brawn do Rubinho Barichello e está planejando em ser o primeiro a operar uma empresa de voos suborbitais. Uma coisa sempre ligou suas empresas, independente da área de atuação: Sempre foram as mais cool do setor.

O resultado surpreende. O vídeo mostra um toureiro colocando o cinto de segurança ao lado do touro, que mostra cara de enfado. Um cara com cabeça de peixe e ou tro com cara de roqueiro. E uma freira que usa computador, celular, todos os itens eletrônicos possíveis. Tudo isso num tom de sarcasmo incrível. Afinal, como o próprio vídeo diz, ele é feito para os 0,0001% dos que nunca voaram anteriormente.

O resultado é bom. Mas o Nada a esconder é melhor.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Air New Zealand: Nada a esconder

Certas campanhas surpreendem pela simplicidade e força da mensagem. a Air New Zealand, de Nova Zelândia, colocou no ar recentemente uma nova linha de comunicação com seus funcionários pelados e com os corpos totalmente pintados. Sendo uma companhia de low fare, a mensagem é clara: nós não temos nada a esconder de você, consumidor. Não morando lá, não dá para saber se isso é referência a alguma concorrente, que possui também preços baixos, mas que cobre valores não anunciados no momento da emissão do bilhete, apesar disso já ter sido motivo de campanhas anteriores.

Independente do motivo, é uma campanha empolgante. E que não fica somente na TV, mas invade também o site de internet e, principalmente, o filme sobre os procedimentos de segurança.

Sem sombra de dúvidas, uma grande campanha.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Archer, os Tellaritas e o atendimento ao consumidor

Este final de semana estava assistindo Jornada nas Estrelas – Enterprise. Para quem não sabe, sou viciado em ficção científica. E sempre me impressiono com o quanto é fácil analisar o dia a dia através desse tipo de ficção. Pois bem, estava assistindo Enterprise e um fato muito interessante me chamou a atenção. 

Capitão Archer  e Hoshi - EnterpriseO capitão Jonathan Archer começa o episódio Babel Ano Um brigando com sua oficial de comunicação, Hoshi Sato. Logo ele, que sempre foi o exemplo de como um líder deve ser e agir. Ele que nunca levanta a voz para seus subordinados. Pois os dois estão numa disputa verbal, onde não cabe espaço para a gentileza até que, num ato extremo de rudeza, o capitão resolve que o melhor lugar para a sua subalterna ficar é à deriva no espaço, esperando que outra nave a resgate.

Surpresa das surpresas, Hoshi começa a rir e diz que Archer está se saindo muito bem. Na verdade, os dois estão treinando para receber o embaixador tellarita. E Hoshi explica: Eles reclamam de tudo, mesmo quando não tem do que reclamar. E se a resposta não for a altura, eles vão se sentir ofendidos.

Capitão Archer e os Tellaritas - Enterprise

Isso me fez pensar: Quantas vezes a gente não ouve falar trate seu cliente como você gostaria de ser tratado? É considerada uma regra de ouro no comércio, mas pode ser que seja realmente ouro de tolo.

Provavelmente essa regra vem da educação católica que nossa cultura possui. Ouvimos desde a infância essa mesma afirmação, que tem origem na Bíblia. Talvez ela tenha razão, quando falamos das relações diárias. Mas quando estamos falando de relações comerciais, não podemos deixar de pensar que nem todos querem ser tratados da mesma forma.

A gente até já se acostumou com a idéia da customização, a personalização do produto de acordo com o gosto do cliente. Mas quantos de nós pensam que a segmentação e personalização devem chegar ao jeito de atender? Quer atendimento menos personalizado do que o telemarketing? A atendente sempre conversa com a gente como se fóssemos debilóides. Somos todos nivelados por baixo. Se formos aplicar a regra de ouro citada chegaremos a conclusão de que todas as atendentes são retardadas, razão pela qual nos tratam de forma tão estranha.

Interessantemente, os profissionais de comércio exterior já estão acostumados a buscar entender e tratar seus clientes internacionais do jeito como eles querem ser tratados. Eles já descobriram que a melhor forma de aumentar a chance de fechar um negócio é entender a forma de pensar e agir do cliente. E funcionar da mesma forma. Fica muito fácil entender isso quando estamos pensando numa relação Brasil-Coréia do Sul, já que os coreanos são negociadores incansáveis e cansativos. Quem busca comprar ou vender naquele país sabe que a paciência precisa ser exercitada ao extremo.

Voltando à Enterprise, lógico que o capitão Archer aprendeu a lição. Lógico que, mais uma vez, ele salvou a galáxia. E é essa a lição que eu aprendi: Nosso cliente tem desejos, cultura e percepções diferentes das nossas. Entender isso pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Para fazer marketing de relacionamento precisa ter relacionamento

No ano passado, um amigo meu resolveu comprar um apartamento popular. E passou por todo o processo de busca que a gente passa quando vai fazer uma compra dessas: procurar no jornal, visitar os decorados, achar um que coubesse no bolso, negociar com a construtora/incorporadora, separar papéis para finaciamento e tudo.

Passados uns oito meses da compra, não é que ele me conta que recebeu esta semana um e-mail da incorporadora com qual fez negócio, uma das maiores do Brasil, lembrando que ele esteve procurando apartamento e se oferecendo para ajudá-lo a encontrar um de acordo com seus desejos?

Era este o conteúdo do e-mail: “Meu nome é Fulano de Tal e trabalho na Matriz da Empresa Tal. Há algum tempo, você demonstrou interesse em adquirir imóveis. Meu contato tem o objetivo de saber se você ainda está interessado. Caso ainda esteja, favor responder esse email preenchendo os dados abaixo para que um corretor de sua cidade entre em contato e apresente o melhor imóvel no perfil que procura.”

Para terminar, ainda diz: “Caso já tenha efetuado a compra, vou finalizar seu atendimento. Para isso, me informe, por favor: Nome completo, Empreendimento, Bloco / Unidade, corretor.”

Este e-mail despertou meu lado marquetólogo. Pensei cá com os meus botões: O Tico não conversa com o Teco? Tenho certeza que os dados do meu amigo já estão nos computadores deles. Pior! Com a informação de que já comprou, onde e com quem.

Será que a empresa não entende que pior que nenhum marketing de relacionamento é um marketing de relacionamento equivocado? Tratar o cliente como um desconhecido é demonstrar falta de intimidade com o mesmo e um foco em vendas e não na relação. Este exemplo me lembrou aquelas cartinhas que a gente recebe dos bancos nos oferecendo um cartão de crédito que a gente já tem! Quer dizer, recebia, pois até os cartões já começaram a fazer seus bancos de dados conversarem. Agora eles oferecem outro cartão, com outra bandeira, devido ao nosso ótimo relacionamento. Ótimo para quem cara pálida?

Relacionamento deve ser, cada vez mais, o nome do jogo na área de marketing. Só que não dá para se relacionar levianamente. Conhecer e se interessar pelo consumidor fará a diferença entre as empresas que vão ou não sobreviver versus seus concorrentes.

E você? Que tipo de cartinha tem mandado para seus clientes?

 
Locations of visitors to this page