quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Conhecer o consumidor é uma arte

Saber de onde vem os clientes é um dos fatores mais difíceis e ao mesmo tempo mais importantes para qualquer empresa que se preze. Normalmente, o comércio tem a informação, mas não necessariamente a compartilha com a indústria. E isso é um problema sem solução, pois informação é poder. O poder que um varejista pode ter sobre a indústria é exatamente conhecer mais a fundo as preferências de seus clientes e poder direcionar suas compras para essas preferências. Melhor exemplo disso é o mercado de supermercados, onde a força do Pão de Açucar, do Carrefour ou do Wal-Mart reside exatamente em saber, mais do que a Nestlé, a Unilever ou qualquer outro grande fabricante do mercado, quais produtos serão mais comprados pelo cliente final. Mas esse é um ponto para ser abordado em outro post. 

Aqui, vale comentar o esforço da Paramount em mapear, mesmo que estatisticamente, onde estão os seus consumidores. Ela lançou, junto com o DVD do filme Homem de Ferro, uma promoção chamada "Comprei Homem de Ferro / Aluguei Homem de Ferro", com premiação de mais de cinquenta mil reais.



As perguntas do cupom são básicas: endereço do consumidor e local de compra/aluguel. Mas pense comigo: quais são as informações reais que os executivos da Paramount têm em relação a onde estão os consumidores de seus produtos? No fundo, nenhuma. Somente uma sensação, um palpite. Se uma locadora compra uma grande quantidade de um filme, eles podem até saber a cidade onde mais se aluga aquele filme. Mas se estamos falando de grandes locadoras, com lojas por toda a cidade, ou em mais de uma cidade, como saber onde estão seus consumidores. E em termos de vendas, como saber quais cidades compram mais dvd's, se você vende grande quantidades a centrais de compras dos principais supermercados e lojas de departamentos? Um executivo que queira direcionar os esforços de divulgação para as cidades mais propensas a comprar terá somente dois endereços à sua disposição, São Paulo e Rio de Janeiro, onde ficam as centrais de compras de seus clientes. Aí reside a importância de levantar os dados.


Lógico que os varejistas podem passar os dados aos produtores. Só que isso é feito como um favor, não como uma necessidade de ambas as partes. Exceção à Wal-Mart, que cresceu por, entre outras coisas, divulgar e discutir os seus dados com seus fornecedores.

A Paramount pode não ter todas as informações que gostaria de ter fazendo essa promoção. Ela irá saber onde moram as pessoas que gostam de gibi ou de ficção, não quem gosta de drama, ou de comédia. Mas é um começo. E um pouco de informação é melhor do que nenhuma. Com certeza, seus esforços serão melhor direcionados após os resultados dessa promoção.

A propósito, o filme é ótimo...

sábado, 27 de dezembro de 2008

Rede Globo apoia o BRIC

Para quem não sabe, BRIC é um termo criado para reunir numa sigla o nome dos quatro países emergentes que têm mais chance de se despontar no século XXI: Brasil, Rússia, Índia e China. São os países considerados mais promissores em termo de crescimento e parece que a Rede Globo resolveu apostar neles todos de uma vez. 

Após o lançamento da novela Negócio da China, feito no meio do ano durante as Olimpíadas, chegou a vez da Índia, tema da próxima novela das oito (oito ou nove?, não sei). O nome é sugestivo, Caminho das Índias. Continuando nesse caminho, a próxima novela das seis, no lugar de Três Irmãs deverá ser a "Revolução Russa". É aguardar para ver...


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Clima Natalino I

Só para atiçar a curiosidade: Já notou como ninguém, hoje em dia, deseja mais feliz natal uns para os outros? 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Spacefox - Pretensão de publicitários

Publicitário é a classe mais pretensiosa que existe. Se médicos se sentem deuses, responsáveis pela vida e a morte, nós, os publicitários somos a nata da inteligência mundial. Só que a gente não cria para nós mesmos. Pelo menos não deveríamos. A gente cria para pessoas normais, que não têm tempo para analisar e ver publicidade com olhos de fanáticos. Chamou a atenção, fez sentido? Impactou. Passou longe desse efeito, o leitor vira a página ou muda o canal e nem se importa com a mensagem.

Acaba de ser colocado no ar mais um exemplo típico de nosso jeito pretensioso de ser. Ao lado de um dos melhores comerciais que já vi, a Volkswagen publicou um anúncio que é, no mínimo, bizarro. O comercial é o Cachorro-peixe Conta a estória de um cara que tem um bicho de estimação estranho, uma mistura de um cachorro e de um peixe. Fantástico. Faz um puta sentido, como diriam os paulistanos. Aí vem o anúncio de revista, que coloca um cara no teto do carro, com uma vara de pescar com um filé no anzol, tentando prender alguma coisa que está dentro do carro. Entendeu? O primeiro tem um bicho de estimação. O segundo está tentando pescar. Sacou a sutileza? Não? Nem eu! Pior é achar que o consumidor médio irá ligar uma coisa com a outra.

No mínimo, eu estou precisando me reciclar...

Da série anúncios iguais 3


Algumas categorias parecem não ter criatividade. Ou senão, alguém cria um padrão num certo momento da história, consegue um resultado de vendas surpreendente e depois todo mundo vem atrás copiando. No mundo dos relógios é assim. Com certeza, alguma marca suiça cresceu usando modelos. Pode ser até a  Breitling, que hoje usa o ator John Travolta. Pode ser...

Mas a realidade é que as campanhas estão cada vez mais parecidas: artistas de renome, em posição forçada, mostrando para o mundo que eles consomem marta tal. Aqui, dois exemplos, da Technos e da Orient. Existem mais. E nesta época de natal é fácil de trombar com elas em qualquer revista. Esses dois exemplos estão na Veja desta semana. Você lê a revista, vê os dois anúncios e, no final, já não sabe de qual marca era qual. O mais impressionante é que marcas com tão pouco dinheiro para investir caiam nessa armadilha de anunciarem umas as outras. 

Realmente, o mundo da propaganda tem seus mistérios...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

De mim para mim mesmo II

Postei que 11 dias se passaram e nada de novo aconteceu. Postei que não havia leituras do Blog, a não ser de mim mesmo. E, milagre dos milagres, fiquei impressionado com o resultado dessa postagem. 

Para quem estudou comunicação, existe uma teoria, a Teoria Matemática da Comunicação, que resume qualquer relação em quatro fatores: emissor (quem comunica), receptor (quem recebe a comunicação), mensagem (o que se comunica) e ruído (os fatores que atrapalham a perfeita comunicação). O maior problema dessa teoria é não considerar o feedback, como se a comunicação fosse uma via de mão única.

Nesses últimos 11 dias tive o maior tráfego medido pelo Feedjit, uma das ferramentas de medição da internet. E meu amigo Wilson Oura me postou um comentário dizendo que está, sim, acompanhando o blog. 

Obrigado ao Wilson e a todos os meus desconhecidos leitores. Vale, sempre, os comentários, para eu saber que tipo de assunto chama mais a atenção.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

De mim para mim mesmo

Passei onze dias sem postar. Entender o que acontece com o blog quando não posto. E o que aconteceu? Nada. Onze dias sem audiência. Ou seja, escrevo para eu mesmo ler. Amazing!
 
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