domingo, 31 de maio de 2009

Ruas do Brasil: 31 de maio

Existe uma rua em Juiz de Fora chamada 31 de maio. Não é nem a principal rua da cidade, apesar da cidade ter sido fundada naquele dia. Chamada de Manchester Brasileira, pelo seu desenvolvimento industrial, todo belorizontino sabe que as pessoas de lá estão mais próximas de se verem como cariocas como mineiras.

Juiz de Fora

O principal jornal da cidade é O Globo e não o Estado de Minas. Corre a boca pequena que a avenida principal da cidade é o final da Avenida Brasil, saída da cidade carioca.

Para mim, uma das poucas cidades do interior de Minas que eu moraria. As piadas de BH? Inveja de que não pode, em uma hora e meia de viagem, botar o pé na areia das praias. Dá até para ir e voltar no mesmo dia.

sábado, 30 de maio de 2009

Ruas do Brasil: 30 de maio

Iremos encontrar nossa rua 30 de maio em Aparecida de Goiânia. Localizada na região metropolitana da capital de Goiás, já é hoje o segundo maior colégio eleitoral do estado, com seus mais de 475 mil habitantes.

Matriz Aparecida de Goiânia

Aparecida de Goiânia é uma cidade nova. Emancipou-se no ano de 1963, ou seja, tem 46 anos de idade. E nova, também, é Joana D’arc, que morreu queimada aos 19 anos, num dia 30 de maio. Era 1431 e, após sua luta, foi presa e acusada de heresia.

Santa Joana D'arc

Morreu queimada, como você já deve saber. Virou heroína francesa. E proclamada santa, em 1920.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ruas do Brasil: 29 de maio

Nesta data, em 1265, nascia o escritor italiano Dante Alighieri. Seu livro A Divina Comédia é considerado a base para o desenvolvimento da língua italiana. Conta a estória das passagens de Dante pelo inferno, purgatório e, finalmente, pelo Paraíso.

Dante Alighieri por BotticelliQue, se Dante houvesse conhecido, seria descrito tal e qual é Bonito, no Mato Grosso do Sul, uma das mais lindas paisagens brasileiras. E onde se localiza nossa Rua 29 de maio.

Bonito 

Sem medo de errar, podemos dizer que temos no Brasil desde o paraíso até o inferno. É só pensarmos em como são as grandes cidades em termos de segurança.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Microsoft ainda vai dominar o mundo!

Deve ser essa a intenção da Microsoft. Ela, com certeza, não quer ser somente uma empresa de software. Ela quer ser sinônimo de tecnologia. E nesse sentido, ela precisa se esforçar muito em contra-atacar vários concorrentes em vários e diversos segmentos.

Bing

De uma tacada só, chegam ao mercado dois novos produtos: O Zune HD e o site de busca Bing. O primeiro é a evolução do Zune, sua resposta ao iPod e que não foi um verdadeiro sucesso. O segundo, uma evolução do Live Search, que também não fez muito barulho na disputa com o Google.

zuneHD

Os dois produtos tem especificações para incomodar seus concorrentes. E mostram a melhor característica da Microsoft desde a sua fundação: Ela é uma empresa que cresce através da evolução, da melhoria contínua. Nada de revoluções inesperadas. É de pouco em pouco que ela entra na vida das pessoas.

É esperar para ver se teremos doi novos líderes de audiência.

Ruas do Brasil: 28 de maio

James Bond nasceu no dia 28 de maio. Aliás, Ian Fleming, autor do mais famoso espião do mundo, nasceu no dia 28 de maio. Em 1908. Não creio que, quando ele foi espião durante a Segunda Guerra Mundial, tenha tido à sua disposição tantas parafernálias que salvam o agente da MI-6 nos seus filmes.

007 Por aqui encontramos a Rua 28 de maio na cidade praiana de Conceição da Barra, ao norte do Espírito Santo. A cidade tem o melhor carnaval de rua do estado e o terceiro melhor do Brasil.

Carnaval de rua em Conceição da Barra

Quem elegeu? Não sei. Mas uma cidade de 27 mil habitantes que recebe 200 mil foliões nos três dias do evento deve realmente ter um dos melhores carnavais brasileiros. Vale conferir…

Imagem do mapa

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Royal Holiday e o preço de um bom mailing

Estava almoçando hoje quando fui abordado por um promotor com uma oferta que, no primeiro momento, pareceu irresistível. Eu preencheria um cadastro e poderia ganhar uma estadia em hotéis da rede Royal Holiday, ou no Rio de Janeiro, ou na Bahia, ou até no México.

Folheto Royal Holiday

Maravilha das maravilhas, resolvi ler o folheto antes de preencher. Sabe como é, a esmola quando é muita até o santo desconfia. Primeiro susto, não é um sorteio. Segundo, a oferta vale somente para a estadia. Passagens aéreas, traslado e demais despesas são por conta do premiado. E ainda existe uma taxa de reserva, que varia entre 199 e 299 reais. Peraí. Cadê a promoção?

Assustado, li as letrinhas miúdas do regulamento: Não pode ser em período de alta temporada nem em feriados, além de contar com a disponibilidade no hotel escolhido. Para ser elegível à oferta eu preciso dar todos os meus dados, esperar ser chamado por um representante e participar de um “evento de divulgação” que dura 90 minutos. Eu e, obrigatoriamente, minha esposa. Se não cumprir todo esse rally não tem estadia grátis não senhor!

O custo de receber o prêmio, em termos de tempo e disponibilidade é alto demais. Além de esconder que a Royal, na verdade, não é uma rede de hotéis, mas uma empresa de seguros de férias. Daquelas que você paga sistematicamente e fica com um crédito para usar quando der.

Royal Holiday Aí fiquei pensando: Será que doar meus dados vale tão pouco assim? No caso do cinema do Market Place, o benefício superava, e em muito, o custo de disponibilizar meus dados. Neste caso, a economia final é mínima versus a necessidade de me vendar à empresa. Como eles mesmos lembram no folheto, ao preencher o cadastro a pessoa “autoriza a Royal a entrar em contato por telefone ou e.mail para divulgação de sua promoção”.

Acredito que as empresas precisam sair à cata dos dados de prospects e clientes nesta nova era da comunicação virtual. Mas não podemos pensar que o consumidor é ingênuo. No fundo, no fundo, todos nós sabemos o valor que temos para as empresas. E, cada vez mais, seremos refratários a ofertas que resolvam os problemas das empresas sem uma real contrapartida.  Ou as empresas entendem isso, ou morrem.

Ruas do Brasil: 27 de maio

Em 27 de maio de 1972 nasceu a cantora Ivete Sangalo. Em Juazeiro, não em Porto Seguro, onde encontramos nossa Rua 27 de maio.

Ivete Sangalo

Ela é uma das maiores cantoras brasileiras. Porto Seguro, um dos maiores destinos de turismo do Brasil.

Interessante lembrar que Porto Seguro é o primeiro local onde os portugueses colocaram seus pés, em 1500. Como escreveu Pero Vaz de Caminha, “acharam os ditos navios pequenos um recife com um porto dentro, muito bom e muito seguro, com uma mui larga entrada.”

Arrecife de Porto Seguro

É. A Bahia sempre foi e sempre será mágica.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Samsung: Para eles o marketing viral não tem segredos

Desta vez vou pegar carona na dica que a Diana mandou para mim. Ela concorda comigo que a Samsung vem dando mostras de ser a próxima onda cool na indústria tecnológica, tal como a japonesa Sony já foi um dia. Não me entendam mal. Sony ainda é um exemplo de uma marca desejada. Mas o alvoroço que ela fazia num passado não muito distante, com seus walkmans e computadores Vaio, começa a ficar par trás. E parece que o espaço começa a ser brilhantemente ocupado por essa marca coreana.

Este é mais um exemplo de marketing viral da marca. Só que para anunciar suas TV’s de tecnologia LED (Light-Emitting Diodes):

Ruas do Brasil: 26 de maio

Em Nova Veneza, cidade distante poucos quilômetros de Criciúma, vamos encontrar nossa Rua 26 de maio. É uma cidade fundada no final do século XIX pelos colonos italianos que vieram substituir os negros, recém-emancipados.

Santuário de Nossa Sra de Caravaggio, Nova Veneza

Por isso mesmo, próximo à nossa rua localiza a Igreja de Nossa Senhora de Caravaggio. Reza a lenda que em 1432 Nossa Senhora apareceu naquela cidade italiana e acabou com uma guerra entre os estados de Milão e Veneza.

Felipão

Entre os devotos de Nossa Senhora de Caravaggio encontramos o técnico de futebol Luiz Felipe Scolari que foi comandante do Criciúma Esporte Clube na conquista da Copa do Brasil de Futebol de 1991. Realmente um grande milagre!

Música no Marketing: Zé Rodrix e a morte do jingle (corrigido)

Todo mundo já sabe e leu a respeito da morte do Zé Rodrix. Elogios vieram de toda parte. E merecidos. Mas com a morte dele, me assaltou uma outra dúvida: Será que morreu o último dos fazedores de jingles memoráveis?

David Ogilvy, fundador da Ogilvy & Mather, em certa época de sua carreira foi contra os jingles. Ele dizia que as pessoas não achariam o anunciante sério. Mas ele mesmo mudou de idéia à medida em que o tempo passou e o uso de jingles tornou-se uma forte ferramenta para diversos produtos, tais como refrigerantes.
Podemos até dizer que nos anos 70 houve uma guerra de jingles entre Coca-Cola e Pepsi, da qual Zé Rodrix participou, criando o jingle abaixo:

Talvez o movimento hippie tenha amplificado essa guerra, mas as pessoas se agarravam na frente da TV para ouvirem e verem os comerciais cantados, como o que lançou o “Real Thing”:

Numa época em que não existia o Youtube, ao invés do viral vir até o consumidor, o consumidor se plantava na frente da telinha esperando o momento de ver e cantar novamente com sua marca favorita.

Por que será que a publicidade atual não usa mais o jingle em grande escala? Talvez a propaganda tenha perdido a inocência dos anos 70 e o consumidor seja agora mais experiente, necessitando uma comunicação mais instigante? Não sei. Mas que desde a morte do Zé Rodrix eu estou com uma vontade danada de beber Pepsi, ah, isso eu tô!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Ruas do Brasil: 25 de maio

Em São Luís do Maranhão localiza-se a Rua 25 de Maio. São quase um milhão de habitantes na Jamaica Brasileira.

25 de maio

Sem sombra de dúvidas é uma data especial para os fãns de Guerra nas Estrelas. Em 1977 estreava a série cinematográfica de George Lucas. O mundo da Ficção Científica nunca mais foi o mesmo.

Darth Vader

Que a força esteja com você!

domingo, 24 de maio de 2009

Ruas do Brasil: 24 de maio

Da outra grande capital brasileira, Rio de Janeiro,  vem a rua 24 de maio. Importante na vida dos cariocas, ela é uma das vias de acesso ao Maracanã.

24 de maio

Seu nome é uma referência à Batalha do Tuiuti, da Guerra do Paraguai, onde morreram mais de 10 mil soldados e o brilho da nação paraguaia. 

sábado, 23 de maio de 2009

Ruas do Brasil: 23 de maio

Quem já pousou no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e precisou seguir para o Ibirapuera, ou mesmo para o Vale do Anhangabaú, já conheceu a maior representante das avenidas e ruas chamadas 23 de maio.Avenida 23 de maio

Talvez seja ela uma das avenidas de maior movimento no Brasil. Talvez do mundo.

Rua Itororó SP

De uma pacata Rua Itororó, nos anos 30, ela se transformou num colosso que tem seu nome ligado à Revolução de 1932.

23 de maio

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ruas do Brasil: 22 de maio

Itaboraí talvez seja uma das cidades brasileiras mais antigas. Fundada em 1672, o vilarejo que lhe deu origem já existia desde 1567, portanto 67 anos depois da descoberta do Brasil.

Imagem do mapa

Nela se situam as Rua e Avenida 22 de maio, dia que viu o nascimento do autor de Sherlock Holme, Sir Arthur Conan Doyle. Só precisa ficar esperto com os motoristas de táxis, pois duas ruas, com o mesmo nome, numa mesma cidade, separadas por três quarteirões devem dar um confusão danada!

22 de maio

Novo viral da Samsung

Não me venham falar que não é possível planejar e executar ações virais na internet. Basta paciência, dedicação e planejamento. E quem já descobriu o filão foi a Samsung. Depois do fantástico vídeo de lançamento de seu Omnia, surge agora outro vídeo com alto potencial para correr o mundo virtual. Desta vez para seu novo netbook, o N310. Reflita aqui comigo: É só eu que estou considerando, ou a Samsung está se tornando uma marca realmente cool?

 

Twitter: Um novo Google, ou um novo Second Life? II

Comentei aqui, no começo de abril, que a febre Twitter poderia acabar da mesma forma que o Second Life. Um crescimento estonteante em pouco tempo e, de repente, um sumiço total do mercado.

twitter_logo_header

Logo depois apareceu uma pesquisa da Nielsen afirmando que 60% das pessoas que entram no microblogging deixam de atualizar suas páginas no período de um mês. O que parece ser um problema, ainda mais considerando-se que Facebook e MySpace conseguem reter uma média de 60% dos seus usuários.

Porém, parece-me que a questão que deveríamos olhar é uma outra. Como observado pela pesquisa da Cartoon Network, as crianças estão trocando o e-mail por meios mais imediatos, tais como SMS, Messenger e outras redes sociais. Twitter entra nessa mesma seara. É a consolidação do modelo on-line, as mensagens imediatamente postadas, sobre o off-line, o envio de mensagens que serão lidas independente da hora enviada.

A pergunta que devemos fazer é: mesmo que o Twitter venha a morrer, seja devido a baixa retenção, seja ao aparecimento de outros concorrentes com o mesmo propósito, o que esse aumento da velocidade de comunicação irá causar na comunicação que fazemos para os produtos e serviços para os quais trabalhamos?

É uma pergunta de um milhão de dólares, como se costuma brincar por aí. Pois quem responder primeiro tem uma forte chance de ficar milionário.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ruas do Brasil: 21 de maio

Quem lê meu blog, sabe da minha fixação por entender de onde vem os leitores. Vez ou outra eu posto sobre as curiosidades das cidades que vejo nos controles do Google Analytics. Agora, vou tentar fazer um outro passeio pela geografia do Brasil: vou postar uma nota sobre as ruas nacionais com nome de datas, uma por dia. Minha idéia é comprovar que temos pelo menos uma rua com o nome de cada dia do calendário. E começo hoje, pois é a data de aniversário de um dos meus filhos.

Imagem do mapa

Arapiraca é uma cidade do estado do Alagoas, onde encontramos a Rua 21 de Maio. Ela abre nossa série, apresentando-nos uma localidade com 208 mil habitantes. Que talvez não saibam que em 1904, neste dia, foi criada a Fifa, Federação Internacional de Futebol. Que já teve um presidente brasileiro. João Havelange, de 1974 a 1998.

21 de maio 

A Fifa teve um presidente brasileiro porque somos o melhor país do futebol mundial? Ou somos o melhor país do futebol mundial porque a Fifa teve um presidente Brasileiro?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

E agora Perdigão? O que fazer com a marca Sadia? II

Qualquer que seja a decisão que a nova empresa Brasil Foods venha a tomar, só veremos resultados práticos daqui a um ano. Isso porque eles anunciaram que manterão suas estruturas de marca intactas durante um ano, de modo a facilitar o trabalho do Conselho Administrativo de Defesa do Consumidor, o Cade.

Sadia e Perdigão anunciam fusão

A Brasil Foods é o resultado da fusão entre as duas maiores empresas de alimentos industrializados do Brasil, Sadia e Perdigão. Numa só canetada, surgiu a maior empresa da área no mundo, repetindo a história da Ambev. Como ocorreu naquela época, pode ser possível que o Cade exija a venda de alguns patrimônios ou marcas específicas, para garantir a concorrência em alguns setores. Recordando, a Ambev precisou vender a Bavária, algumas fábricas e garantir a distribuição para os compradores pelo período de quatro anos.

Naquele caso era fácil, cada marca de cerveja já tinha um perfil de atuação isolada. Como fazer no caso da Brasil Foods? Vender o Chester ou o Fiesta? O Hot Pocket? São poucas as marcas de alimentos industrializados das duas, pois a estratégia sempre foi colocar os lançamentos debaixo do guarda-chuva das marcas mães. Você não pede um presunto Abracadabra. Você pede Sadia, ou Perdigão. Dessa forma, o trabalho do Cade será dificultado.

Deveremos observar um movimento muito lento de concentração de lançamentos na Perdigão e de congelamento de novas ações na Sadia. Como a fusão foi feita entre não iguais, com a Perdigão numa posição de superioridade, é de se supor que a direção deva favorecer essa marca durante este ano de quarentena.

É esperar para ver. Enquanto isso, continuamos no nosso lanche de cerveja com presunto…

terça-feira, 19 de maio de 2009

Market Place e o preço de um bom mailing

Não tenho dúvidas de que um dos grandes problemas do comércio é conhecer seus clientes. Imagine, então, quando você é um espaço de vendas, onde as pessoas vem, passam pelos seus corredores mas não se sentem obrigadas a se identificar para sua empresa. Esse é o problema dos shopping centers. Apesar do número imenso de consumidores que transitam nos seus interiores, são todos transeuntes e suas destinações finais são as lojas que compõem seu mix.

Alguns shoppings passaram a reeditar as promoções de datas, onde as pessoas trocam consumo por brindes diversos. Só que essas são promoções do tipo self-liquidate e os dados gerados são subproduto da ação, já que o objetivo principal é aumentar o consumo nos shoppings da rede.

Shopping Marketing Place

Agora, o Shopping Market Place, de São Paulo, realiza uma promoção que visa, claramente, o cadastro de seus frequentadores. De 18 de maio à 7 de junho, ao pagar o estacionamento, é dado um voucher para a troca por um ingresso do cinema. Só que, para validá-lo, a pessoa precisa preencher uma ficha com seus dados. Numa conta simples, não tem como o consumidor não ver vantagem nessa troca. O estacionamento custa R$ 7,00 por quatro horas, o ingresso, entre R$ 14 e R$ 16,00. Ou seja, estacionar e ver um filme sai pelo preço de sete e não vinte e um reais.

Não se engane, ninguém é bobo. O Market Place vem se reposicionando como o shopping de luxo da região e tem como concorrente direto o MorumbiShopping, que fica exatamente do outro lado da avenida. Seu tamanho não lhe permite investimentos publicitários tão altos quando seu competidor, além do perfil de seu público ser de um tipo difícil de ser capturado pela publicidade. Nada como trocar seus dados por uma oferta tentadora.

Lógico que existem restrições. O ingresso vale somente de segunda a quinta e nem todo mundo verá vantagem em receber um ingresso, quanto mais com limitações como essa. Ainda assim é uma ação relativamente cara para se construir um mailing. Mesmo que o cinema disponibilize os ingressos pela metade do preço e que nem todos se cadastrem, o fluxo diário irá gerar um enorme volume de trocas. Mas numa época de internet, com as pessoas trocando os meios de comunicação de massa por uma infinidade de sites, um nome vale ouro.

Ainda é cedo para se conhecer os resultados dessa ação. Sua própria existência, somada às iniciativas de outras empresas, como o já postado aqui da Paramont em criar promoções divulgadas nos próprios DVD’s de seus filmes, alugados ou vendidos, demonstra o nascimento de uma corrente forte que prega que as empresas precisam conhecer seus clientes, sob pena de os perderem para os concorrentes que tenham melhores idéias e ferramentas para tal.

A internet está causando dois fenômenos que precisamos ficar atentos: primeiro, uma debandada de pessoas dos meios off-line em favor dos on-line. Segundo, uma reação das empresas em buscar identificá-las, para um direcionamento de comunicação, como resposta à mudança de hábitos de consumo de informação. Não dá para não ficar atento e não surfar nessa nova onda.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

E agora Perdigão? O que fazer com a marca Sadia?

Quando a gente falar no futuro sobre o ano de 2009, iremos nos lembrar dos movimentos de fusão e incorporação de marcas famosas brasileiras. Estamos vendo a Itaunização do Unibanco, com sua comunicação assumindo a cara do banco dos Setúbal. Agora iremos começar a ver uma outra transformação. A perdiguilização da Sadia.

Hoje foi anunciada a possível fusão das duas maiores empresa de alimento industrializado do Brasil. Juntas, elas deverão formar a terceira maior companhia de capital aberto do Brasil. Só que esse é o lado negocial da fusão. Faltou discutir o lado branding da mesma.

Sadia e Perdigão anunciam fusão

Não tenha ilusões, a Perdigão vai mandar, como já mostra a decisão de quem será o presidente da nova empresa, o atual número um da Perdigão. Mas a marca Sadia é sabidamente mais valiosa do que a de sua compradora. Significa dizer que elas deverão continuar convivendo no ponto de vendas, se prevalecer a lógica de mercado. No entanto, se no curto prazo as coisas não devem mudar, não podemos garantir o mesmo no médio ou longo prazo.

Veja a estratégia da Inbev. A Cervejaria Brahma comprou a Antarctica, formando a Ambev, e passando a ter no seu plantel as três principais marcas de cerveja brasileira. Primeiramente ela transformou a Antarctica em seu produto de combate, colocando seu preço no mesmo nível que Kaiser e outras pequenas cervejas. Liberou, dessa forma, a Skol e a Brahma para serem marcas mais premium, com um preço um pouco superior. Depois a posicionou como a marca dos tomadores “profissionais” de cerveja, através do “a boa”. Um ótimo posicionamento, pois não se choca com o da Skol, a cerveja que “desce redondo” e cria um nicho muito claro. O que eles não esperavam é que, com isso, a Brahma acabasse ficando apertada entre os dois posicionamentos e precisasse se reposicionar, através da nova tentativa, a do “sou brahmeiro”.

Sadia e Perdigão devem seguir um caminho parecido, com a solução das atuais sobreposições de linha de produtos. Não dá para ter eternamente duas linhas de pizza, duas de presunto, duas de produtos congelados, etc, a não ser que se consiga posicioná-las tão claramente que o consumidor de uma seja um pouco diferente do consumidor da outra. Dessa forma, evitaria-se uma canabalização indesejada entre elas nos pontos de vendas.

Como já disse anteriormente, este ano será um aula para quem se interessa pelo assunto marca. Minha sugestão é que possamos assistir as mudanças sentados, bebendo uma cerveja e beliscando um presunto. De preferência, uma Skol com Sadia.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Viral da Samsung: Como a publicidade será um dia II

Postei ontem sobre a campanha viral da Samsung, dizendo que, diferentemente de outros profissionais de marketing do mercado, acredito que exista sim uma técnica que permita prever a possibilidade de viralização de um vídeo na internet.

Em minha defesa, Carlos Henrique Vilela me indicou um link para um post do blog dele que dá exatamente a receita de como aumentar as possibilidades de sucesso nesse novo tipo de comunicação.

Sugiro que clique no link e leia. É interessante perceber que existem pessoas trabalhando para entender esse novo fenômeno. De acordo com o Carlos, essa primeira tentativa de analisar o marketing viral foi retratrada num artigo publicado na Advertising Age pelo vice-presidente de análise de marketing da consultoria americana Visible Measures, Matt Cutler.

Somando a isso a existência da The Viral Factory especializada no tema, chego a conclusão de que precisamos rapidamente aprender como fazer, para não perdermos o bonde da história.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Viral da Samsung: Como a publicidade será um dia

Ainda ontem, passei a noite com alunos da ESPM discutindo o futuro das agências de publicidade. Não é novidade para ninguém que o modelo atual, baseado na mídia tradicional dos 30 segundos, tende a ser descontinuado na medida em que o mundo virtual se desenvolva. Como lembrou meu amigo e professor daquela escola, Luiz Fernando Biagiotti, no século passado um dos pioneiros da propaganda, Leo Burnett, já avisava aos seus funcionários e clientes: “precisamos aprender como fazer publicidade neste novo meio, a televisão, antes que algum concorrente descubra uma forma e as agências baseadas em anúncios de jornal morram”. Esse é o novo desafio: descobrir como usar a internet inteligentemente, e não somente os famosos comerciais de televisão.

A gente tem ouvido muitos profissionais renomados de marketing dizer ser difícil, se não impossível, planejar e executar virais. De acordo com essa linha de pensamento, virais são um resultado expontâneo das ações dos consumidores. Aos anunciantes e agências caberia somente o papel passivo de esperar que alguma coisa que fosse feita por eles caísse no gosto popular.

Para mim, pura besteira. É como dizer que não conseguimos administrar os resultados dos comerciais de televisão. Ou alguém aí tem dúvidas que o '>'>comercial da Sky com a Gizele Bundchen não seria um sucesso?

Chamou-me a atenção um dos posts do Blog Gizmodo Brasil de hoje. Nele, tomei conhecimento do viral da Samsung, um exemplo de como esse tipo de ação é resultado de planejamento e criatividade. Um vídeo mostra a qualidade da câmera do novo celular da empresa. De repente, o apresentador, em frente ao espelho, faz um truque de mágica e o celular some. Só que ele continua segurando com as mãos a câmera invisível, gravando como se aquilo fosse natural. E desafiando o expectador a descobrir qual o truque, já que a imagem não tem nenhum corte.


Ah, mas até aí, os profetas do apocalipse estão certos, você poderia pensar. O vídeo é bom, mas ninguém garante a sua transmissão através da net. Só que a verdadeira razão para se enviar esse vídeo para os amigos é um segundo vídeo, mostrando como o truque foi feito e comprovando que realmente existiam dicas para que você descobrisse a solução do enigma. No mínimo, sensacional. Quem criou, já o fez pensando em causar o efeito de retransmissão através da internet.


Surge uma segunda prova de que marketing viral é sim possível. Basta uma boa idéia e um cliente corajoso o suficiente para investir nela. A agência que criou essa ação chama-se The Viral Factory, de Londres. Graças a Deus, alguém não se deixou influenciar por aqueles que não sabem como manejar a nova mídia e criaram uma agência especializada no impossível.

Se isso hoje é exceção, daqui a poucos anos será a principal forma de comunicarmos com um consumidor cada vez mais desatento e disputado. Nós, como profisisonais de marketing, precisamos surfar a crista dessa onda. Antes que viremos dinossauros de um mundo que não existe mais.

Star Trek chegou! Todos para o cinema

Desculpe-me, mas não consegui me conter. Como fã de Star Trek tinha que fazer um post sobre o lançamento. Primeiro final de semana e já é o campeão de faturamento dos lançamentos do mês. Gene Roddenberry deve estar todo feliz com a releitura que o J.J. Abrams fez de seu clássico. O filme custou U$ 140 milhões e faturou no seus primeiros três dias U$ 76,5 milhões. Esta é a nova realidade do cinema mundial: um enorme lançamento, distribuição em todo o mundo e a garantia do retorno mais rápido possível. Não vai ser necessário nem um mês para que o investimento se pague. E desde já dá para se pensar em outras sequências dessa nova série de Jornada nas Estrelas.

A briga contra todos os novos meio de comunicação é insana para a indústria cinematográfica. Mas eles vem se reinventando mais rapidamente do que a fonográfica. Já postei aqui sobre as novas idéias, tais como o Imax e as promoções em videoclubes. Mas nunca me canso de ver como eles abrem sempre novas frentes, como a onda de filmes sobre heróis de histórias em quadrinho e antigos seriados de tv. É uma forma de contar de foma inovadora com a atenção dos expectadores, já que eles se sentem atraídos por histórias que já conhecem desde a infância.

Criatividade é isso. Olhar para o mesmo e achar novas formas de se envolver o cliente. Vida Longa e próspera!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Música no Marketing: Elas estão no poder

Fechando a série de posts desta semana, aproveito a dica do meu amigo Wilson Oura para mostrar mais uma forma de dizer a mesma coisa através de músicas diferentes.

Não é mistério para ninguém que o amor, a paixão e o envolvimento romântico são temas recorrentes de músicas em qualquer parte do mundo. E fazer odes ao amor pelas mulheres é um dos motivos mais comuns, independente do gênero.

Vai aqui o vídeo da música de Frejat. Coincidentemente, vivo cantando para minha esposa. Esperto que sou, tem anos que já sei quem manda de verdade.

Só que existem formas e formas de dizer isso. E cada grupo posiciona-se de jeito a atingir um perfil de consumidor. Neste caso, apesar dos dois grupos fazerem Rock, o Barão Vermelho parece um bando de estudantes de colégio de padres frente à agressividade e liberalidade da letra da música dos Velhas Virgens, ambos falando sobre como as mulheres mandam  e desmandam nos seus pares. Enquanto Frejat canta “Por você eu tomaria banho gelado no inverno”, Paulão de Carvalho manda um “A gente faz papel de besta porque elas tem o que a gente quer”.

Barão Vermelho, você com certeza já conhece. Criado em 1981, deve a Cazuza sua fama e vários de seus sucessos. Já o Velhas Virgens, criado em 1984 e considerada a maior banda independente do Brasil, você dificilmente ouvirá em rádios. Suas letras abusam de sexo e bebidas, como é o caso da música “BU…….TA”, que cito acima. Diferentemente dos shows do Barão, que tem público de ambos os sexos, os Velhas Virgens atraem em sua grande maioria somente homens. Porém, se o Barão tem vários concorrentes no gênero rock comercial, os Velhas Virgens reinam sozinho no que poderia ser chamado de pornorock.

Como tudo em marketing, vencer depende de decisões de posicionamento inicialmente assumidos quando da análise de mercado. O Barão Vermelho trilhou o caminho do sucesso comercial. O Velhas Virgens, o do mundo underground. Mas, no fundo, os dois concordam: São elas quem mandam, de verdade.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Música no Marketing: A vida me levar…

Esta semana o blog está bastante musical. Até porque taí um produto que tem um ótimo hábito de usar ferramentas dessa nossa ciência nada exata para se propagar. Mais do que isso, música para mim é uma forma de conhecer e entender a cultura dos povos e pessoas com quem nos relacionamos.  

Zeca Pagodinho e Skank

Fiquei maravilhado com a coincidência de letras entre as músicas do Zeca Pagodinho e Skank. Não dá para falar que o público alvo desses dois cantores/grupos é o mesmo. Quem curte rock pode até se divertir com o pagode e vice e versa. Mas na hora de botar a mão no bolso e assistir um show de um desses dois, dificilmente o que veremos são pessoas com o mesmo perfil.

Mas os dois cantam em prosa e verso o anti-planejamento quando as letras de suas músicas dizem “Deixa a vida me levar” e “Vou deixar a vida me levar”. Opa! Até as palavras são as mesmas.

Fui pesquisar e descobri que diversas pessoas já haviam notado essa coincidência. Éder Luiz Bolson, inclusive, retrata em seu site diversos outros exemplos de como a cultura brasileira valoriza deixar a decisão nas mãos do destino. Brincando, brincando, ele cita mais dez exemplos, tais como  “Vida breve. Já que não posso te levar, quero que você me leve " de Cazuza em "Vida, louca vida"; ou "Coisa que gosto é poder partir sem ter planos" de Milton Nascimento em "Encontros e despedidas". Até um Juiz de Direito, José Henrique R. Teixeira, usou-as numa palestra, aproveitando e dando exemplos contrários, como Geraldo Vandré cantando “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

Como marqueteiro e publicitário recuso-me a pensar que a vida vai tomar as decisões por mim. Ainda mais na minha área profissional. Mas me impressiona saber que culturalmente o brasileiro está mais próximo do “no final dá tudo certo. Se ainda não deu é porque ainda não chegou no final”. Creio que nenhum de nós que trabalha nessa área pode se dar ao luxo de não pensar um pouco em como essa nossa cultura nacional afeta a imagem e as vendas de nossos produtos e serviços.

Vale o esforço de buscar exemplos dessa influência. Significa dizer que este post terá a parte II em breve. Aguarde!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Música no Marketing: Wanessa Camargo agora é pop

Você tem dúvidas se pessoas são ou não são marcas? Pois bem, pense nos artistas. Eles são a prova mais cabal de que pessoas tem as mesmas características que nós aprendemos a construir para as marcas com as quais trabalhamos.

Eles nascem, crescem e morrem como marcas, como qualquer uma de cerveja, sorvete, shampoo ou pasta de dentes. E muitas vezes é necessário um reposicionamento, pois o produto está deixando de vender e uma mexida nas suas características pode reverter esse quadro.

 

 

Não sei se você já ouviu a nova música da Wanessa Camargo, fazendo dupla com o rapper Ja Rule. É, sem sombra de dúvidas, o final de um reposicionamento bem feito. Se você não sabe, ela começou a cantar em 2000, aos 17 anos, e sofreu durante anos um bombardeamento da imprensa e público que a comparava com a Sandy, por diversas razões: primeiro, as duas são filhas de cantores famosos. Segundo, a diferença de idade delas é de apenas um mês. Só que a Sandy cantava, nessa época, para adolescentes e crianças. E Wanessa veio num estilo meio romântico, meio brega.

Desde o início, se tranformou numa anti-Sandy. Sandy era virgem? Ela anunciou para todos que já havia passado dessa fase. A filha do Xororó sempre se expôs de forma comportada? A filha do Zezé di Camargo faz o gênero sexy. Até os maridos delas são como água é vinho. Sandy se casou com o Lucas Lima, músico da família Lima, um grupo que tem como perfil algo próximo a música clássica. Já Wanessa casou-se com empresário capixaba Marcus Buaiz, que entre rádios e eventos tem um perfil mais para o popular.

O novo posicionamento tem dedo do Marcus, com certeza. E como todo reposicionamento, tem o risco de perder o público antigo e não ganhar um novo. Lógico que eles se cercaram de todos os cuidados. Ela gravou com Ja Rule a música Fly, que já está tocando nas rádios FM’s que ela não conseguia entrar antigamente. Mas para não correr o risco com seus antigos fãs, existe a versão em português, que deve estourar nas rádios mais populares. 

Wanessa é uma marca em transformação. É uma forma de alongar a vida do produto, da carreira de cantora. Ela sabe do valor de seu nome. Resta perguntar: Você sabe o valor do seu?

Música no marketing: Playing for change

Mark Johnson um dia olhou para um músico de rua e idealizou um projeto onde vários músicos de rua cantassem juntos em favor da humanidade. Camera e equipamento de som na mão, ele partiu pelos quatro continentes fazendo um dos trabalhos mais sensacionais que já conheci. Criatividade pura, sem obrigatoriamente ser algo muito caro.

Você, assim como eu, trabalha com marketing. Quantas vezes já não se sentiu impedido de fazer algo novo e diferente porque sua empresa não tinha muito dinheiro? Pessoas como o Mark provam para a gente que não é uma questão de dinheiro. É de visão.

Veja abaixo a música que deu origem ao projeto Playing for Change. Depois visite o site. Valem os minutos dedicados, nem que seja para se sentir de bem com a vida.

 

 
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