sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Bolha imobiliária - estouro demorou mais do que o previsto
Edward, meu amigo de Recife, manda um e-mail falando da previsão da revista Veja sobre a bolha imobiliária. Como ele mesmo assinala foi uma matéria "bola de cristal", pois é de janeiro de 2006.
Matéria boa e ao mesmo tempo ruim. Se por um lado alerta a todos sobre o fenômeno, que já havia ocorrido no Japão no começo dos anos 90, por outro fala de um fato em que nenhum pobre mortal brasileiro pode interferir. Sempre vai ter uma pessoa que irá dizer: mas você pode ir se preparando para o pior. Realmente. Voltamos ao mesmo tema: bola de cristal. Se toda vez que uma cartomante, ou um advinho, prever alguma coisa negativa, a gente saísse se preocupando, a população mundial não sairia de casa.
Previsão é uma coisa muito interessante. Você prevê e fica quieto. Se der errado, continua quieto. Se der certo, sai trombeteando o seu acerto. É como médico obstetra que nunca erra o sexo do filho de sua paciente. Ele diz, aos três meses de gravidez: "vai ser menina". E completa: "vou escrever aqui na sua ficha", sem mostrar o que escreveu. Após o lançamento, na primeira visita da paciente ao consultório, proclama seu acerto: "Não te disse que iria acertar o sexo?" Se foi menina, a mãe responde: "É doutor, como você sabia?" e fica com a sensação de que o doutor é realmente muito bom. Se foi menino, a mãe reclama: "Não doutor, o senhor disse que seria menina". Ao que o médico responde: "Você está se enganada. Eu disse menino". E para provar mostra a ficha, onde está escrito a caneta, para não restarem dúvidas, "menino".
Leia a matéria. Ela é realmente coisa de obstetra! http://veja.abril.com.br/180106/p_062.html
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Copyright II
A informatização e a internet vêm revolucionando essa prática. Ainda lembro das discussões em torno da fita cassete, quando ela apareceu. Não que eu seja tão velho, mas está documentado para qualquer vque queira pesquisar um pouco o assunto. O grande embate era que o gravador de fitas permitiria a qualquer um copiar músicas e não pagar os direitos aos cantores e compositores. A diferença é que era um porre fazer a tal das cópias. Se você queria uma fita de uma hora, se preparasse para ficar duas horas em frente aos aparelhos. Haja paciência! Hoje, você copia um cd de horas de música em poucos minutos.
Na contramão de todos que tentam segurar o inevitável existe uma ONG que prega o direito livre, a Creative Commons. http://creativecommons.org/ Não é que ela pregue a falta de copyrights. Sua perspectiva é diferente: sugerir aos artistas que liberem suas criações para que elas sirvam de base para outros artistas. É uma forma inteligente de ver a questão.
No Brasil, o primeiro artista a liberar os direitos para outros autores foi ninguém menos do que Gilberto Gil. Ele publicou, há alguns anos, uma música com direitos completamente abertos. Não é atôa que ele, sexagenário, é mais jovem do que alguns grupos de adolescentes que existem por aí.
Vale a pena gastar um tempo pensando no que essa mudança irá afetar a nossa indústria de artes e publicidade. Pois, pior, é tentar tapar o sol com a peneira.
sábado, 25 de outubro de 2008
Web checking. Para quê?
Vim ontem para Porto Alegre. Via Gol. Fiz o web checking e sai para o aeroporto. Chegando lá, fui despachar minha mala. Até caberia no avião, mas é mais confortável ficar com as mãos vazias. Só levei susto.
Primeiro susto: a fila para o checking normal é a mesma para o despacho de malas se você já tem o checking feito. Segundo susto: Foram 45 minutos de fila, pois o serviço de chão da Gol é sofrível. Terceiro susto: Só não foi mais tempo porque a atendente da Gol teve que passar os passageiros do meu vôo na frente dos demais. Tudo errado.
Ficam duas conclusões: O web checking não serve para todas as ocasiões, somente para aquelas que não tenham a necessidade de se utilizar o serviço de chão da compania. Segundo, e mais importante, os diretores da Gol, como vários diretores de empresas, não usam seus próprios serviços.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Internet: Adeus ao copyright
Até ontem, o vídeo da briga podia ser visto na internet, via Youtube. Hoje, como passe de mágica, o vídeo foi retirado daquele site. Uma mensagem deixa claro que isso se deveu a ter o vídeo copyright. Só que em tempos de internet copyright é uma coisa para os pouco ligados a tecnologia. Com dois cliques qualquer um chega a uma nova cópia, agora no site vimeo. E podem ter certeza: se a Meio e Mensagem tirá-lo novamente do ar, algum outro site irá exibí-lo.
Nós que vivemos de idéias e criatividade precisamos repensar rapidamente o futuro de nosso trabalho. Do mesmo modo que a indústria fonográfica perdeu o embate para a pirataria, que o mundo cinematográfico está se preparando para a luta pelo direito de cobrar pela exibção de suas produções, não podemos deixar de pensar em como essa liberdade anárquica trazida pela web irá impactar no nosso ganha pão.
Não pensar é perder de antemão a guerra.
Taí o vídeo:http://vimeo.com/2035770
terça-feira, 21 de outubro de 2008
eco:Drive - Como estender um conceito
As melhores invenções são aquelas que têm aplicação na vida diária. E, nesse sentido, a Fiat vem encontrando formas de ampliar o uso de seu Blue&Me de uma forma surpreendente.
Para você que não sabe, o Blue&Me é uma plataforma desenvolvida em conjunto entre a montadora e a Microsoft. Foi a união da fome com a vontade de comer: de um lado, a Fiat queria continuar a sua história de inovadora. Do outro, a Microsoft queria entrar no mercado automotivo, ampliando seus horizontes. Da união surgiu esse aplicativo que parecia mais um brinquedinho do que uma verdadeira solução. Suas primeiras utilizações no Punto se resumiam a ler e-mails em voz alta e aceitar comandos de voz para a telefonia celular. Nada inspirador.
Eis que agora surge um verdadeiro uso que pode revolucionar o jeito de se ver o aplicativo. Não, não estou falando do navegador Blue&Me Nav, presente no Línea. Estou falando do programa que lhe ajuda a entender como dirige e lhe ensina como economizar combustível. Tudo de uma forma simples e indolor.
Primeiro, você abaixa um programa no seu computador e instala num pendrive. Depois, liga-o na entrada USB de seu carro e passa a rodar normalmente com ele. todo dia, ao chegar em casa, descarrega os dados no computador e voilà! Você terá um relatório esclarecedor, que lhe dirá em quais trechos tem sido um mal motorista, acelerando demais e gastando combustível em excesso. Você saberá qual marcha usar e como administrar seu ritmo de condução.
Isso é inovador. Enquanto isso, nos EUA, GM procura se unir com Chrysler, em busca de salvação. Vai entender...
domingo, 19 de outubro de 2008
Voyage reedita a traseira do Bora
Bora
Corsa Sedan
Tem carro mais sem graça do que o VW Bora? Eu não conheço. Tem gente que gosta. O modelo atual, importado do México, sofreu uma reestilização para parecer mais moderno. E talvez para ceder sua traseira para o novo Voyage. Que já nasceu velha.
Veja e compare.
Aproveite e veja também a traseira do Corsa. Vem daí a tampa traseira?
Resumindo, o Voyage nasce com uma traseira que não tem personalidade.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
A variguização da aviação brasileira
Não é portanto difícil entender como toda a aviação brasileira é fortemente influenciada pela cultura daquela empresa. Tendo sido tão grande e tão onipresente por tanto tempo, suas decisões e forma de pensar moldaram e ainda moldam os procedimentos das demais companhias aéreas.
Em 2003, a sua fusão com a Tam mudou definitivamente a cara da empresa do Rolim Amaro. Dois anos depois de sua morte, a Tam passava pela sua primeira grande crise. E a união da malha aérea parecia a solução para o tempo ruim que as duas passavam. Autorizada pelo governo, ela foi responsável pela Variguização da Tam.
Se até aquele momento, o grande diferencial da empresa do Rolim era o serviço de bordo, com a fusão, todos os detalhes que a faziam superior se esvaíram. O lanche quente, verdadeira marca registrada da empresa do tapete vermelho, foi substituído por um sanduíche frio. O serviço de terra, orgulho do comandante, passou a ser burocrático. E em nome de um corte de custos, a Tam passou a ser nivelada pelo nível mais baixo da Varig. Desfeita a fusão, nunca mais o serviço da Tam voltou a sua origem. Mesmo com a melhora dos números, a variguização foi para sempre.
Em 2007 a Gol comprou o espólio da Varig. E, se na fusão existia um encontro de iguais, desta vez existia um conquistador e um conquistado. Independente de todas as preocupações com relação ao futuro, a Varig sabia que ela deixaria de existir como empresa e passaria a existir somente como marca, como ela já havia feito com a Cruzeiro do Sul. Mas isso é muito pouco para uma empresa com uma cultura tão forte. E tal como o que ocorria no império romano, o conquistado passou a influenciar o conquistador.
Um ano e meio depois da compra, a gente começa a ver sinais de variguização da Gol. Começou pela decisão de abandonar a barrinha de cereais. Se ela foi um bom símbolo da empresa na sua fase baixo custo, o crescimento e mudança de foco da Gol levaram a empresa a perceber que o novo perfil de clientes exigia um tipo mais substancioso de lanche. E o que foi adotado como solução? O mágico sanduíche frio que a empresa gaúcha já havia imputado à Tam. Agora, o sinal mais claro da conquista do conquistador pelo conquistado foi dado. A Gol se rende ao mundo da milhagem e passa a premiar seus clientes com milhas e passagens aéreas. E qual o nome foi adotado? Smiles! O programa da Varig simboliza a virada de posicionamento e a adoção da cultura da Varig pela empresa dos Constantinos.
Não me surpreenderá se, dentro de poucos meses, o Júnior abrir mão da presidência em favor de um funcionário de carreira da Varig. É esperar para ver.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Corrida da GM no Brasil é para fazer resultado mundial
Veja o vídeo do Pinheiro Neto:
http://www.youtube.com/watch?v=b0lundQvvqM
14/10 - 02:07
GAZETA: GM registra recordes na região que engloba o Brasil
BANGALORE, ÍNDIA, 14 de outubro de 2008 - A General Motors anunciou ontem que teve vendas recordes no terceiro trimestre na região LAAM, que engloba a América Latina, África e Oriente Médio, com alta de 3,4%. A companhia divulgou que o resultado mostra "sólido crescimento, apesar da crise econômica global ao nosso redor".
No total, a GM vendeu 341.900 veículos na região LAAM - 11.400 unidades a mais sobre igual período de 2007. Em comunicado, a montadora divulgou que as vendas trimestrais no Brasil, Chile, Equador e Peru bateram recordes históricos no trimestre passado. No Brasil, o aumento nas vendas foi de 16%, no Chile a alta foi de 19% e no Equador dispararam 64%. Na África do Norte cresceu (30%), Egito (35%), Israel (30%) e Oriente Médio (27%)."Este é nosso 20º trimestre consecutivo de alta anual nas vendas", disse Maureen Kempston Darkes, presidente da General Motors para a região LAAM. Nesta região a GM emprega cerca de 37 mil pessoas em 18 países.
Crescimento sólido
Maureen enfatizou que "continuamos demonstrando um crescimento sólido apesar da atual crise econômica mundial. Chevrolet Aveo continuou sendo muito requisitado, especialmente depois da apresentação do modelo de cinco portas. Entretanto as vendas do novo Cadillac CTS tiveram sucesso no Oriente Médio, se complementando com o recente lançamento na África do Sul da versão CTS com o volante à direita."
Além do Brasil, Chile, Equador e Peru, a GM estabeleceu um re corde de vendas trimestrais.no Egito, África do Norte, e Oriente Médio.
"Até esta altura do ano, já superamos um milhão de unidades vendidas, e 2008 será outro novo ano recorde em vendas para GM LAAM", disse Maureen Kempston.
Nos primeiros nove meses de 2008, a GM registrou vendas de 1.012.100 unidades nas regiões da América Latina , África e Oriente Médio. Essa cifra representa um incremento de 13% com relação a 2007, enquanto o crescimento da indústria automobilística regional nesse período foi de 10%. A participação acumulada de mercado em 2008 da GM LAAM é de 17,3 %, ou 0,4 ponto acima do ano anterior.
Líder global
A General Motors, maior montadora mundial, é a líder global de vendas anuais de veículos há 77 anos, destacou a empresa em comunicado. Fundada em 1908, General Motors emprega atualmente cerca de 266 mil pessoas em todo o mundo. Com sede em Detroit, Michigan, a GM fabrica seus veículos em 35 países. Em 2007, aproximadamente 9.370.000 veículos foram vendidos mundialmente sob as marcas: Buick, Cadillac, Chevrolet, GMC, GM Daewoo, Holden, Hummer, Opel, Pontiac, Saab, Saturn, Vauxhall e Wuling. (Reuters - Gazeta Mercantil)
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Chevrolet com crise de auto-estima?
Apesar de achar mais bonita a forma como a Chevrolet coloca sua marca atualmente nos seus carros, uma coisa não deixou de me chamar a atenção: à medida em que as suas vendas mundiais vêm caindo, sua marca na frente e traseira dos carros vem crescendo aqui no Brasil. Parece-me uma questão de crise de auto-estima: quanto mais eles apanham da Toyota, mais querem se mostrar. Será?
Veja as fotos do Meriva em três anos diferentes. Na linha 2007, quando o círculo herdado da Opel européia ainda dava fortemente o ar da sua graça. Na 2008 o círculo continua, mas a marca deixa de ser somente uma linha e passa a ser preenchida. E agora, na 2009, a marca cresce e passa a ser impossível não perceber.
Tire suas próprias conclusões. E me mande seus comentários.
domingo, 12 de outubro de 2008
Da série anúncios iguais - 2
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Automóveis: Final do ano será ainda mais interessante
Fiat vai perder participação para a Volks. Por que? Seu último lançamento de modelo que faz volume foi no começo do ano, a Palio Weekend. A Volks, por outro lado, acabou de relançar o Gol. E trouxe das profundezas o Voyage. Crise? Pouco dinheiro no bolso? As pessoas correm para comprar as novidades.
GM vai continuar crescendo até dezembro. É sua cota na participação mundial pela liderança versus a Toyota. Que por sua vez vai ignorar os esforços da concorrente e continuar sua escalada em direção à liderança mundial.
Ford ganha mercado. Pelo visto a matriz quer fazer volume e melhor seus resultados.
Renault, graças a Deus, vai bem obrigado.
E a Peugeot fica, cada dia mais, em maus lençóis. Fez um lançamento milionário no Brasil, o seu modelo quase novo 207 e não ganhou participação nenhuma. Aliás, vem perdendo mês a mês. En quanto isso, sua meio-irmã Citroën, sem nenhum alarde e nem investimentos vultuosos, vem encostando nos seus calcanhares.
Dezembro a gente confere.
E não é que a Meio e Mensagem publicou matéria com o mesmo questionamento da minha nota?
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Cadê a concorrência
Esperando a Tam
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Um político não pode relaxar jamais...
Kassab ultrapassa Marta
sábado, 4 de outubro de 2008
Um mercado totalmente diferente
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Enquanto isso...
Cadê a TAM do Rolim?
Sr. Baroni,
Enviei uma mensagem no dia 07 de maio passado e, depois de mais de quatro meses, não obtive nenhum tipo de resposta. Neste ínterim, recebo uma carta do Sr. propondo que eu indique funcionários que tenham atendido de forma diferenciada, proporcionando algum momento especial. Continuo aguardando a "máxima qualidade possível" que você cita em sua carta. Parece-me incongruente buscar provas de atendimento primoroso, quando as pendências continuam a não ser resolvidas.
Caso não se recorde, abaixo reenvio a mensagem enviada naquela data longínqua:
Não me direcionei para a Tam para ter esse tipo de tratamento. Não é um tratamento para um passageiro, principalmente considerando-se ser a passagem de classe executiva.
Gostaria de um pronunciamento da empresa, referente ao ocorrido.
Carlos Murilo Moreno
Fidelidade 23952"
A resposta:
São Paulo, outubro de 2008.
Estou ciente de que o grau de expectativa do Cliente
aumenta, cada vez mais, e só há uma maneira de fazer
com que ele não se frustre: renovar cada vez mais a disposição
de acertar, tendo sempre em conta a humildade para
ouvi-lo, e a determinação.
Rolim Adolfo Amaro
Prezado Sr. Carlos,
Recebi seu e-mail enviado ao serviço Fale com o Presidente e soube que em sua viagem de Nova York a São Paulo, em 06/05, o sistema de reclinagem de suas poltronas não estavam em perfeito funcionamento.
Primeiramente é importante mencionar que antes de todos os vôos, nossas equipes técnicas fazem uma detalhada vistoria na aeronave de forma a detectar qualquer irregularidade. Caso haja alguma desconformidade em itens que afetem a segurança, a aeronave é direcionada para manutenção. Caso seja detectada alguma poltrona com defeito que afete a segurança, a mesma é bloqueada.
De toda sorte, compree ndo o desconforto que lhe foi causado. Quando nos deparamos com esse tipo de situação, nossa tripulação procura fazer a acomodação em outra poltrona. E assim foi feito na ocasião, sendo oferecido duas opções de reacomodação, mas soube que o senhor não aceitou.
O fato foi reportado no livro de bordo e o reparo foi efetuado assim que a aeronave retornou ao hangar.
Conto com sua compreensão.
Quero que saiba que permaneço, como sempre, a disposição para conhecer suas opiniões.
Atenciosamente,
Comandante David Barioni Neto
Presidente