quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Conhecer o consumidor é uma arte
sábado, 27 de dezembro de 2008
Rede Globo apoia o BRIC
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Clima Natalino I
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Spacefox - Pretensão de publicitários
Da série anúncios iguais 3
Algumas categorias parecem não ter criatividade. Ou senão, alguém cria um padrão num certo momento da história, consegue um resultado de vendas surpreendente e depois todo mundo vem atrás copiando. No mundo dos relógios é assim. Com certeza, alguma marca suiça cresceu usando modelos. Pode ser até a Breitling, que hoje usa o ator John Travolta. Pode ser...
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
De mim para mim mesmo II
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
De mim para mim mesmo
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Youtube. O começo do futuro da TV
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Palio: Gatinho subiu no telhado? II
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Palio: Gatinho subiu no telhado?
Neste mês de novembro, o Fiat Palio foi ultrapassado, em vendas, pelo Mille. Está perdendo, até o momento, sua posição de segundo lugar. Para um carro da mesma montadora, mas perdendo. Enquanto isso, o novo VW Gol, somado às vendas do modelo anterior que continua disponível, disparou no primeiro lugar. Se somadas as vendas de Palio e Mille, como sempre foi feito pela Fiat, a montadora continua líder no segmento de carro populares. Mas, ainda assim, acende-se um sinal amarelo.
O Palio é um modelo lançado em 1996. O Mille, em 1984. Portanto, um modelo 12 anos mais velho. O Palio passou recentemente por um face-lift, em 2007, quarto na sua vida. O Mille mudou mais profundamente somente em 2003. Colocando todos os itens na balança, é interessante ver que o modelo mais antigo consegue fechar à frente do seu irmão mais novo.
Não se dá para analisar profundamente sem maiores informações. Mas duas conclusões iniciais podem ser tomadas: No topo de consumo, o novo Gol roubou consumidores do Palio . Na base, O Mille é imbatível em preço para quem procura a rede de concessionários Fiat. Espremido no meio, o Palio precisa se reinventar, pois a fábrica italiana precisa muito desse modelo para manter sua liderança no mercado brasileiro.
É esperar para ver a reação. Aguarde...
sábado, 22 de novembro de 2008
Honda: Chegando devagarzinho, sem alertar os concorrentes
Eu fico impressionado com a capacidade dos japoneses de não fazer barulho. Num mercado agitado como o automotivo, é muito interessante observar e comparar o comportamento dos japoneses e coreanos. Inicialmente, ambos passaram pelos mesmos preconceitos, seja nos Estados Unidos, na Europa, ou no Brasil. A primeira impressão que eles passam é de baixa qualidade e todo o mercado é pródigo em atacá-los como produtos de segunda linha.
Lógico que os japoneses sofreram muito quando entraram nos Eua. Já no Brasil foi tudo mais rápido e fácil. Quem tem sofrido por aqui são as coreanas, mas a história dos japoneses facilita a mudança de imagem mais rapidamente.
Mas o que realmente me impressiona é que, enquanto os coreanos, seja a Hyundai, seja a Kia, fazem um barulho enorme, alardeando seus modelos em páginas e páginas de publicidade, os japoneses vêm fazendo um trabalho silencioso a favor do crescimento de mercado. Hoje, seus produtos feitos no Brasil estão alinhados com suas fábricas no Japão e Estados Unidos, o que os torna os únicos nacionais 100% alinhados. E que coloca em cheque a informação sempre dada pelas concorrentes de que o mercado brasileiro não tem escala suficiente para que as atualizações sigam o ritmo das matrizes.
Agora a Honda lança o novo Fit. É o mesmo Fit japonês ou Jazz europeu, recém-lançados. E que irá manter o modelo na liderança no Brasil. Junto com o Civic, a montadora renovou todo seu parque produtivo nos últimos dois anos. E tal qual o modelo sedan, devemos ver uma corrida dos consumidores às concessionárias, gerando fila e ágio na novidade.
Não é preciso dizer que deve vir reação da Fiat, com o Idea. A GM já agiu, dotando o Meriva 2008 de motor 1.4. Mas se não houver uma mudança de comportamento das quatro grandes, iremos ver as japonesas tomando espaços preciosos numa velocidade que só tende a aumentar. Só o tempo poderá nos mostrar quem tem razão.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Sou brasileiro. Não desisto nunca XXV
Sou brasileiro, não desisto nunca III
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Jornal Placar
Sou brasileiro, não desisto nunca!
domingo, 16 de novembro de 2008
Timing
Uma das coisas importantes em publicidade é o timing das coisas. Por timing quero dizer fazer com que a atenção do prospect case com as informações a serem dadas a ele. De nada adianta você investir em publicidade para gerar um tipo de reação do público se você não está preparado.
sábado, 15 de novembro de 2008
Tiro pela culatra
Não consigo imaginar porque tantas empresas fazem ações que se revertem em verdadeiros tiros pela culatra. A sensação que tenho é que muitas decisões são tomadas no embalo da hora, sem a avaliação de todas as consequências possíveis. Não vou dar, agora, nenhum exemplo de empresa grande, onde o problema é sempre amplificado. Mas me chamou atenção um e-mail simples que a Verelux enviou a seus clientes e o resultado dele.
Acesse ao nosso novo site, mais versátil , rápido e de fácil
entendimento sobre os nossos produtos.
Verelux cada vez mais inovando e aprimorando para melhor
atende-lo.
O que ocorreu? Uma enxurrada de e-mails copiados a todos os clientes reclamando do serviço prestado pela empresa. Não um, nem dois, mas mais de dez dos clientes se sentiram impelidos a enviar uma resposta, aproveitando a abertura dada para tornar pública a sua insatisfação. E-mails como:
Como cliente da Verelux ao mesmo tempo que parabenizo-os pela iniciativa e implantação do novos site; sinto-me obrigado a comentar que existem vários aspectos em sua empresa que precisam ser FORTEMENTE MELHORADOS no que tange a qualidade de produtos bem como gestão e atendimento a clientes.
Ou
Aproveito o ensejo para corroborar a opinião destes clientes, pois o mesmo aconteceu comigo, ou seja, atrasos totalmente injustificados.
Além disso, gostaria de perguntar que produto podemos usar para tirar a sujeira de silicone que deixaram no piso da minha varanda. Há diversas manchas pretas de silicone com sujeira que não saem de jeito algum.
Alguém pode me ajudar?
Cabe um comentário final. No mínimo, todos os clientes poderiam ter sido copiados em cópia oculta. Evitaria que o problema de cada um fosse conhecido por todos. Segundo, faltou conhecer a verdadeira opinião dos clientes. Uma ação que poderia parecer uma divulgação de marketing passou a parecer um insulto.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Peugeot 207 Passion. Lançado ou arremessado?
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Azul vem aí
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
A velocidade da vida moderna
Eu vivo comentando sobre a aceleração das decisões na vida atual. E não é que encontrei alguém com a mesma preocpação? Lendo a Superinteressante especial "122 livros para entender o mundo" descobri o livro do James Gleick, de 2000! Já naquela época ele escreveu "Acelerado - a velocidade da vida moderna", onde discute exatamente o quão mais rápida a sociedade está hoje em dia. Vou ler. E comento aqui futuramente. Enquanto isso, segue uma degustação: super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_373119.shtml
domingo, 9 de novembro de 2008
sábado, 8 de novembro de 2008
2008: Ano da diversidade
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Adeus e-mails, olá velocidade
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
O acelerar da vida
O primeiro é o relógio. O homem tenta marcar o tempo desde a antiguidade. Nada mais do que esta razão para a criação de inventos como o relógio do sol. Que tinha dois inconvenientes: não ser transportável e não marcar o tempo em tempo nublado. Com certeza, muitas romanas romperam seus namoros porque os namorados chegaram atrasados nos encontros. E não adiantava dar a desculpa de sempre "Desculpa amor, meu relógio do sol parou e não vi as horas". Marcar as horas revoluciona a relação humana na medida em que as relações de trabalho param de ser analisadas na base da produção de unidades e passa a ser na base de horas trabalhadas.
Mas se marcar as horas passa a permitir novas métricas de vida, a luz elétrica liberta o homem de viver durante o dia e dormir ao escurecer. A limitação física de horários a que a maioria da humanidade se obrigava, devido a falta de iluminação após certa hora do dia, vai lentamente sendo posta de lado após a invenção da luz elétrica. Por mais que houvesse lampiões e velas, o custo e a logística de vida naqueles momentos impediam um estilo de vida como o atual, quando é possível uma vida 24 horas e em que a maioria das pessoas não diminui o ritmo com o poente do sol.
Dividida a vida em horas e estendida a quantidade de horas possíveis de se viver, entramos em mais uma revolução. Agora, aceleramos a nossa vida. O que nossos ancestrais faziam em 24 horas, tendemos a fazer em menos horas e estamos aumentado a velocidade sem perceber. Causador disso tudo? A internet. As ferramentas e a falta de fronteiras vem transformando a forma como encaramos não só a própria internet, mas também todas nossas relações. Não existe mais a necessidade de se buscar informações em bibliotecas, livros, ou mesmo junto a outras pessoas. Agora o Google resolve todas as nossas dúvidas. O ritmo de novidades impregna a nossa impaciência com o que é repetitivo. Estamos cada vez mais ansiosos por uma vida mais cheia de aventuras e mudanças.
Isso é bom ou ruim. Não sei, mas me parece bom. No mínimo diferente. Mas isso é só uma introdução a um assunto que tende a ser muito mais profundo. Voltaremos ao assunto.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Salão do Automóvel 2008
Primeiramente, é impossível chegar ao Anhembi sem se aborrecer. O trânsito nas imediações fica intransitável. Até aí, tudo bem, pois você quer chegar logo. Só que não existem vagas suficientes para todo mundo. O que gera um engarrafamento monstro na entrada do pavilhão.
Lá dentro, torça para que o dia esteja agradável. Quem já visitou espaços para feiras fora do Brasil sabe o que é um ambiente refrigerado. Aqui, outros pequenos, como o Imigrantes, tem ambiente acondicionado. Não é o caso daquele elefante branco mais conhecido como Anhembi.
Aí, nos estandes, um paradoxo: Os carros interessantes, diferentes, são impossíveis de serem vistos, tamanha a quantidade de pessoas em volta deles. Sobra à disposição carros que a gente conhece do dia a dia e que não são, em si, motivo da visitação. Resta ter paciência para brigar por espaço frente às novidades, distribuindo leves cotoveladas.
Um fenômeno fica cada vez mais claro no Salão. As boas e velhas câmeras são um artigo em extinção. O celular com foto está tomando seu lugar a olhos vistos. Na frente das máquinas mais admiradas, tais como a Ferrari, é impressionante como fica óbvio que a guerra já está sendo ganha pelos celulares. Não importa se a qualidade ainda não é boa. Fala mais forte a praticidade de não se carregar dois aparelhos.
Com relação aos estandes em si, nenhuma grande surpresa. As quatro grandes têm os estandes mais freqüentados. Chama a atenção o estande da Honda, pela capacidade de atração. Essa marca tende a crescer, se visitas no salão significarem preferência. Não é o que acontece hoje no mercado, com a Renault em quinto lugar. Essa relação entre visitas/vendas é tão improvável que entre as quatro grandes a líder Fiat tem menos movimento do que a Chevrolet e a Volks.
Ao final, você que vai ao Salão, prepare-se para mais um aborrecimento, caso esteja de táxi. Eles estão em falta, pois não conseguem chegar aos seus pontos, devido aos engarrafamentos. Facilite sua vida. Vá de Metrô até a estação Tietê, pois de lá sai um ônibus gratuito para o evento. Talvez assim você curta melhor esse programa de índio.
Veja por si próprio
fiat.terra.com.br/aovivo.php
www.vw.com.br/salaodoautomovel/
www.chevrolet.com.br/content_data/LAAM/BR/pt/GBPBR/001/html/chevy_portal/frame/salao.html?pid=319
www.ford.com.br/sal_home.asp
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Crise? Que crise?
Se considerarmos a última grande incursão do Itaú, quando comprou o BankBoston, 2009 será o derradeiro ano do Unibanco. Será tempo de ver a discussão do Cade aprovar a fusão e iniciar-se o cancelamento daquele que era o terceiro maior banco privado do Brasil.
Os discursos iniciais são os de sempre: As marcas continuarão, não serão fechadas agências, ninguém será demitido. Resta agora aguardar o desenrolar dos fatos. Maior dúvida é qual será a reação do Bradesco. Por tantos anos o número um brasileiro, podemos aguardar que a briga só está começando.
É aguardar e ver.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Relógio de pulso - Prá que serve?
O mercado não perdoa. Sempre que algo melhor e mais prático aparece, o passado é apagado. Não tem nem 30 anos, a máquina de fac-símile era lançada e começava a revolucionar a forma de se enviar documentos de um local para outro. Para quem não sabe, a invenção é japonesa, pois diferentemente do alfabeto ocidental, não existia forma de se enviar mensagens por telex considerando-se os ideogramas japoneses. Assim, ter uma máquina que transmitisse o documento como ele houvesse sido escrito originalmente era uma necessidade daquele país oriental. E foi recebido com braços abertos pelo ocidente. Veio o computador, a internet e bye-bye fax.
Agora é a vez do relógio de pulso. O mercado vem se transformando a olhos vistos desde a invenção do relógio de quartzo. Por que? Porque ficou barato fazer relógios. Primeira transformação foi a multiplicação de aparelhos de parede. Segunda revolução no mercado foi a proliferação de novos relógios em locais antes não imaginados. Hoje ele está no painel do carro, no visor do rádio, no DVD, na tela da televisão e, mais insidioso, no canto das telas dos computadores. Tiro de misericórdia foi a sua presença no celular. Se as pessoas têm que carregar um celular, para quê gastar dinheiro num relógio de pulso que só faz marcar horas?
Mas o mercado relojoeiro é adaptável. E vem transformando a peça de uma necessidade a um objeto de arte e de moda. Não é mais a dependência de saber que horas são que leva uma pessoa a investir tempo e dinheiro. Mas o desejo de compor um visual, onde o relógio passa a ser um adorno. De um único relógio, as pessoas passam a ter coleções de relógios para cada um dos momentos de suas vidas.
Vou voltar ao assunto, pois o mercado é enorme. Mas não me espanto se a próxima mudança radical for o desaparecimento dos modelos analógicos. Pare e pense: Se o computador e celular mostram as horas de forma digital, quantas gerações serão necessárias para que o uso dos ponteiros passem a ser uma coisa do passado?
E você? Que opinião tem sobre esse mercado?
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Bolha imobiliária - estouro demorou mais do que o previsto
Edward, meu amigo de Recife, manda um e-mail falando da previsão da revista Veja sobre a bolha imobiliária. Como ele mesmo assinala foi uma matéria "bola de cristal", pois é de janeiro de 2006.
Matéria boa e ao mesmo tempo ruim. Se por um lado alerta a todos sobre o fenômeno, que já havia ocorrido no Japão no começo dos anos 90, por outro fala de um fato em que nenhum pobre mortal brasileiro pode interferir. Sempre vai ter uma pessoa que irá dizer: mas você pode ir se preparando para o pior. Realmente. Voltamos ao mesmo tema: bola de cristal. Se toda vez que uma cartomante, ou um advinho, prever alguma coisa negativa, a gente saísse se preocupando, a população mundial não sairia de casa.
Previsão é uma coisa muito interessante. Você prevê e fica quieto. Se der errado, continua quieto. Se der certo, sai trombeteando o seu acerto. É como médico obstetra que nunca erra o sexo do filho de sua paciente. Ele diz, aos três meses de gravidez: "vai ser menina". E completa: "vou escrever aqui na sua ficha", sem mostrar o que escreveu. Após o lançamento, na primeira visita da paciente ao consultório, proclama seu acerto: "Não te disse que iria acertar o sexo?" Se foi menina, a mãe responde: "É doutor, como você sabia?" e fica com a sensação de que o doutor é realmente muito bom. Se foi menino, a mãe reclama: "Não doutor, o senhor disse que seria menina". Ao que o médico responde: "Você está se enganada. Eu disse menino". E para provar mostra a ficha, onde está escrito a caneta, para não restarem dúvidas, "menino".
Leia a matéria. Ela é realmente coisa de obstetra! http://veja.abril.com.br/180106/p_062.html
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Copyright II
A informatização e a internet vêm revolucionando essa prática. Ainda lembro das discussões em torno da fita cassete, quando ela apareceu. Não que eu seja tão velho, mas está documentado para qualquer vque queira pesquisar um pouco o assunto. O grande embate era que o gravador de fitas permitiria a qualquer um copiar músicas e não pagar os direitos aos cantores e compositores. A diferença é que era um porre fazer a tal das cópias. Se você queria uma fita de uma hora, se preparasse para ficar duas horas em frente aos aparelhos. Haja paciência! Hoje, você copia um cd de horas de música em poucos minutos.
Na contramão de todos que tentam segurar o inevitável existe uma ONG que prega o direito livre, a Creative Commons. http://creativecommons.org/ Não é que ela pregue a falta de copyrights. Sua perspectiva é diferente: sugerir aos artistas que liberem suas criações para que elas sirvam de base para outros artistas. É uma forma inteligente de ver a questão.
No Brasil, o primeiro artista a liberar os direitos para outros autores foi ninguém menos do que Gilberto Gil. Ele publicou, há alguns anos, uma música com direitos completamente abertos. Não é atôa que ele, sexagenário, é mais jovem do que alguns grupos de adolescentes que existem por aí.
Vale a pena gastar um tempo pensando no que essa mudança irá afetar a nossa indústria de artes e publicidade. Pois, pior, é tentar tapar o sol com a peneira.
sábado, 25 de outubro de 2008
Web checking. Para quê?
Vim ontem para Porto Alegre. Via Gol. Fiz o web checking e sai para o aeroporto. Chegando lá, fui despachar minha mala. Até caberia no avião, mas é mais confortável ficar com as mãos vazias. Só levei susto.
Primeiro susto: a fila para o checking normal é a mesma para o despacho de malas se você já tem o checking feito. Segundo susto: Foram 45 minutos de fila, pois o serviço de chão da Gol é sofrível. Terceiro susto: Só não foi mais tempo porque a atendente da Gol teve que passar os passageiros do meu vôo na frente dos demais. Tudo errado.
Ficam duas conclusões: O web checking não serve para todas as ocasiões, somente para aquelas que não tenham a necessidade de se utilizar o serviço de chão da compania. Segundo, e mais importante, os diretores da Gol, como vários diretores de empresas, não usam seus próprios serviços.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Internet: Adeus ao copyright
Até ontem, o vídeo da briga podia ser visto na internet, via Youtube. Hoje, como passe de mágica, o vídeo foi retirado daquele site. Uma mensagem deixa claro que isso se deveu a ter o vídeo copyright. Só que em tempos de internet copyright é uma coisa para os pouco ligados a tecnologia. Com dois cliques qualquer um chega a uma nova cópia, agora no site vimeo. E podem ter certeza: se a Meio e Mensagem tirá-lo novamente do ar, algum outro site irá exibí-lo.
Nós que vivemos de idéias e criatividade precisamos repensar rapidamente o futuro de nosso trabalho. Do mesmo modo que a indústria fonográfica perdeu o embate para a pirataria, que o mundo cinematográfico está se preparando para a luta pelo direito de cobrar pela exibção de suas produções, não podemos deixar de pensar em como essa liberdade anárquica trazida pela web irá impactar no nosso ganha pão.
Não pensar é perder de antemão a guerra.
Taí o vídeo:http://vimeo.com/2035770
terça-feira, 21 de outubro de 2008
eco:Drive - Como estender um conceito
As melhores invenções são aquelas que têm aplicação na vida diária. E, nesse sentido, a Fiat vem encontrando formas de ampliar o uso de seu Blue&Me de uma forma surpreendente.
Para você que não sabe, o Blue&Me é uma plataforma desenvolvida em conjunto entre a montadora e a Microsoft. Foi a união da fome com a vontade de comer: de um lado, a Fiat queria continuar a sua história de inovadora. Do outro, a Microsoft queria entrar no mercado automotivo, ampliando seus horizontes. Da união surgiu esse aplicativo que parecia mais um brinquedinho do que uma verdadeira solução. Suas primeiras utilizações no Punto se resumiam a ler e-mails em voz alta e aceitar comandos de voz para a telefonia celular. Nada inspirador.
Eis que agora surge um verdadeiro uso que pode revolucionar o jeito de se ver o aplicativo. Não, não estou falando do navegador Blue&Me Nav, presente no Línea. Estou falando do programa que lhe ajuda a entender como dirige e lhe ensina como economizar combustível. Tudo de uma forma simples e indolor.
Primeiro, você abaixa um programa no seu computador e instala num pendrive. Depois, liga-o na entrada USB de seu carro e passa a rodar normalmente com ele. todo dia, ao chegar em casa, descarrega os dados no computador e voilà! Você terá um relatório esclarecedor, que lhe dirá em quais trechos tem sido um mal motorista, acelerando demais e gastando combustível em excesso. Você saberá qual marcha usar e como administrar seu ritmo de condução.
Isso é inovador. Enquanto isso, nos EUA, GM procura se unir com Chrysler, em busca de salvação. Vai entender...
domingo, 19 de outubro de 2008
Voyage reedita a traseira do Bora
Bora
Corsa Sedan
Tem carro mais sem graça do que o VW Bora? Eu não conheço. Tem gente que gosta. O modelo atual, importado do México, sofreu uma reestilização para parecer mais moderno. E talvez para ceder sua traseira para o novo Voyage. Que já nasceu velha.
Veja e compare.
Aproveite e veja também a traseira do Corsa. Vem daí a tampa traseira?
Resumindo, o Voyage nasce com uma traseira que não tem personalidade.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
A variguização da aviação brasileira
Não é portanto difícil entender como toda a aviação brasileira é fortemente influenciada pela cultura daquela empresa. Tendo sido tão grande e tão onipresente por tanto tempo, suas decisões e forma de pensar moldaram e ainda moldam os procedimentos das demais companhias aéreas.
Em 2003, a sua fusão com a Tam mudou definitivamente a cara da empresa do Rolim Amaro. Dois anos depois de sua morte, a Tam passava pela sua primeira grande crise. E a união da malha aérea parecia a solução para o tempo ruim que as duas passavam. Autorizada pelo governo, ela foi responsável pela Variguização da Tam.
Se até aquele momento, o grande diferencial da empresa do Rolim era o serviço de bordo, com a fusão, todos os detalhes que a faziam superior se esvaíram. O lanche quente, verdadeira marca registrada da empresa do tapete vermelho, foi substituído por um sanduíche frio. O serviço de terra, orgulho do comandante, passou a ser burocrático. E em nome de um corte de custos, a Tam passou a ser nivelada pelo nível mais baixo da Varig. Desfeita a fusão, nunca mais o serviço da Tam voltou a sua origem. Mesmo com a melhora dos números, a variguização foi para sempre.
Em 2007 a Gol comprou o espólio da Varig. E, se na fusão existia um encontro de iguais, desta vez existia um conquistador e um conquistado. Independente de todas as preocupações com relação ao futuro, a Varig sabia que ela deixaria de existir como empresa e passaria a existir somente como marca, como ela já havia feito com a Cruzeiro do Sul. Mas isso é muito pouco para uma empresa com uma cultura tão forte. E tal como o que ocorria no império romano, o conquistado passou a influenciar o conquistador.
Um ano e meio depois da compra, a gente começa a ver sinais de variguização da Gol. Começou pela decisão de abandonar a barrinha de cereais. Se ela foi um bom símbolo da empresa na sua fase baixo custo, o crescimento e mudança de foco da Gol levaram a empresa a perceber que o novo perfil de clientes exigia um tipo mais substancioso de lanche. E o que foi adotado como solução? O mágico sanduíche frio que a empresa gaúcha já havia imputado à Tam. Agora, o sinal mais claro da conquista do conquistador pelo conquistado foi dado. A Gol se rende ao mundo da milhagem e passa a premiar seus clientes com milhas e passagens aéreas. E qual o nome foi adotado? Smiles! O programa da Varig simboliza a virada de posicionamento e a adoção da cultura da Varig pela empresa dos Constantinos.
Não me surpreenderá se, dentro de poucos meses, o Júnior abrir mão da presidência em favor de um funcionário de carreira da Varig. É esperar para ver.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Corrida da GM no Brasil é para fazer resultado mundial
Veja o vídeo do Pinheiro Neto:
http://www.youtube.com/watch?v=b0lundQvvqM
14/10 - 02:07
GAZETA: GM registra recordes na região que engloba o Brasil
BANGALORE, ÍNDIA, 14 de outubro de 2008 - A General Motors anunciou ontem que teve vendas recordes no terceiro trimestre na região LAAM, que engloba a América Latina, África e Oriente Médio, com alta de 3,4%. A companhia divulgou que o resultado mostra "sólido crescimento, apesar da crise econômica global ao nosso redor".
No total, a GM vendeu 341.900 veículos na região LAAM - 11.400 unidades a mais sobre igual período de 2007. Em comunicado, a montadora divulgou que as vendas trimestrais no Brasil, Chile, Equador e Peru bateram recordes históricos no trimestre passado. No Brasil, o aumento nas vendas foi de 16%, no Chile a alta foi de 19% e no Equador dispararam 64%. Na África do Norte cresceu (30%), Egito (35%), Israel (30%) e Oriente Médio (27%)."Este é nosso 20º trimestre consecutivo de alta anual nas vendas", disse Maureen Kempston Darkes, presidente da General Motors para a região LAAM. Nesta região a GM emprega cerca de 37 mil pessoas em 18 países.
Crescimento sólido
Maureen enfatizou que "continuamos demonstrando um crescimento sólido apesar da atual crise econômica mundial. Chevrolet Aveo continuou sendo muito requisitado, especialmente depois da apresentação do modelo de cinco portas. Entretanto as vendas do novo Cadillac CTS tiveram sucesso no Oriente Médio, se complementando com o recente lançamento na África do Sul da versão CTS com o volante à direita."
Além do Brasil, Chile, Equador e Peru, a GM estabeleceu um re corde de vendas trimestrais.no Egito, África do Norte, e Oriente Médio.
"Até esta altura do ano, já superamos um milhão de unidades vendidas, e 2008 será outro novo ano recorde em vendas para GM LAAM", disse Maureen Kempston.
Nos primeiros nove meses de 2008, a GM registrou vendas de 1.012.100 unidades nas regiões da América Latina , África e Oriente Médio. Essa cifra representa um incremento de 13% com relação a 2007, enquanto o crescimento da indústria automobilística regional nesse período foi de 10%. A participação acumulada de mercado em 2008 da GM LAAM é de 17,3 %, ou 0,4 ponto acima do ano anterior.
Líder global
A General Motors, maior montadora mundial, é a líder global de vendas anuais de veículos há 77 anos, destacou a empresa em comunicado. Fundada em 1908, General Motors emprega atualmente cerca de 266 mil pessoas em todo o mundo. Com sede em Detroit, Michigan, a GM fabrica seus veículos em 35 países. Em 2007, aproximadamente 9.370.000 veículos foram vendidos mundialmente sob as marcas: Buick, Cadillac, Chevrolet, GMC, GM Daewoo, Holden, Hummer, Opel, Pontiac, Saab, Saturn, Vauxhall e Wuling. (Reuters - Gazeta Mercantil)
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Chevrolet com crise de auto-estima?
Apesar de achar mais bonita a forma como a Chevrolet coloca sua marca atualmente nos seus carros, uma coisa não deixou de me chamar a atenção: à medida em que as suas vendas mundiais vêm caindo, sua marca na frente e traseira dos carros vem crescendo aqui no Brasil. Parece-me uma questão de crise de auto-estima: quanto mais eles apanham da Toyota, mais querem se mostrar. Será?
Veja as fotos do Meriva em três anos diferentes. Na linha 2007, quando o círculo herdado da Opel européia ainda dava fortemente o ar da sua graça. Na 2008 o círculo continua, mas a marca deixa de ser somente uma linha e passa a ser preenchida. E agora, na 2009, a marca cresce e passa a ser impossível não perceber.
Tire suas próprias conclusões. E me mande seus comentários.
domingo, 12 de outubro de 2008
Da série anúncios iguais - 2
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Automóveis: Final do ano será ainda mais interessante
Fiat vai perder participação para a Volks. Por que? Seu último lançamento de modelo que faz volume foi no começo do ano, a Palio Weekend. A Volks, por outro lado, acabou de relançar o Gol. E trouxe das profundezas o Voyage. Crise? Pouco dinheiro no bolso? As pessoas correm para comprar as novidades.
GM vai continuar crescendo até dezembro. É sua cota na participação mundial pela liderança versus a Toyota. Que por sua vez vai ignorar os esforços da concorrente e continuar sua escalada em direção à liderança mundial.
Ford ganha mercado. Pelo visto a matriz quer fazer volume e melhor seus resultados.
Renault, graças a Deus, vai bem obrigado.
E a Peugeot fica, cada dia mais, em maus lençóis. Fez um lançamento milionário no Brasil, o seu modelo quase novo 207 e não ganhou participação nenhuma. Aliás, vem perdendo mês a mês. En quanto isso, sua meio-irmã Citroën, sem nenhum alarde e nem investimentos vultuosos, vem encostando nos seus calcanhares.
Dezembro a gente confere.
E não é que a Meio e Mensagem publicou matéria com o mesmo questionamento da minha nota?
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Cadê a concorrência
Esperando a Tam
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Um político não pode relaxar jamais...
Kassab ultrapassa Marta
sábado, 4 de outubro de 2008
Um mercado totalmente diferente
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Enquanto isso...
Cadê a TAM do Rolim?
Sr. Baroni,
Enviei uma mensagem no dia 07 de maio passado e, depois de mais de quatro meses, não obtive nenhum tipo de resposta. Neste ínterim, recebo uma carta do Sr. propondo que eu indique funcionários que tenham atendido de forma diferenciada, proporcionando algum momento especial. Continuo aguardando a "máxima qualidade possível" que você cita em sua carta. Parece-me incongruente buscar provas de atendimento primoroso, quando as pendências continuam a não ser resolvidas.
Caso não se recorde, abaixo reenvio a mensagem enviada naquela data longínqua:
Não me direcionei para a Tam para ter esse tipo de tratamento. Não é um tratamento para um passageiro, principalmente considerando-se ser a passagem de classe executiva.
Gostaria de um pronunciamento da empresa, referente ao ocorrido.
Carlos Murilo Moreno
Fidelidade 23952"
A resposta:
São Paulo, outubro de 2008.
Estou ciente de que o grau de expectativa do Cliente
aumenta, cada vez mais, e só há uma maneira de fazer
com que ele não se frustre: renovar cada vez mais a disposição
de acertar, tendo sempre em conta a humildade para
ouvi-lo, e a determinação.
Rolim Adolfo Amaro
Prezado Sr. Carlos,
Recebi seu e-mail enviado ao serviço Fale com o Presidente e soube que em sua viagem de Nova York a São Paulo, em 06/05, o sistema de reclinagem de suas poltronas não estavam em perfeito funcionamento.
Primeiramente é importante mencionar que antes de todos os vôos, nossas equipes técnicas fazem uma detalhada vistoria na aeronave de forma a detectar qualquer irregularidade. Caso haja alguma desconformidade em itens que afetem a segurança, a aeronave é direcionada para manutenção. Caso seja detectada alguma poltrona com defeito que afete a segurança, a mesma é bloqueada.
De toda sorte, compree ndo o desconforto que lhe foi causado. Quando nos deparamos com esse tipo de situação, nossa tripulação procura fazer a acomodação em outra poltrona. E assim foi feito na ocasião, sendo oferecido duas opções de reacomodação, mas soube que o senhor não aceitou.
O fato foi reportado no livro de bordo e o reparo foi efetuado assim que a aeronave retornou ao hangar.
Conto com sua compreensão.
Quero que saiba que permaneço, como sempre, a disposição para conhecer suas opiniões.
Atenciosamente,
Comandante David Barioni Neto
Presidente
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Kassab X Marta
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Crianças estão matando o e-mail 2
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Crianças estão matando o E-mail
Fábulas do Murilo - O cliente e o atendimento
Estava o atendimento carregando vários layouts quando se encontrou com o cliente. O cliente, tendo levado uma reprimenda de seu chefe, na mesma hora, olhou para o atendimento e disse:
- Como ousas trazer esses layouts fora do briefing para mim?
- Desculpe-me cliente, responde o atendimento, mas eu só vim buscar os layouts que já estavam com vocês.
Vendo que a primeira tentativa de colocar a culpa pelo seu mau humor na agência não surtiu efeito, o cliente continuou:
- Ah, mas esta é aquela campanha que vocês tiveram que recriar mais de cinco vezes, antes de começarem a entender o briefing!
- Não meu cliente, estes layouts são de sua outra agência, que vocês pediram para pegarmos para que as campanhas das duas agências tenham sinergia.
Sentindo-se cada vez mais acuado, o cliente tenta mais uma vez:
- Você não me engana. Sei que todos os briefings que lhe passo são sempre mal compreendidos. Lembro-me que no ano passado, nós perdemos o prazo para colocar a campanha de natal no ar porque você nunca entende o que eu digo.
- Mas meu cliente, eu fui contratado em janeiro deste ano!
- Então não importa. Foi o diretor da conta, o diretor de criação, o mídia. Algum de vocês é o culpado.
E dizendo isso, o cliente tirou a conta da agência.
MORAL: A razão do mais forte é sempre a melhor
(postado originalmente no UOL)
domingo, 28 de setembro de 2008
Domingo de anúncios iguais
Pior do que um anúncio chupado, são idéias iguais, com execuções quase idênticas.
E não é que a Veja de primeiro de outubro veio recheada delas?
Vejam o anúncio da Ford e do Línea.
Mesma idéia das conexões, as linhas das placas de computador e o ângulo dos carros.
Mas ruim, mas ruim mesmo são os anúncios do lançamento do iPhone no Brasil.
Até a foto de divulgação é a mesma. No final, quem assina o anúncio não importa.
Faltou criatividade, ou faltou pensar no que o concorrente poderia fazer?
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Volks vem de Voyage
Chutes na cara
terça-feira, 1 de abril de 2008
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Fábulas do Murilo - Pesquisar ou não pesquisar? Eis a questão
Um dia o presidente chega no escritório e fala com seu diretor de marketing:
- João, estou muito preocupado. Em nossa rede de lojas, todos os dias vendemos milhares de produtos, mas não conhecemos quase nada desses consumidores. Queria informação, saber quem são, de onde vêm, como descobriram nossas lojas.
O diretor de marketing compartilha suas dúvidas:
- É, precisamos fazer algo. Como diz aquele ditado, "metade do que anuncio não me serve para nada. O problema é que eu não sei qual metade".
O presidente se assusta, como se nunca tivesse pensado naquele assunto:
- Hein? Boa idéia! Os franqueados vêm reclamando que nós gastamos demais com publicidade. Precisamos mostrar para eles que o que fazemos é que gera fluxo nas lojas. Esse é um bom começo. Quero que você crie uma forma de sabermos como nossos compradores nos descobriram.
- Podíamos fazer uma pesquisa...
- Pesquisa não. Custa caro, fala com apenas uma parte de nossos consumidores. E eu não acredito nos resultados. Quero algo mais concreto! Nós sabemos onde estão nossos consumidores. Todos eles. Todo dia eles entram em nossas lojas. Queria fazer algo em nossas lojas.
- Mas uma pesquisa permite que a gente possa ser mais...
- Não. Vamos consultar todos os nossos consumidores, um por um.
- Só se a gente utilizasse as equipes de vendas.
- Ótima idéia! Eles serão nossos pesquisadores.
- Mas nós não podemos atrapalhar as vendas. Não dá para o vendedor parar a venda para pesquisar sobre a propaganda.
- Não, diz o presidente, não precisa ser uma pesquisa. Uma pergunta. Uma que não incomode o cliente.
- Tipo assim...onde você soube da nossa oferta?
- Isso! E aí o vendedor marca e a gente tabula no final.
- É, mas cada vendedor irá anotar de uma forma. E muitas vezes vai acabar se esquecendo de anotar.
- Precisamos encontrar uma forma de obrigá-lo a nos enviar a resposta. Teresinha, chame o diretor de vendas.
A secretária chama o diretor, que chega com a cara assustada.
- Wilson, precisamos fazer com que nossos vendedores preencham um formulário, com uma pergunta, sobre como o consumidor soube das nossas ofertas.
- A gente prepara uma pesquisa... começa a responder o diretor de vendas.
- Não, pesquisa não, interrompe o presidente. Quero que todos os consumidores nos falem como descobriram a nossa loja.
- Mesmo aqueles que só entram para perguntar e não compram nada? Questiona o diretor de vendas.
- Não. Esse pode ficar de fora. Afinal, se não comprou, não é nosso cliente.
- Ah! Então ficou fácil, diz o diretor de marketing. Vamos incluir uma pergunta no final do processo de compras. O vendedor precisa abrir um pedido no computador, para fechar a venda. Vamos obrigá-lo a marcar uma opção de onde o consumidor conheceu nossa loja. Ele já ficou íntimo do consumidor. Nesse momento é só uma pergunta a mais. O consumidor não vai ficar nem chateado.
- Boa idéia! Você põe as opções onde nós anunciamos, mais a informação de ter visto a vitrine. Aí vamos ter uma noção de quanto nossa propaganda está ajudando nossas vendas.
- Não sei não, interrompe o diretor de vendas, que entende como funciona o dia-a-dia nas lojas. Aumentar a carga de trabalho dos vendedores? Não sei se irá funcionar.
- Para mim funciona. Vamos implementar. Depois analisamos os resultados. João, fale com o pessoal da informática.
- É prá já!
Um mês depois a idéia está implementada. O sistema de vendas das lojas é substituído e a empresa divulga que ele sofreu um up-grade. Os vendedores passam a ter que marcar uma opção, ao final do processo de compras, de como o consumidor descobriu a loja. Se não o fizerem, a venda não fecha.
Nos primeiros dias, o vendedor se dá ao trabalho de fazer a pergunta. Depois, volta a sua posição habitual de indicar o caixa após escanear os produtos e marca sempre a mesma opção: Vi a oferta na vitrine. 100% viram a vitrine. Afinal, pensa o vendedor, não é uma loja de shopping?
Na sede, o presidente passa a se espantar mais e mais com os resultados recebidos. Chama o diretor de marketing:
- João, sua frase estava errada. Não é cinquenta por cento da propaganda que é jogada no lixo. Pelas nossas pesquisas é quase cem por cento!
E passa a cortar a verba de publicidade.
Moral: Cuidado com o que você deseja. Deus pode lhe atender.