Eu não sou evangélico. Mas é impressionante o marketing das diversas igrejas e templos que se proliferam cada vez mais no Brasil. Contra uma postura conservadora, eles se posicionam de uma forma moderna e atualizada. Não é a tôa que vem crescendo os números de fiéis que trocam de religião a favor das novas versões cristãs. Lógica das lógicas, o católico é o principal cliente em potencial, pois além de serem em maior número já são culturalmente formados e creem em Jesus Cristo e tem na Bíblia sua principal fonte de fé.
Edir Macedo, o líder máximo da Igreja Universal, vem sempre se posicionando, inclusive, contrário a todas as posições de Bento XVI. O Papa se declarou contra o uso das camisinhas? O Bispo inaugura seus novos tempos distribuindo-as e declarando “Nós não podemos evitar que as pessoas tenham relações sexuais. Distribuindo camisinhas, estamos fazendo um trabalho social.” O Sumo Pontífice diz que é errado praticar o aborto? O Evengélico coloca seus meio de comunicação para fazer campanha a favor da sua legalização. Se fossem duas empresas, estaríamos assistindo uma guerra de mercado pela conquista de consumidores. E é assim que as novas religiões vem considerando seus fiéis em potencial.
Entre 1994 e 2007, a Igreja Católica caiu de uma participação de 75% para 64% de “participação de mercado”, segundo dados do DataFolha. Nesse mesmo período, os evangélicos subiram de 14% para 22%. O deputado Pastor Cleiton Collins (PSC) estima em mais de 45 milhões de pessoas o número de evangélicos no Brasil, número um pouco maior do que a projeção do DataFolha. Dá para ignorar um mercado desse tamanho? Hoje, o mercado Gospel já movimenta R$ 1 bilhão por ano, crescendo 8% por ano. É bom lembrar que o Brasil, como um todo, chegou a crescimentos de 5%. E não adianta nos enganarmos. Eles consomem os produtos que nós colocamos no mercado e são um segmento que não pode ser ignorado.
A música já o descobriu e é cada vez maior o número de cantores dirigidos para essa faixa de público. E aqui reside outra modernidade dessas igrejas: os ritmos são os mais variados. Para seu conhecimento, selecionei três ritmos diferentes. Você poderá ouvir um Rock pesado, uma balada e um Funk. Enquanto isso a Igreja Católica ataca somente de Padre Marcelo e seu ritmo de aleluia.
É. A guerra já está quase vencida…
Rock pesado – Metal Nobre
Balada – Nova Voz
Funk - Cabeção
Post anterior Igreja e Mercado – Clique aqui : http://murilomoreno.blogspot.com/2006/07/igreja-e-mercado.html
2 comentários:
Creio que todos os "líderes" ficam desejando que apareça algum Tim Maia lançando algum novo "Racional" para a igreja deles. Isso sim traria alguma explosão.
Pra mim, o vídeo campeão é um que eu vi há um tempo, com a irmã Sofia (acho que angolana) e sua 'Armadilha de Satanás'. A letra é aquela coisa, mas o ritmo e a harmonia das 'sofietes' é bem legal, kkk...
bisous
Crônicas Urbanas
Postar um comentário