quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Microsoft faz seu próprio Flash Mob II

Ontem escrevi sobre o Flash Mob que os funcionários de uma Microsoft Store fizeram. Camila Reis, minha ex-aluna na ESPM e menina esperta, colocou um comentário que me deixou o dia inteiro pensando. Argumentou que o Flash Mob da Microsoft é FAIL total, como ela mesmo escreve. E elogia a iniciativa do Trident, o outro vídeo que postei ontem.

Tenho que confessar que num primeiro momento concordei completamente com ela. Mas ficou uma pulginha atrás da minha orelha que não conseguia descobrir o que era. Aí, de um estalo, consegui entender meu desconforto.

Primeiro ponto que tenho que destacar é a característica da internet da liberdade total. Qualquer um coloca o que quiser ali, sem censura prévia (fora os países, como a China ou Irã, que censuram as URL’s e não os conteúdos).

Segundo, que é da cultura americana dançarem nas festas e boates com uma mesma coreografia, mesmo sem se conhecerem uns aos outros. Quem já foi aos EUA já viu isso acontecer: começa a tocar uma música e de repente, como num passe de mágica, todos estão dançando juntos, como se fosse tudo ensaiado.

Por último, me veio à mente que o vídeo do Trident mostra um trabalho profissional, ensaiado à exaustão, filmado profissionalmente por diversas câmeras, contra uma filmagem ruim que parece ter sido feita num celular.

Aí cheguei a uma conclusão: gosto das duas iniciativas. A do Trident é uma ótima jogada de marketing. Parabéns, pois virou viral pelas suas qualidades. A da Microsoft, gosto o dobro. Com certeza alguém na loja sugeriu quebrar o clima sério, fazendo uma performance. E a turma topou. Alguém filmou e colocou na internet. E virou viral também.

E por que gosto o dobro? Porque é muito difícil ver coisas diferentes e divertidas acontecendo nas lojas. Numa época em que muitos falam do marketing da experiência, que precisamos criar um ambiente diferente nas nossas lojas, o que a gente vê é muito do mesmo.

Eu adoraria ter topado com essa ação na loja da Microsoft. Sairia de lá com uma lembrança, mais do que simplesmente com um produto. É. A Microsoft tem muito a ensinar…

2 comentários:

Camila Reis disse...

haha que legal que meu comentário gerou outro post! Bem , continuo achando a ação "Fail" , pois se vc reparar eram funcionários da loja ,todos tinham crachá, já não foi espontâneo, a coreografia era ensaiada como a de uma festinha de adolescentes, e a filmagem foi proposital.Acho q a microsoft deveria criar algo próprio foi nesse sentido o "FAIL". Eles foram na sombra do viral da Oprah, dando muito na cara a cópia , sabe o famoso "vou pegar carona na onda" uma tentativa de ser engraçadinho sem ser original.Não que não se possa fazer isso, já que a internet é sim (graças a deus!) espaço livre , mas vê-la como um espaço para criar e ser ousado, já que com essa ação a lembrança que fica não foi o que aconteceu , mas vêm a cabeça a dança do black eye peace da oprah. Isso é o maior perigo em marketing e comunicação: LEMBRA-SE DA AÇÃO ORIGINAL , OU SÓ DA AÇÃO MAS NÃO SE LEMBRA DA MARCA.. nesse caso não se gera a lembrança da marca e nem da ação so da oprah... só um impacto negativo( de lembrança). Outro fato: pessoas foram embora , e os clientes não estavam nem aí para o que aconteceu.Penso que a marca deve encontrar seu caminhho , sua identidade , e não copiar e fazer a dancinha dos monitores de acampamento da escola hahaha( brincadeira a parte) . Uma ação mais trash como essa: http://www.youtube.com/watch?v=tGvHNNOLnCk&
daria mais efeito do que a se que realizou no vídeo.E não importa se o viral da Trident foi profissa , a ideia passou o que que queria , deram o star nele e funcionou, chamou a atenção, dá vontade de passar pors amigos , ao contrário da outra que vc passa por ser ruim e ter vergonha alheia haha, o duro é quando dá errado , o que fazer, enterrar a cabeça no buraco? fingir que nada aconteceu e sair linda e bela como se não fosse com vc... essa é a pergunta que fica quando se estuda comunicação!hahahaha

Camila Reis disse...

Que honra Murilo! vamos lá. Se vc reparar esse flhash mob ,não foi um flash mob e sim uma tentativa de viral mal sucedida , já que a "dancinha de tios do acampamento" da microsoft foi bem ensaiadinha , e combinadinha entre os funcionários da loja (repare no crachá dos vendedores que puxaram a dança) , outro detalhe , a filmagem foi semi pro , sim! sabe aquele conceito filmagem mobile! tipo cinema verdade ou nouvelle vague( hahah).Uma coisa a se destacar : essa ação foi uma tentativa "vamos na carona do sucesso daquele viral.." sim DA OPRAH! , o que já mata completamente qualquer chance de sucesso desse.Ja que quando vemos algo temos que lembrar da marca (de preferencia positivamente),no caso ocorre o que qualquer publicitario abomina :LEMBRAMOS DE OUTRA AÇÃO E NAO DESSA , LEMBRAMOS DA AÇÃO E NAO DA MARCA, E AINDA: LEMBRAMOS NEGATIVAMENTE DESSA AÇÃO, como cópia.E não repassamos (pelo menos eu)a ação, como um vid bacana pros meus amigos , mas com o titulo de :olha isso! vergonha alheia , ou ainda FAIL TOTAL hahah por fim dá uma olhadinha na cafra das pessoas , um cara simplesmente foi embora , as pessoas continuam no pc com uma cara de "aff".... ok...
hahah acho q um viral mais do que ser bacana vc deve ser capaz de associar a marca de maneira positiva,criativa , em que so o seu start seja o sufuciente pra ser assunto de semanas e de modo positivo, assim como o trident, a oprah ou aquele do cara triturando um iphone mo seu liquidificador..
Esse é o maior desafio de quem estuda comunicação e ai deu errado! o que fazer? chorar , dar uma de avestruz, ou levantar linda bela e absoluta e fingir que nada aconteceu?hahahah
por isso o risco de se fazer um viral , ou um semi viral como esse , e ainda por cima ir na carona de um hit .Assim como na música fazer uma versão de algo que é hit pode ser a glória ou o maior fiasco da sua vida......

 
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