sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Crise? Que crise? 2

Quem viaja a trabalho a tanto tempo quanto eu e já passou por outras crises econômicas sabe reconhecer o quanto os tempos difíceis irão durar ou não pelo simples movimento nos aeroportos. Se as segundas e sextas não são caóticas nos terminais brasileiros, principalmente em Congonhas, pode se preparar porque a crise é brava. Não parece ser o caso dessa vez.08_MHG_sp_aviaoagua

A Anac divulgou, hoje, os números de janeiro de 2009. O movimento de embarques domésticos cresceu 9,6% sobre janeiro de 2008, mês que não conheceu nenhum problema econômico. É um crescimento astronômico, principalmente se considerarmos que o ano de 2008 foi somente 7,4% maior que 2007. E que janeiro de 2008 havia sido maior do que janeiro de 2007 somente 6,7%. Ou seja, no meio da crise, o movimento nos aeroportos foi ainda maior.

Os embarques domésticos demonstram um ritmo inverso e cairam pela primeira vez nos últimos anos. Refletindo o efeito da alta do dólar. Mas ainda assim, o total de horas voadas pelas companhias aéreas cresce no meio da crise.

Como diz a matéria de Capa da última Exame “…é impossível saber se o PIB brasileiro crescerá algo como 4%, como o governo quer e chegou a projetar, ou próximo de zero, como vaticinam alguns organismos internacionais.” Vendo os aviões pousando e levantando é de se pensar que a crise no Brasil é de confiança.

O carnaval vem aí e com o final dele começa o verdadeiro ano brasileiro. É esperar e conferir.

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