A imagem acima é do filme Zohan, o agente bom de corte. O filme, aqui, não importa muito. O que importa é pensar nas conotações dessa imagem. Essa é uma cena pouco importante no filme. O herói está andando num bairro de Nova York com um coadjuvante, conversando sobre o problema entre palestinos e israelenses. Na tomada vemos três carros: Um Toyota Corolla, um Honda Civic e um BMW velho.
Assusta pensar que, dos três carros, dois são fabricados tanto nos países de origem, quanto nos Estados Unidos e Brasil. Mais ainda pensar que os modelos fabricados no Brasil não estão em desalinho com os seus pares estrangeiros.
Até a chegada dos japoneses no Brasil, podemos dizer que a política das montadoras instaladas no país sempre foi de importar para cá modelos que estavam prestes a serem abandonados nos países de origem. Os japoneses chegaram e subverteram essa política.
Podemos perceber que a concorrência até tenta se modernizar. Mas sempre se deixam atrair pela velha técnica do facelift – a modernização pela metade de um modelo local enquanto que o mesmo carro fora do Brasil avança para a geração seguinte. É o caso do VW Golf e do Peugeot 207, que de igual aos modelos europeus só tem o nome. Esses e outros exemplos são carinhas novas em corpos velhos.
Enquanto isso, os japoneses tomam decisões de modernização considerando todas as praças onde tem fabricação, independente dos volumes locais.
Um ponto fica dessa diferença de postura: Se todas as demais montadoras dizem que os volumes locais não justificam a modernização das linhas, se os japoneses não estão perdendo dinheiro no Brasil com uma política tão diversa, como eles conseguem fechar os números que seus concorrentes não fecham?
Ou os japoneses são mais eficazes. Ou os demais concorrentes rasgam dinheiro em suas linhas de produção.
Um comentário:
E se for levar em conta o caso da Nissan com uma política de preços bastante competitiva, aí que é um bom exemplo da expansão japonesa no mercado brasileiro.
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